Debate do 'Estadão': primeiro bloco teve como tema Educação

Política
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O primeiro bloco do debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo teve confrontos diretos entre os candidatos, que responderam perguntas dos jornalistas do Estadão e puderam debater Educação. A etapa foi encerrada com pergunta dos alunos da Faap na questão de segurança. Ricardo Nunes encerrou o bloco com propostas de integração entre a GCM, a Guarda Civil Metropolitana, e as polícias civil e militar, que são de responsabilidade do governo do Estado.

"É lamentável o que está acontecendo hoje na cidade de São Paulo", diz Guilherme Boulos, candidato do PSOL, sobre a colocação do município em rankings de educação. "Vamos fazer um programa de educação integral que vai envolver reforço escolar. Depois da pandemia, não houve reforço adequado às crianças e adolescentes que fizeram EAD", afirma Boulos. Em seguida, o candidato do PSOL detalhou a proposta do Mutirão Paulo Freire, para a alfabetização de jovens e adultos que estão fora da escola.

O candidato do PSDB, José Luiz Datena, afirmou que "é preciso ter a obrigação necessária de entregar a criança aos oito anos sabendo ler e escrever", e comparou a alfabetização de São Paulo com o Ceará. Datena ainda falou sobre a importância das crianças terem direito à todas as refeições, principalmente nas fases de alfabetização: "a criança precisa ser recebida na escola como se fosse uma extensão do seu ambiente familiar". O candidato falou ainda sobre rondas escolares da GCM e sobre boa remuneração de professores para resolver o problema, além de escolas em período integral, meta que ele afirma que não foi cumprida pela Prefeitura. Datena não fez nenhuma pergunta a Boulos no final de sua fala.

Para a candidata Marina Helena, um estudante perguntou sobre recrudescimento nas ações policiais. A candidata afirmou que "defende tolerância zero e lugar de bandido é na prisão".

Sobre desigualdade racial no ensino público, a candidata do PSB, Tabata Amaral, afirmou que tem "muito orgulho de ser uma das autoras da ampliação da lei de cotas no Congresso Nacional" e que 40% das pessoas que coordenaram o plano de seu governo são pessoas negras. A candidata falou que pretende implementar editais na cultura para a valorização da cultura negra, e um programa para capacitação de empreendedores e formação profissionalizante de pessoas negras. Ao ser questionada por Marçal sobre por que não colocou uma vice-prefeita negra em sua chapa, Tabata diz que a vice escolhida é professora e que sente muito orgulho da escolha.

"Por que você não colocou uma vice negra?", pergunta Pablo Marçal para Tabata Amaral, que responde afirmando ter "muito orgulho" de sua companheira de chapa, a professora Lúcia França. "A questão racial não deve ser tratada no específico, mas no coletivo", afirmou a candidata do PSB.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.