Em conversa com Trump, Bolsonaro diz que irá à posse 'se estiver com passaporte'

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump se falaram via chamada de vídeo nesta quinta-feira, 14. A conversa foi mediada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que está em Mar-a-Lago, na Flórida, e jantou na residência oficial de Trump na quarta-feira, 13, acompanhado do também deputado federal Mário Frias (PL-SP).

 

Sobre o diálogo, Eduardo disse que "é impossível não admitir que se tratam dos dois maiores líderes patriotas do Ocidente". Registros da conversa entre os dois ex-presidentes foram compartilhados por diversos aliados de Bolsonaro, dentre eles a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), que escreveu "voltaremos" na publicação.

 

Jair Bolsonaro, em entrevista à CNN, disse que a conversa, apesar de rápida, serviu para desejar a Trump "boa sorte para as eleições". Ele ainda contou que prometeu ir aos EUA para a posse do republicano "se estiver com passaporte".

 

A menção ao documento ocorreu porque ele foi apreendido pela Polícia Federal em 8 de fevereiro deste ano, atendendo à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A medida do ministro se deu após o início das investigações da PF sobre uma suposta organização criminosa de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

 

Em suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro disse que Trump "está ciente do que se passa no Brasil", sem explicar do que se trata a afirmação. O deputado também declarou que teve "boas horas de conversa com o futuro presidente dos Estados Unidos da América, iniciado ao som do hino nacional americano". Sobre as eleições, disse que aguarda o retorno de Trump, que proporcionará "tempos de paz e normalidade".

 

Na terça-feira, 12, tanto Donald Trump quanto o atual presidente dos EUA Joe Biden, que tentará a reeleição, conquistaram número suficiente de delegados do Colégio Eleitoral de seus partidos, Republicano e Democrata respectivamente, para garantir a indicação à concorrência nas eleições presidenciais de novembro. A nomeação de Trump deve ser oficializada em julho, durante a Convenção Nacional Republicana.

 

No dia 4 de março, quando a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu reverter a decisão do Estado do Colorado que tornava o ex-presidente inelegível, membros da direita brasileira comemoraram. Além de Eduardo Bolsonaro, os deputados federais Nikolas Ferreira e Carla Zambelli também celebraram a decisão.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que irá declarar dois feriados nacionais em comemoração às vitórias da Primeira e Segunda Guerra Mundial, nas datas de 11 de novembro e 8 de maio, respectivamente. Contudo, o republicano acrescentou que os mercados devem funcionar normalmente esses dias "porque já temos feriados demais nos Estados Unidos".

"Vencemos duas guerras mundiais, mas nunca levamos o crédito por isso - todo mundo leva! Em todo o mundo, os Aliados estão comemorando a vitória que obtivemos na Segunda Guerra Mundial. O único país que não está comemorando são os Estados Unidos da América, e a vitória só foi alcançada graças a nós", escreveu ele na Truth Social.

Ruanda confirmou nesta segunda-feira, 5, que tinha discussões "em andamento" com os Estados Unidos em relação a um possível acordo para receber imigrantes deportados.

No domingo, 4, o ministro das Relações Exteriores de Ruanda, Olivier Nduhungirehe, disse à mídia estatal que as conversas estavam no "estágio inicial". Quando perguntado pela The Associated Press hoje, ele confirmou as negociações.

Nduhungirehe não revelou os detalhes do possível acordo, mas relatos anteriores da mídia local sugerem que os EUA provavelmente financiariam um programa para que os migrantes se integrassem à sociedade por meio de iniciativas de assistência ao trabalho.

O Departamento de Estado dos EUA não quis comentar sobre o assunto, mas declarou que o envolvimento com governos estrangeiros é uma parte importante da política de Washington para impedir a migração ilegal.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, defendeu nesta segunda-feira, 5, seu bom relacionamento com o presidente americano, Donald Trump, e descartou um debate na mídia sobre suas declarações recorrentes.

Como tem sido sua estratégia desde que o republicano chegou ao poder em janeiro, Sheinbaum reagiu com moderação aos comentários provocativos de Trump no domingo, 4, quando ele disse que ela "teme os poderosos cartéis mexicanos".

"Eu não gostaria que a comunicação entre o presidente Trump e a minha pessoa, entre os Estados Unidos e o México, fosse feita através da mídia", enfatizou Sheinbaum em sua conferência matinal.

Ela destacou a comunicação "boa" e "fluida" que mantém com o presidente dos EUA, o que lhe permitiu chegar a uma série de acordos e evitar as tarifas que Washington impôs a vários países.

A líder mexicana também negou que ele tenha feito qualquer ameaça quando, em uma conversa telefônica anterior, ofereceu enviar tropas ao México para apoiar na luta contra organizações criminosas e reiterou que "podemos colaborar em muitas outras coisas dentro da estrutura de nossa soberania e territorialidade".

No domingo, Trump confirmou que havia proposto o envio de tropas americanas a Sheinbaum e criticou-a por ter rejeitado sua oferta.