'Vou cumprir a lei', diz Boulos sobre invasões a prédios abandonados em SP

Política
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O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) disse que, se for eleito, poderá tomar imóveis abandonados para fazer moradias populares, se baseando, segundo ele, na legislação. A declaração foi dada nesta sexta-feira, 12, em sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo, ao ser questionado sobre a política habitacional que planeja implementar na cidade caso se torne prefeito.

"A ocupação acontece porque a lei não é cumprida. Eu vou cumprir a lei", disse. "Estatuto da Cidade, lei federal aprovada em 2001. A lei diz que um imóvel subutilizado, ocioso, abandonado - muitos daqueles prédios no centro estão abandonados há 20, 30 anos, gerando insegurança para quem passa, gerando ali criminalidade, uso de droga, insegurança para as mulheres, especialmente - (o dono) tem que ser notificado. Se não cumpre função social, IPTU progressivo (tem que ser aplicado) e a Prefeitura pode tomar para fazer habitação de interesse social."

Boulos também defendeu sua atuação de duas décadas no movimento por moradia, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), mas afirmou que aprendeu na Câmara dos Deputados, onde cumpre seu primeiro mandato parlamentar, a dialogar com quem pensa diferente.

O histórico de Boulos à frente do MTST costuma ser explorado por opositores. Quando indagado se, como prefeito, vai liberar invasões antes de autorização judicial, o pré-candidato disse que começaria sua política habitacional pelos prédios públicos, em que não há processo de desapropriação.

"A ocupação acontece justamente porque não houve política nesse sentido. Nós vamos fazer a política começando pelos imóveis públicos, que não têm essa burocracia", respondeu. Segundo ele, há mais de 30 prédios abandonados no centro expandido da capital paulista pertencentes ao INSS e que poderiam fazer parte do projeto.

O pré-candidato defendeu ainda a criação de espaços compartilhados de trabalho naqueles prédios que foram construídos como escritórios, porque reformar esse tipo de imóvel é mais difícil do que construir outro, segundo ele.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.