França sugere Cappelli, de saída de Ministério, como candidato do PSB à Prefeitura do Rio

Política
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O ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), defende que Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, seja o candidato do partido à Prefeitura do Rio de Janeiro. Os membros do PSB que conhecem e apoiam essa proposta argumentam que a ausência de um candidato do PT na capital fluminense fortalece a viabilidade da candidatura de Cappelli.

 

França compartilhou nesta segunda-feira, 29, uma foto de Cappelli no X (antigo Twitter), que pode ser interpretada como um indício de uma possível pré-candidatura do secretário-executivo.

 

A legenda da postagem diz: "RJ: Hora de separar os homens dos meninos."

 

Em dezembro, o ministro antecipou a filiação do apresentador José Luiz Datena ao PSB por meio de uma publicação semelhante.

 

Dentro do partido, há a percepção de que a segurança pública será um tema central nas eleições deste ano, algo atípico em disputas municipais. A atuação de Cappelli nessa área é considerada um trunfo valioso para a campanha, conta um auxiliar de França, que destacou ainda que o secretário-executivo é carioca.

 

Saída do Ministério da Justiça

 

Cappelli, por sua vez, anunciou nesta segunda-feira que vai deixar o Ministério da Justiça nesta semana. "Fiz o melhor que pude pela democracia e pelo Brasil", escreveu no X.

 

Sua saída ocorre na esteira da troca de comando na pasta, com Ricardo Lewandowski assumindo a Justiça.

 

Além de uma possível candidatura à Prefeitura, Cappelli poderá voltar ao Rio como secretário municipal. Isso porque, como mostrou a Coluna do Estadão, Cappelli recebeu convite do prefeito Eduardo Paes para assumir a Secretaria Municipal de Ordem Pública.

 

Uma decisão, obviamente, inviabilizaria a outra, já que Paes é candidato à reeleição. Porém, ao menos por enquanto, seus correligionários afirmam que ele não pretende deixar o Distrito Federal, onde poderia ser candidato ao governo ou Senado em 2026.

 

Questionado pelo Estadão sobre o seu futuro político e as duas hipóteses no Rio de Janeiro, Cappelli afirmou que ainda "não há nada definido" e que também não está com pressa.

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O nacionalista de extrema direita George Simion garantiu uma vitória decisiva neste domingo, 4, no primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia, segundo dados eleitorais quase completos. A eleição ocorreu meses após uma votação anulada ter mergulhado o país-membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em sua pior crise política em décadas.

Simion, o líder de 38 anos da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou de longe todos os outros candidatos nas pesquisas, com 40% dos votos, mostram dados eleitorais oficiais, após a apuração de 97% dos votos na votação.

Bem atrás, em segundo lugar, ficou o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,67%, e em terceiro, o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,62% - uma diferença que deve aumentar à medida que os últimos votos das cidades maiores forem apurados.

Onze candidatos disputaram a presidência e um segundo turno será realizado em 18 de maio entre os dois candidatos mais votados. Até o fechamento das urnas, cerca de 9,57 milhões de pessoas - ou 53,2% dos eleitores elegíveis - haviam votado, de acordo com o Escritório Central Eleitoral, com 973.000 votos depositados em seções eleitorais instaladas em outros países.

Eleição foi anulada em 2024

A eleição na Romênia teve de ser repetida hoje depois que o cenário político do país foi abalado no ano passado, quando um tribunal superior anulou a eleição anterior, na qual o candidato de extrema direita Calin Georgescu liderou o primeiro turno, após alegações de violações eleitorais e interferência russa, que Moscou negou.

Georgescu, que compareceu ao lado de Simion em uma seção eleitoral em Bucareste, chamou a nova votação de "uma fraude orquestrada por aqueles que fizeram da mentira a única política de Estado", mas disse que estava lá para "reconhecer o poder da democracia, o poder do voto que assusta o sistema, que aterroriza o sistema".

O perfil oficial da Casa Branca nas redes sociais publicou neste domingo, 4, uma foto aparentemente gerada por inteligência artificial (IA) com o rosto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um corpo musculoso, com um sabre de luz vermelho e vestimentas que ficaram conhecidas na franquia de filmes Star Wars.

O dia 4 de maio é considerado o Dia do Star Wars pelos fãs da franquia. A data foi escolhida por conta das semelhanças entre uma frase icônica dos filmes: "May the force be with you" ("Que a força esteja com você") e a frase "May the fourth" ("4 de maio").

"Feliz 4 de Maio a todos, incluindo os Lunáticos da Esquerda Radical que lutam arduamente para trazer Lordes Sith, Assassinos, Traficantes, Prisioneiros Perigosos e membros famosos da gangue MS-13 de volta à nossa Galáxia. Vocês não são a Rebelião - vocês são o Império. Que o 4 de Maio esteja com vocês.", apontou a mensagem do perfil oficial da Casa Branca na rede social X.

Trump vestido de papa

Essa não é a primeira foto gerada por inteligência artificial que foi publicada pelo governo Trump neste final de semana.

Na sexta-feira, 2, o perfil da Casa Branca e do próprio Trump publicaram uma foto do presidente americano vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada.

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) anunciou neste domingo, 4, a retirada da Nicarágua da agência especializada das Nações Unidas (ONU) por causa da concessão de um prêmio da organização que celebra a liberdade de imprensa a um jornal nicaraguense, o La Prensa.

A diretora geral da Unesco, Audrey Azoulay, anunciou que havia recebido uma carta na manhã de domingo do governo nicaraguense anunciando sua retirada devido à atribuição do Prêmio Mundial de Liberdade de Imprensa Unesco/Guillermo Cano.

"Lamento essa decisão, que privará o povo da Nicarágua dos benefícios da cooperação, especialmente nos campos da educação e da cultura. A Unesco está totalmente dentro de suas atribuições quando defende a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa em todo o mundo", disse Azoulay em comunicado.

A Nicarágua era um dos 194 estados membros da organização. Os membros da Unesco criaram o prêmio de liberdade de imprensa em 1997, e o prêmio de 2025 foi atribuído no sábado ao La Prensa por recomendação de um júri internacional de profissionais da mídia.