Janja faz tour por Paris e prestigia atletas brasileiros

Política
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Em Paris desde a sexta-feira, 26, a primeira-dama e representante do Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos de 2024, Rosângela da Silva, Janja, prestigiou a equipe brasileira na capital francesa e aproveitou para divulgar a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza durante a agenda na França.

 

Janja começou as atividades no sábado, 27, em uma reunião com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, para falar sobre a aliança, principal pauta do País, que preside o G-20 neste ano.

 

Em seguida, visitou a Vila Olímpica ao lado do ministro do Esporte, André Fufuca, e do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley. Lá, ela escreveu um recado com o pedido de "muitas e muitas medalhas" à equipe.

 

Em seguida, ela partiu para a Casa Brasil, área feita para ser um ponto de encontro de autoridades, torcedores e atletas durante os Jogos, localizada na zona norte de Paris.

 

Ela lembrou de que a maioria dos atletas brasileiros na Olimpíada é beneficiária do Bolsa Atleta, valor pago pelo governo para ajudar esportistas brasileiros. "Hoje, quase 80% dos atletas que estão aqui recebem o Bolsa Atleta ou o Bolsa Pódio e quase 100% já receberam ou recebeu. Isso é muito importante."

 

O programa oferece R$ 410 por mês para atletas de base; R$ 1.025 para atletas de nível nacional; R$ 2.051 para atleta internacional; R$ 3.437 para olímpicos e até R$ 16.629 para atletas de pódio.

 

Acompanharam ela na Casa Brasil, entre outros, o ministro do Turismo, Celso Sabino, e presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e Raí, ex-jogador de futebol, tetracampeão com a seleção brasileira. Raí foi escolhido para ser o embaixador internacional da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

 

"A aliança global é um compromisso de todos os países. Todos os países podem aderir. É uma grande cesta de políticas públicas de sucesso ao redor do mundo, combinado com os fundos de financiamento que existem no mundo", afirmou o jogador.

 

Neste domingo, 28, Janja acompanhou a dupla de vôlei de praia Carol Solberg e Bárbara Seixas. As brasileiras venceram a dupla japonesa Akiko Hasegawa e Miki Ishii por dois sets a zero. O Brasil passou o primeiro dia de competições sem medalhas, mas tem expectativa de vitória em diversas competições.

 

Como mostrou o Estadão, Janja foi para Paris com pelo menos sete assessores. Três deles são integrantes da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), três são lotados no Gabinete Pessoal do Presidente da República - inclusive a assessora de imprensa de Janja - e um pertence ao Cerimonial da Presidência.

 

Até o momento, o Portal da Transparência mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU) registra R$ 836,7 milhões gastos com viagens de integrantes do governo em 2024. No ano passado, primeiro ano da gestão Lula (PT), foram R$ 2,2 bilhões.

 

No X (antigo Twitter), Janja agradeceu nesta sexta-feira, 26, a recepção do presidente da França, Emmanuel Macron, e da primeira-dama do país, Brigitte Macron, a quem chamou de "querida amiga". "Me sinto muito honrada por representar o meu marido, presidente Lula, na Cerimônia de abertura das Olimpíadas", disse.

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O ministro federal da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar, afirmou nesta quarta-feira (horário local), 7, que o país retaliou os recentes ataques da Índia e que três jatos e um drone indiano foram abatidos.

"A Índia realizou ataques covardes contra civis inocentes e mesquitas no Paquistão, desafiando a honra e o orgulho dessa nação. Agora, estejam preparados. Esta nação responsabilizará o inimigo por cada gota de sangue de seus mártires. As Forças Armadas estão dando uma resposta esmagadora, exatamente de acordo com os sentimentos do povo. A nação inteira está unida em orações e solidariedade aos nossos bravos oficiais e soldados", escreveu Tarar na rede X.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, condenou os ataques aéreos da Índia e disse o país "tem todo o direito de dar uma resposta firme" ao "ato de guerra imposto pela Índia".

*Com informações da Associated Press

A Índia anunciou nesta terça-feira, 6, o lançamento de mísseis contra nove alvos no Paquistão e na região da Caxemira após dias de tensões entre os dois países. As autoridades paquistanesas informaram que duas pessoas ficaram feridas e uma criança morreu.

O ataque escala as tensões entre os países vizinhos, que possuem armas nucleares.

As autoridades indianas informaram que os ataques foram direcionados contra "infraestruturas terroristas", em resposta ao ataque no território da Caxemira controlado pela Índia, que deixou 26 turistas hindus mortos no mês passado. O Paquistão prometeu retaliar.

A Índia culpa o Paquistão por apoiar grupos separatistas da Caxemira, uma região que é ocupada por Índia, Paquistão e China. Islamabad nega apoiar esses grupos.

Segundo o Ministério da Defesa da Índia, o ataque não teve nenhuma instalação militar do Paquistão como alvo. "Nossas ações foram focadas, comedidas e de natureza não escalonada", diz um comunicado. "A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução."

Os mísseis atingiram locais na Caxemira paquistanesa e na província de Punjab, no leste do país, de acordo com três autoridades de segurança paquistanesas. Um deles atingiu uma mesquita na cidade de Bahawalpur, em Punjab, e matou uma criança, além de deixar dois feridos.

Entenda as tensões atuais

No dia 22 de abril, um grupo armado atacou turistas na cidade de Pahalgam, na parte indiana da região, matando 25 indianos e 1 nepalês. O Paquistão negou envolvimento com o ataque, reivindicado por um grupo terrorista islâmico pouco conhecido chamado Frente de Resistência - que tinha hindus como alvo. A Índia acusa Islamabad de armar e abrigar o grupo. O Ministério da Defesa do Paquistão sugeriu que o ataque foi uma "operação de false flag".

No dia seguinte ao atentado, Nova Délhi expulsou diplomatas, suspendeu vistos e fechou fronteiras terrestres com o Paquistão. Islamabad respondeu suspendendo acordos bilaterais, fechando fronteira e espaço aéreo a companhias indianas, e impondo sanções comerciais.

Desde 24 de abril há registros de trocas diárias de tiros na Caxemira e ambos os exércitos estão em alerta máximo. Apesar dos arsenais nucleares, a tendência é que nenhum lado acione armas atômicas a menos que esteja encurralado. Mas mesmo confrontos convencionais poderiam ser devastadores.

Nos últimos dias, a Índia também suspendeu o Tratado das Águas do Indo, assinado em 1960, que garante o acesso do Paquistão ao rio Indo, responsável por 90% de sua irrigação. Em resposta, Islamabad afirmou que se a Índia reduzir a quantidade de água que lhe é atribuída, isso seria considerado um ato de guerra. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou ter tido uma "conversa muito construtiva" com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após um encontro na Casa Branca nesta terça-feira, 6. Segundo Carney, o diálogo marcou o "começo do fim de um processo de redefinição da relação Canadá-EUA". O dirigente seguiu categórico ao rejeitar qualquer possibilidade de anexação do país ao vizinho.

"Canadá não está e nunca estará à venda", reiterou em entrevista coletiva, repetindo declaração anterior, em resposta a comentários de Trump sobre o país, eventualmente, se tornar o "51º estado americano". O premiê disse ter sido "muito claro" com o americano quanto à sua posição: "Fui muito claro com Trump que negociações serão feitas como dois países soberanos", afirmou. "É preciso separar o desejo da realidade. Pedi que ele parasse de falar sobre o Canadá se tornar o 51º estado dos EUA. É neste ponto que começa uma discussão séria", completou.

Ao comentar as tensões comerciais entre os dois países, Carney avaliou que "estabelecemos uma boa base hoje" para o avanço das conversas, mas reconheceu que "não tivemos decisões sobre tarifas". Ele ressaltou a complexidade do tema: "A discussão tarifária com os EUA é muito complexa. Estamos abordando uma grande quantidade de questões, por isso o progresso não será necessariamente evidente durante as negociações, mesmo que estejamos progredindo".

Ainda assim, o primeiro-ministro demonstrou otimismo. "Queremos seguir adiante com negociações comerciais com os americanos" e "veremos quanto tempo vai levar até os EUA tirarem as tarifas sobre o Canadá". Carney adiantou que ele e Trump concordaram em manter novas rodadas de diálogo nas próximas semanas, inclusive durante o encontro do G7.

Ao fim da reunião, o premiê destacou que "a postura de Trump e o quão concretas foram as discussões me fazem me sentir melhor". Apesar disso, reconheceu que "ainda temos muito trabalho pela frente e estamos totalmente empenhados". Por fim, assegurou ao republicano que "nossas medidas contra a entrada de fentanil nos EUA estão funcionando".