Lula rebate Bolsonaro e diz que não fará jogo rasteiro para 2022

Política
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre críticas feitas a ele em transmissão semanal ao vivo nas redes sociais do mandatário. "Não vou fazer jogo rasteiro do Bolsonaro. Vou levar Bolsonaro como deve ser levado", afirmou. "Não tenho duas caras. Se for analisar minha vida, vai perceber que tenho uma coerência política. O mesmo não acontece com o atual presidente".

Na quinta-feira (27), Bolsonaro, sem citar o oponente, dedicou críticas a Lula. Para ele, há "um candidato ladrão que diz que dará R$ 600 de auxílio quando for presidente". "Por que não deu lá atrás, quando foi presidente?", argumentou. Segundo Bolsonaro, Lula não fez transposição de água, mas sim "de grana".

Em entrevista à Rádio Tiradentes do Amazonas na manhã desta sexta-feira, Lula rebateu que não tem medo de ser candidato em 2022 e que, diferentemente de Bolsonaro, vai andar nas ruas e falar com povo, mas com responsabilidade. "Se tem uma coisa que não tenho é medo de rua. Mas não sei se ele vai conseguir andar, porque se continuar caindo nas pesquisas como está caindo, daqui a pouco só vai poder visitar um quartel ou um miliciano no Rio de Janeiro", pontuou o ex-presidente. Pesquisas recentes apontam que, se as eleições fossem hoje, Lula teria ampla vantagem eleitoral sobre Bolsonaro.

Na disputa contra o atual presidente, o petista disse que está "muito tranquilo". A expectativa para Lula é que os protestos contra Bolsonaro, programados para acontecer em diversas cidades do Brasil no sábado (29), sejam uma forma de o povo "recuperar a democracia do País".

Contra as ameaças feitas de Bolsonaro sobre a Zona Franca de Manaus, Lula garantiu que, se for eleito, a área vai continuar pois "é o coração do desenvolvimento do Amazonas". O ex-presidente afirmou que vai impulsionar a discussão e o desenvolvimento da região da Amazônia. "Não sou aqueles que discute Amazônia como santuário", mas reforça que a região deve ser cuidada "democraticamente e cientificamente". Lula ainda se disse favorável à construção da Rodovia 319 e defendeu que é possível executá-la de forma "ambientalmente correta".

Em resposta à visita de Bolsonaro à São Miguel da Cachoeira (AM), o ex-presidente firmou compromisso de que vai à região. "Vou conversar com esse povo [indígena] porque não é possível que a gente não tenha dimensão de que esses índios são intrusos", declarou. Segundo Lula, o cuidado com o povo indígena e a concessão de terras devem ser vistos com normalidade, "mas o presidente não gosta disso". "É um momento extraordinário para elevar o nível de debate político", pontuou.

Na quinta-feira, Bolsonaro visitou a região para inauguração de uma ponte de madeira no km 91 da BR-307 na cidade, que liga o município à comunidade Yanomami em Balaio. Foi a primeira visita de Bolsonaro a uma terra indígena. No evento de inauguração da ponte, o mandatário também retirou a máscara para cumprimentar indígenas.

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O presidente Donald Trump disse que está instruindo o seu governo a reabrir e expandir Alcatraz, a notória antiga prisão em uma ilha da Califórnia. A prisão foi fechada em 1963. A Ilha de Alcatraz atualmente é operada como um ponto turístico.

"Estou instruindo o Departamento de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e a Segurança Interna, a reabrir uma Alcatraz substancialmente ampliada e reconstruída, para abrigar os criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos", escreveu Trump em mensagem no site Truth Social na noite deste domingo.

Ainda segundo ele, a reabertura de Alcatraz servirá como um "símbolo de Lei, Ordem e Justiça". A ordem foi emitida em um momento em que Trump vem entrando em conflito com os tribunais ao tentar enviar membros de gangues acusados para uma prisão notória em El Salvador, sem o devido processo legal. Trump também falou sobre o desejo de enviar cidadãos americanos para lá e para outras prisões estrangeiras.

O nacionalista de extrema direita George Simion garantiu uma vitória decisiva neste domingo, 4, no primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia, segundo dados eleitorais quase completos. A eleição ocorreu meses após uma votação anulada ter mergulhado o país-membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em sua pior crise política em décadas.

Simion, o líder de 38 anos da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou de longe todos os outros candidatos nas pesquisas, com 40% dos votos, mostram dados eleitorais oficiais, após a apuração de 97% dos votos na votação.

Bem atrás, em segundo lugar, ficou o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,67%, e em terceiro, o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,62% - uma diferença que deve aumentar à medida que os últimos votos das cidades maiores forem apurados.

Onze candidatos disputaram a presidência e um segundo turno será realizado em 18 de maio entre os dois candidatos mais votados. Até o fechamento das urnas, cerca de 9,57 milhões de pessoas - ou 53,2% dos eleitores elegíveis - haviam votado, de acordo com o Escritório Central Eleitoral, com 973.000 votos depositados em seções eleitorais instaladas em outros países.

Eleição foi anulada em 2024

A eleição na Romênia teve de ser repetida hoje depois que o cenário político do país foi abalado no ano passado, quando um tribunal superior anulou a eleição anterior, na qual o candidato de extrema direita Calin Georgescu liderou o primeiro turno, após alegações de violações eleitorais e interferência russa, que Moscou negou.

Georgescu, que compareceu ao lado de Simion em uma seção eleitoral em Bucareste, chamou a nova votação de "uma fraude orquestrada por aqueles que fizeram da mentira a única política de Estado", mas disse que estava lá para "reconhecer o poder da democracia, o poder do voto que assusta o sistema, que aterroriza o sistema".

O perfil oficial da Casa Branca nas redes sociais publicou neste domingo, 4, uma foto aparentemente gerada por inteligência artificial (IA) com o rosto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um corpo musculoso, com um sabre de luz vermelho e vestimentas que ficaram conhecidas na franquia de filmes Star Wars.

O dia 4 de maio é considerado o Dia do Star Wars pelos fãs da franquia. A data foi escolhida por conta das semelhanças entre uma frase icônica dos filmes: "May the force be with you" ("Que a força esteja com você") e a frase "May the fourth" ("4 de maio").

"Feliz 4 de Maio a todos, incluindo os Lunáticos da Esquerda Radical que lutam arduamente para trazer Lordes Sith, Assassinos, Traficantes, Prisioneiros Perigosos e membros famosos da gangue MS-13 de volta à nossa Galáxia. Vocês não são a Rebelião - vocês são o Império. Que o 4 de Maio esteja com vocês.", apontou a mensagem do perfil oficial da Casa Branca na rede social X.

Trump vestido de papa

Essa não é a primeira foto gerada por inteligência artificial que foi publicada pelo governo Trump neste final de semana.

Na sexta-feira, 2, o perfil da Casa Branca e do próprio Trump publicaram uma foto do presidente americano vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada.

Na última terça-feira, Trump afirmou, em tom de brincadeira, que gostaria de ser o próximo papa. "Eu seria minha escolha número 1", disse Trump a repórteres.