Marina Helena é 1ª registrada como candidata em SP e declara patrimônio de R$ 9,7 mi

Política
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Ex-secretária de Desestatização na gestão de Jair Bolsonaro (PL), a economista Marina Helena (Novo) registrou sua candidatura à Prefeitura de São Paulo na Justiça Eleitoral. Ela é a primeira candidata ao comando da capital paulista a ter suas informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a Corte, Marina declarou possuir um patrimônio de R$ 9,7 milhões. Em 2022, ela havia declarado um patrimônio de R$ 8,6 milhões à Justiça Eleitoral.

 

O maior patrimônio da economista é uma casa avaliada em R$ 7,6 milhões. Ela também declarou ter um apartamento no valor de R$ 381,6 mil, além de R$ 928 mil aplicados em renda fixa, R$ 99,7 mil em fundos imobiliários, R$ 100,2 mil em fundos de ações e R$ 585,4 mil em fundos de longo prazo. As declarações de patrimônio feitas por Marina em eleições passadas (2020 e 2022) foram excluídas após decisão judicial. Marina solicitou a exclusão dos dados alegando a presença de informações pessoais.

 

O registro de candidatura de Marina Helena traz o coronel da Polícia Militar Reynaldo Priell Neto (Novo) como candidato a vice-prefeito em chapa sem coligações. Priell Neto é coronel veterano da Polícia Militar e está na corporação desde 1987. É bacharel em Direito, mestre em Direito Contratual e doutor em Ciências Policiais. Na PM, já chefiou a divisão de processamento de dados e o departamento de Tecnologia da Informação. De 2015 a 2017, comandou a Assessoria Policial Militar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

 

Com a promessa de "passar um pente-fino em todos os contratos" da administração municipal e combater o que chamou de "máfias que dominam a cidade", Marina oficializou no domingo, 20, sua candidatura em convenção do partido Novo. Apesar do registro, o período de campanha só começa no dia 16 de agosto. Até lá, está em curso o período de pré-campanha. Ao fim do evento, a sigla confirmou a filiação do deputado federal Ricardo Salles, expulso do partido em 2020. A adesão de Salles, egresso do Partido Liberal (PL), faz com que o a legenda atinja o quórum de cinco deputados na Câmara, o que garante a presença de Marina em debates televisivos.

 

Quem é Marina Helena?

 

Marina Helena Cunha Pereira Santos nasceu em 10 de setembro de 1980, em Brasília. Aos três anos, mudou-se com a mãe para a periferia de São Luís do Maranhão, após o divórcio de seus pais. Sofreu um abuso aos 13 anos, fugindo do lar materno para a casa do pai, na capital federal. Filha de um servidor público que migrou para a iniciativa privada, frequentou bons colégios na adolescência, graduando-se em economia na Universidade de Brasília (UnB), onde concluiu seu mestrado na mesma área. Aos 24 anos, iniciou sua trajetória no mercado financeiro em São Paulo.

 

Ela é casada com Luiz Henrique Guerra e mãe de Luna de 7 anos. Neste ano, Marina deu à luz a Theo, seu segundo filho na maternidade do hospital Albert Einstein. "Em julho de 2023, decidi ser pré-candidata a prefeita de São Paulo. Três dias depois, descobri que estava grávida. Sou uma mulher de sorte, tenho uma família e uma cidade pra cuidar", disse, na ocasião.

 

No mercado financeiro, Marina atuou no Bradesco, Itaú e Bozano Investimentos. Além disso, foi economista chefe e sócia de diferentes casas de análise. Entre suas funções, buscava alternativas de investimento em mercados estrangeiros. Ela diz que, para isso, estudou com profundidade o funcionamento das economias de mais de dez países. "Antes de trabalhar nessas instituições, cheguei a vender cosméticos. Na faculdade, era a responsável pela contabilidade de um posto de gasolina", relembrou em uma entrevista ao Estadão.

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O Ministério das Relações Exteriores alemão rebateu as críticas de autoridades americanas à decisão do país de classificar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista de direita. "Aprendemos com nossa história que o extremismo de direita precisa ser combatido", afirmou, em comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.