Ministras de Lula rejeitam PL do aborto e protestam nas redes sociais

Política
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As nove ministras do governo federal declararam rejeição ao "PL do Aborto" e incentivaram protestos nas redes sociais contra a tramitação da matéria. Neste sábado, 15, as ministras Simone Tebet (Planejamento), Nísia Trindade (Saúde) e Margareth Menezes (Cultura) completaram a lista de mulheres do 1º escalão do governo que se opõem ao projeto.

Na rede social X, Tebet afirmou que "ser contra o aborto não pode significar defender o PL do estupro" e classificou o conteúdo do projeto como "desumano".

"Esta cruzada por pautas sensacionalistas está apenas começando, porque o que muitos querem é acabar com os casos permitidos por lei (estupro, risco à mulher e anencéfalos). Gritem nas suas redes. #NÃO, NÃO e NÃO", escreveu.

Já a ministra da Saúde declarou no X que acompanha o debate "com grande preocupação" e chamou o projeto de "injustificável e desumano".

A ministra da Cultura relembrou que o aborto é permitido por lei em casos de estupro e ressaltou a possibilidade de que vítimas de violência sejam punidas com pena maior que criminosos. "Precisamos proteger nossas crianças e mulheres", escreveu.

As três fizeram as publicações após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter chamado o projeto de "insanidade", na manhã deste sábado, três dias após o tema ter sido pautado no plenário da Câmara. Antes do petista, outras seis ministras haviam se pronunciado.

Em 12 de junho, a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) disse que o projeto impõe "mais barreiras ao acesso ao aborto legal". No dia seguinte, a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) escreveu que o projeto "agrava casos de gravidez infantil".

A ministra Marina Silva (Meio Ambiente), que é evangélica, também se posicionou. Em entrevista a jornalistas, ela criticou a "instrumentalização de temas altamente complexos" e disse que "as mulheres brasileiras precisam ser respeitadas".

Também fizeram oposição ao projeto as ministras Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Esther Dweck (Gestão e Inovação). Outros ministros acompanharam as críticas.

As manifestações reforçam a posição do governo federal contra a decisão da Câmara dos Deputados de ter aprovado um requerimento de urgência para a votação do mérito de um projeto que equipara o aborto ao crime de homicídio após 22 semanas de gestação.

A aprovação da urgência ocorreu em votação simbólica na quarta-feira, 12, após uma reunião de líderes em que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), firmou acordo com a bancada evangélica.

Com a repercussão negativa, Lira disse que o projeto terá como relatora uma deputada "de centro e moderada". Segundo ele, a ideia é "dar espaço a todas as correntes que pensam diferente".

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As conversas secretas de Elon Musk com Vladimir Putin estão chamando a atenção dos principais líderes da Nasa, a agência espacial que depende cada vez mais da SpaceX de Musk para realizar missões importantes.

O Wall Street Journal informou na quinta-feira, 24, que Musk e Putin têm mantido contato regular desde 2022. O presidente da Rússia pediu ao empresário que evitasse ativar seu serviço de internet via satélite Starlink sobre Taiwan, como um favor ao líder chinês Xi Jinping.

"Não sei se essa história é verdadeira. Acho que ela deve ser investigada", disse o administrador da Nasa, Bill Nelson, nesta sexta-feira, 25. "Se a história de que houve várias conversas entre Elon Musk e o presidente da Rússia for verdadeira, acho que isso seria preocupante, especialmente para a Nasa, para o Departamento de Defesa e para algumas das agências de inteligência".

Musk não negou os detalhes da reportagem, mas fez alusão à história em várias publicações em sua plataforma de mídia social X. Em uma delas, ele publicou dois emojis de riso em resposta a um usuário que brincou dizendo que ele poderia ser um agente russo.

As autoridades da Casa Branca disseram que estavam cientes da matéria do WSJ hoje. "Não estou em posição de corroborar a veracidade dessas reportagens, e nós encaminharíamos ao Sr. Musk para falar sobre suas comunicações privadas", disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

Os candidatos a presidente e vice presidente pelo Partido Republicano Donald Trump e J.D. Vance foram alvos de uma invasão de dados supostamente promovida por hackers chineses, segundo o jornal The New York Times. Os celulares de ambos foram os alvos principais de ataques feitos às redes de comunicações americanas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto nesta sexta-feira, 25.

Os investigadores estão trabalhando para determinar se e quais dados de comunicação foram obtidos ou observados pela sofisticada invasão de sistemas de telecomunicações, de acordo com essas pessoas, que falaram sob condição de anonimato para descrever um caso de segurança nacional ativo e altamente sensível.

O tipo de informação em telefones usados por um candidato presidencial e seu companheiro de chapa pode ser uma mina de ouro para uma agência de inteligência: para quem eles ligaram e enviaram mensagens de texto, com que frequência se comunicaram com certas pessoas e por quanto tempo conversaram com essas pessoas. Isso pode ser altamente valioso para um adversário como a China. Esse tipo de dado de comunicação pode ser ainda mais útil se os hackers pudessem observá-lo em tempo real.

A equipe de campanha de Trump foi informada esta semana que o candidato presidencial republicano e seu vice estavam entre várias pessoas dentro e fora do governo cujos números de telefone foram alvos da infiltração nos sistemas telefônicos da Verizon, disseram as autoridades.

Não ficou claro se os hackers conseguiram obter acesso às mensagens de texto, especialmente aquelas enviadas por canais não criptografados.

Dados sobre as comunicações de um candidato presidencial e vice-presidencial - mesmo sem o conteúdo das ligações e mensagens - também podem ajudar um adversário como a China a identificar e direcionar melhor as pessoas no círculo interno de Trump para operações de influência.

A revelação ocorreu nos estágios finais de uma campanha na qual a equipe de Trump também foi alvo de hackers iranianos, que atacaram repetidamente pessoas próximas com e-mails de spear phishing que foram, pelo menos parcialmente, bem-sucedidos em obter acesso às comunicações e documentos de sua campanha.

A segurança em torno de Trump também foi reforçada devido às ameaças de assassinato vindas do Irã.

Um porta-voz da campanha de Trump não citou diretamente se os telefones usados pelo candidato e por Vance foram alvos. Mas em uma declaração, o porta-voz, Steven Cheung, criticou a Casa Branca e a vice-presidente Kamala Harris e procurou culpá-los por permitir que um adversário estrangeiro visasse a campanha.

No início deste ano, autoridades de segurança descobriram a presença em sistemas de telecomunicações americanos de um grupo de hackers afiliado à China chamado Salt Typhoon. Mas os investigadores determinaram apenas recentemente que os hackers estavam mirando números de telefone específicos, disseram as autoridades.

A infiltração dos hackers se estende além da campanha política de 2024, com diversas pessoas supostamente sendo alvos, disseram pessoas familiarizadas com a investigação, sugerindo que isso pode ter implicações de longo alcance para a segurança nacional.

A investigação sobre a extensão da invasão e qualquer dano à segurança nacional está em seus estágios iniciais. Se tal ataque poderia monitorar ou gravar conversas telefônicas é difícil de saber, e se os hackers poderiam ler ou interceptar textos, por exemplo, dependeria em grande parte de quais aplicativos de mensagens os alvos usavam e como esses dados se moviam pelos sistemas da empresa telefônica.

O Wall Street Journal relatou no mês passado que um ataque cibernético ligado ao governo chinês havia se infiltrado nas redes de alguns provedores de banda larga dos EUA e poderia ter obtido informações de sistemas usados pelo governo federal em esforços de grampo do tribunal FISA.

Anteriormente, pesquisadores e autoridades do governo alertaram que contas secretas chinesas estavam se passando por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, espalhando teorias da conspiração e promovendo a divisões entre os americanos. O método se assemelha à campanha de desinformação da Rússia na eleição de 2016.

Além dos EUA, a China também é acusada de tentar influenciar nas eleições de Taiwan. Um suposto grupo de hackers patrocinado pelo Estado chinês intensificou os ataques mirando a ilha autogovernada que Pequim reivindica como parte do seu território. Os ataques foram observados pela empresa de inteligência de segurança cibernética Recorded Future a partir da preparação do pleito até pouco antes da posse de William Lai, favorável a independência. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, aparecem empatados com 47% de intenção de votos, mostra a pesquisa final feita pela CNN. Dentre os possíveis eleitores do candidato republicano, 73% afirmam que o voto é a favor de Trump, enquanto 27% dizem que a escolha é contra Harris.

Na mão contrária, dos possíveis votantes a favor da democrata, 54% apoiam a candidata e 45% dizem que o voto é contra o ex-presidente.

A pesquisa ainda mostrou que Harris lideram em temas como aborto e direitos reprodutivos e proteção da democracia, enquanto Trump lidera economia, imigração e política exterior.