Em SC, reduto bolsonarista, Lula faz contraponto a ex-presidente e critica governador

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta sexta-feira, 9, em evento em Santa Catarina, contraponto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, sem citá-lo nominalmente, e criticou o governador do Estado, Jorginho Mello. O Estado é considerado um dos maiores redutos bolsonaristas do País. Lula está discursando na inauguração do Contorno Viário de Florianópolis.

"Em apenas 18 meses a gente fez quase que metade dessa obra aqui. Numa demonstração de que eu gosto de trabalhar, e não gosto de jet ski. Que eu gosto de trabalhar, e não gosto de motociata", disse Lula. A menção a "jet ski" e a "motociata" são referências a Jair Bolsonaro.

"Esse governador, e está aí Jorginho Mello, eu não o conheço portanto não posso falar mal dele, ele perdeu a oportunidade de participar da inauguração da obra mais importante do Estado de Santa Catarina. Eu não consigo entender", declarou o presidente da República, sobre a ausência do chefe do executivo estadual no evento.

Se o governador viesse aqui, seria tratado com respeito. Ia fazer o discurso que quisesse fazer, ninguém ia pedir ou controlar o que ele fosse falar. E o prefeito a mesma coisa. Lamentavelmente, tem gente que pensa pequeno, tem gente que age pequeno e não enxerga a necessidade do povo brasileiro", disse Lula.

O presidente da República disse também que o governo já sabe tudo o que vai fazer até o fim do mandato, em 31 de dezembro de 2026. Segundo ele, se não houver um projeto que "amarre" todas as ações, "as coisas não acontece". Ele se refere ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que centraliza as obras federais.

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O Ministério das Relações Exteriores alemão rebateu as críticas de autoridades americanas à decisão do país de classificar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista de direita. "Aprendemos com nossa história que o extremismo de direita precisa ser combatido", afirmou, em comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.