Marçal sobre suposta ligação de presidente do PRTB com PCC: 'Ele que se explique'

Política
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O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal, afirmou nesta sexta-feira, 9, durante sabatina no podcast O Assunto, que cabe ao presidente nacional de seu partido, Leonardo Avalanche, explicar as suspeitas de envolvimento com facções criminosas. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Avalanche foi flagrado em conversas nas quais mencionava ter ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

"Eu não faço parte disso, eu não tenho nenhum recurso de ninguém. Se ele acabou falando, que ele se explique. Se isso é irreal, se alguém que produziu isso, que seja responsabilizado", disse o candidato.

Ainda sobre as denúncias, Marçal afirmou não ter conhecimento sobre a veracidade das acusações. "Tem gente que começou a falar o que que você acha? Eu não tenho como achar. Eu não sei a veracidade do áudio. Você já falou que teve certificação aí. Mas, de toda forma, eu acredito que as pessoas precisam de ter o contraditório e a ampla defesa, uma das coisas mais belíssimas que tem direito", completou.

Quando questionado sobre o tema da educação, Marçal afirmou ser contra a escolarização - processo formal de ensino nas escolas. "O que é escolarização? Eu ensino um monte de coisa pra uma criança que ela não vai usar na vida dela e tem um grau de desinteresse muito grande. Vou falar uma coisa aqui que vai virar uma notícia distorcida, certeza. Os Estados Unidos da América não estudam Geografia", afirmou.

Durante a entrevista, Marçal recuou em uma de suas propostas para melhorar o trânsito na cidade e afirmou ter desistido da ideia de criar pedágios urbanos no Centro da capital paulista, após orientação de sua equipe de campanha. O candidato agora pretende criar bolsões de carros em rodovias e instalar teleféricos em favelas, integrados ao sistema de transporte público.

"Eu falei na primeira sabatina e depois os especialistas me alertaram que isso não seria uma boa lógica para a cidade, apesar de ser um modelo que funciona na Europa. São Paulo tem alguns desafios. Um deles é tirar esse tráfego pesado do Centro da cidade, principalmente das marginais. Houve uma ideia no passado de tirar a Ceagesp de Pinheiros e levá-la para a Zona Norte de São Paulo. Temos um Rodoanel Norte com 44 km, onde já gastamos R$ 5 bilhões, mas ainda não há previsão de término. Uma empresa venceu a concorrência no ano passado e, até hoje, as obras não foram retomadas," disse.

Marçal também foi questionado sobre o episódio ocorrido em 2022, quando precisou ser resgatado pelos bombeiros junto a um grupo de 32 pessoas na Serra da Mantiqueira. Ele liderava os turistas como parte de um treinamento que estimulava as pessoas a enfrentar situações desafiadoras, mas a chuva e o vento forte fizeram o grupo se perder. Sobre o caso, ele admitiu ter cometido um erro na expedição, mas negou ter liderado o grupo.

"Eu subi 5 horas depois, eu não liderei grupo nenhum, coisa nenhuma. Então assim, aquilo foi um erro? Sim, as pessoas erram. Você não vai me ver cometer o mesmo erro duas vezes", disse.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.