Datena lançará pré-candidatura a prefeito com presença de lideranças do PSDB

Política
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O apresentador José Luiz Datena (PSDB) lançará sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo às 10h30m da próxima quinta-feira, 13, em um hotel no centro da capital paulista. O jornalista originalmente se filiou ao PSDB em uma articulação para ser vice na chapa de Tabata Amaral (PSB) em um movimento encampado pela própria deputada.

 

O próprio Datena confirmou a informação ao Estadão e o PSDB já enviou convite para dirigentes, lideranças e militantes do partido. O presidente da sigla, Marconi Perillo (PSDB), estará presente. O deputado federal Aécio Neves (PSDB) também é esperado. Na última pesquisa Datafolha, Datena registrou 8% das intenções de voto, mesmo percentual de Tabata. Ambos estão tecnicamente empatados em terceiro lugar com Pablo Marçal (PRTB)

 

Os tucanos iriam lançar Datena na semana passada, mas problemas de saúde do apresentador e de sua esposa adiaram o evento. A Coluna do Estadão antecipou a intenção do PSDB lançar a candidatura no início deste mês. Esta é a quinta vez que o jornalista anuncia uma candidatura. Nas outras quatro ocasiões, ele recuou e não trocou a televisão pela política.

 

Dirigentes do PSDB afirmam que a pré-candidatura de Datena é para valer, mas há tucanos céticos. Além do histórico de desistências, a avaliação é que pode haver dificuldades de a candidatura se estruturar por ter largado tarde, na comparação com os adversários, e pelo fato de que os oito vereadores eleitos pelo PSDB deixaram a legenda para apoiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

 

Datena foi aconselhado por Perillo a se reunir com lideranças municipais do partido e pré-candidatos a vereador para ganhar musculatura. O próximo passo é pensar na elaboração do plano de governo. Uma das datas decisivas será o próximo dia 30 de junho, quando o apresentador não poderá mais apresentar seu programa na televisão caso deseje ter o nome nas urnas.

 

Lideranças tucanas expressavam nos últimos meses desejo de lançar candidatura própria, mas esbarravam na falta de um nome. Houve a tentativa de convencer Andrea Matarazzo, atualmente no PSD, a retornar ao "ninho", mas ele não topou, o que reforçou movimentos tanto de Tabata como do próprio Nunes em busca do apoio do PSDB.

 

"Nós estamos aguardando pacientemente a decisão tanto do Datena quanto do PSDB", disse o tucano Orlando Faria, coordenador político da pré-campanha de Tabata. A própria pré-candidata demonstrou ceticismo na sexta-feira sobre a possibilidade do apresentador se candidatar a prefeito.

 

A postura do PSDB é de voltar a negociar apoio a outro nomes apenas se Datena desistir. Uma das condições para apoiar Tabata é que ela se comprometa a não apoiar Guilherme Boulos (PSOL) em um eventual segundo turno. Oficialmente, a deputada tem respondido que não discute apoios no segundo turno porque acredita que estará nele.

Em outra categoria

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas da FactSet, que previam 225 mil solicitações no período.

O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil a 223 mil.

Já o número de pedidos contínuos teve alta de 83 mil na semana até 19 de abril, a 1,916 milhão, atingindo o maior nível desde 13 de novembro de 2021. Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.

Lilian Moreno Cuéllar, juíza distrital de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, anulou nesta quarta, 30, a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales por estupro e tráfico de pessoas, em um caso relacionado ao abuso de uma menor durante seu mandato. "Fica sem efeito qualquer mandado de rebeldia e ordem judicial de apreensão", diz a decisão judicial.

Lilian também determinou a suspensão de qualquer investigação sobre o caso, que corre em Tarija, no sul da Bolívia, e ordenou que o processo seja enviado para Cochabamba - onde Evo tem forte respaldo político e social.

Em outubro, o Ministério Público havia pedido a prisão do ex-presidente boliviano, de 65 anos, que desde então se refugiou em seu bastião político na região cocaleira do Chapare. De acordo com o MP, Evo começou um relacionamento com uma jovem de 15 anos em 2015, quando ele era presidente, e os pais dela consentiram com a união em troca de benefícios. A relação resultou no nascimento de uma filha, um ano depois. A jovem foi posteriormente identificada como Noemí Meneses, que hoje estaria com 25 anos.

Reação

A ordem judicial provocou reação dos críticos de Evo, em razão do histórico de Lilian, que entre 2012 e 2016 trabalhou no Serviço Nacional de Impostos e depois na Companhia Ferroviária Nacional (Enfe).

Lilian foi nomeada juíza pouco antes de Evo deixar o poder, em 2019, o que acabou levantando questionamentos sobre um conflito de interesses e acusações de proteção política ao ex-presidente boliviano.

Evo está inelegível desde 2023, quando a Justiça eleitoral vetou a reeleição indefinida - Evo foi presidente por quatro mandatos. Em fevereiro, no entanto, ele desafiou a sentença e anunciou sua candidatura presidencial nas eleições de 17 de agosto.

Ele se tornou opositor do atual presidente Luis Arce, transformado em desafeto e chamado de "traidor", depois que ambos desataram uma guerra pelo controle do partido Movimento ao Socialismo (MAS). Em março, o ex-presidente fundou seu próprio partido, o Evo Povo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornalista sueco Joakim Medin, preso em março após sua chegada à Turquia, foi condenado ontem a 11 meses de prisão por "insultar o presidente" turco, Recep Tayyip Erdogan, durante um protesto ocorrido em Estocolmo. A condenação foi suspensa logo em seguida, mas ele continuará detido por outra acusação, a de "pertencer a uma organização terrorista".

O repórter do jornal sueco Dagens ETC participou da audiência por videoconferência de sua cela na prisão de Silivri, oeste de Istambul. A Justiça turca o acusa de ter participado, em janeiro de 2023, de uma manifestação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em Estocolmo, capital sueca, durante a qual foi pendurado um boneco de Erdogan de cabeça para baixo, algo que o jornalista nega desde o início.

Medin reafirmou nesta quarta, 30, "não ter participado desse evento". "Eu estava na Alemanha a trabalho. Nem sabia dessa manifestação", declarou. Durante a audiência, o tribunal exibiu fotos tiradas em outra reunião, em agosto de 2023, em Estocolmo, quando a Turquia ainda bloqueava a entrada da Suécia na Otan.

"Nunca tive a intenção de insultar o presidente. Eu tinha a tarefa de escrever os artigos, e foram meus editores que escolheram as fotos", disse o repórter, destacando que Erdogan é "uma figura central" exibida nesses protestos.

Medin, de 40 anos, foi preso em 27 de março ao chegar à Turquia, onde iria cobrir as manifestações desencadeadas pela prisão, em 19 de março, do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, principal adversário político do presidente.

Violações

O jornalista relatou múltiplas violações de seus direitos básicos durante os estágios iniciais de sua detenção, incluindo o direito de acesso a um tradutor, a um advogado e a serviços consulares. Medin foi acusado de pertencer a uma organização terrorista, crime que poderia lhe render até nove anos de prisão e será julgado posteriormente, em data a ser definida.

Essa acusação baseia-se em publicações nas redes sociais, artigos e livros escritos "unicamente no âmbito de seu trabalho jornalístico", disse Baris Altintas, diretora da ONG turca de direitos humanos MLSA, que o representa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.