Exército envia mísseis anticarro e 28 blindados para reforçar fronteira em Roraima

Política
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O Exército Brasileiro enviou 50 viaturas para Roraima, das quais 28 tratam-se de veículos blindados, em um movimento para reforçar a fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana. Os equipamentos foram recebidos na terça-feira, 30, pelo General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, no Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia, em Manaus. De lá, seguem para Roraima por comboio fluvial.

 

O reforço ocorre em meio à disputa pelo território de Essequibo, que corresponde a 75% do que hoje é a Guiana, e é reivindicado pela Venezuela. A disputa pela área se intensificou no final do ano passado, após a descoberta de petróleo na região.

 

O comboio conta com 14 viaturas blindadas multitarefas, equipadas com sistema de armas remotamente controladas, oito viaturas blindadas de transporte de pessoal, seis viaturas blindadas de reconhecimento e outras viaturas administrativas. Ao todo, 50 veículos foram enviados de Campo Grande (MS), por meio da "Operação Roraima", que conta com 50 militares e 32 viaturas fazendo o transporte.

 

Em Roraima, as viaturas farão parte do novo 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado que, até 2025, contará com três esquadrões e um efetivo de cerca de 600 militares, segundo o Exército.

 

A Força não informou se os equipamentos permanecerão em Boa Vista ou se serão enviados para municípios localizados mais próximos às fronteiras. Em comunicado, explicou apenas que "as viaturas reforçarão a defesa da fronteira no norte do País".

 

O novo regimento também receberá o reforço de dezenas de mísseis anticarro, capazes de atingir veículos blindados a até quatro quilômetros de distância. Outros usos para o armamento militar, segundo o Exército, são: concentração de veículos, construções fortificadas, depósitos de combustível e/ou de munição, barcos fluviais e helicópteros pairando à baixa altura.

 

Em dezembro, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou sobre a possibilidade de tropas venezuelanas usarem Roraima como rota para uma invasão da Guiana: "Se for necessário um 'por aqui não passa' mais enérgico, nós estamos preparados para isso".

 

Também no mês passado, um encontro entre os líderes dos dois países ocorreu no principal aeroporto internacional da ilha de São Vicente, no leste do Caribe. Com um aperto de mãos, ambos selaram o compromisso de não usar a força ou escalar as tensões na região.

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O Exército dos EUA confirmou nesta sexta-feira, 2, que haverá um desfile militar no aniversário do presidente Donald Trump em junho, como parte das comemorações do 250º aniversário do serviço.

Os planos para o desfile, conforme detalhado pela primeira vez pela The Associated Press na quinta-feira, preveem que cerca de 6.600 soldados marchem de Arlington, Virgínia, até o National Mall, juntamente com 150 veículos e 50 helicópteros. Até recentemente, os planos do festival de aniversário do Exército não incluíam um desfile maciço, que, segundo as autoridades, custará dezenas de milhões de dólares.

Trump há muito tempo deseja um desfile militar, e as discussões com o Pentágono sobre sua realização - em conjunto com o aniversário presidencial - começaram há menos de dois meses.

O desfile ocorre no momento em que o republicano e seu Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), dirigido por Elon Musk, cortaram departamentos, pessoal e programas do governo federal para economizar custos.

Na tarde de hoje, as autoridades do Exército comentaram que prosseguirão com o desfile, mas que ainda não há uma estimativa de custo.

Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.