'Ataques de cunho pessoal e misógino', reage presidente do STM a hostilidade de colega

Política
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A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Rocha, reagiu nesta terça-feira, 4, às críticas que recebeu do ministro Carlos Augusto Amaral Oliveira, seu colega na Corte, após ela pedir desculpas às vítimas da ditadura em nome da Justiça Militar.

Em pronunciamento antes da sessão de julgamentos, Maria Elizabeth afirmou que as declarações foram misóginas e que o episódio foi usado como "pretexto para ataque pessoal".

"Essa agressão desrespeitosa não atinge apenas esta magistrada, atinge a magistratura feminina como um todo", disse a presidente do STM nesta tarde.

"A crítica jurídica cabe, ataques de cunho pessoal e misógino não", seguiu Maria Elizabeth.

O desentendimento entre os ministros foi causado pelo discurso de Maria Elizabeth no ato inter-religioso que ocorreu na Catedral da Sé, em São Paulo, pelos 50 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado nos porões da ditadura, em outubro de 1975.

Durante o ato, a ministra pediu perdão, em nome do STM, a "todos que tombaram e sofreram lutando pela liberdade no Brasil" pelos "erros e omissões judiciais cometidos durante a ditadura". Foi aplaudida longamente pela plateia.

O ministro Carlos Augusto Amaral Oliveira criticou a presidente do STM na última sessão plenária, na semana passada, sem a presença dela.

Ele sugeriu que a ministra deveria "estudar um pouco mais de História" para "opinar sobre a situação no período histórico a que ela se referiu e sobre as pessoas a quem pediu perdão".

Amaral Oliveira também disse que o posicionamento da presidente do Superior Tribunal Militar foi superficial e teve "abordagem política".

Ao reagir nesta terça, a ministra disse que conhece "muito bem a História" e que "não há dúvidas" sobre as violências da ditadura militar.

Maria Elizabeth afirmou que o pronunciamento no ato em São Paulo foi feito "em primeira pessoa e na qualidade de Presidente do STM, em estrito limite institucional, investida que estou do múnus constitucional inerente ao cargo".

"Tratou-se de gesto eticamente republicano e constitucionalmente afinado com a memória, a verdade e a não repetição de violências, certa de que a dor transpassa o coletivo e que, muitos, como eu, têm registros de lágrimas derramadas por familiares martirizados pela ditadura", afirmou.

A ministra finalizou dizendo que tem compromisso com os direitos humanos, com a democracia e com a "urbanidade" no trato institucional. "Não retruco briga com briga nem ofensa com ofensa."

Carlos Augusto Amaral Oliveira, que é Tenente-Brigadeiro do Ar, cargo mais alto na hierarquia da Aeronáutica, negou ter sido misógino e afirmou que o entrevero "projeta o tribunal de uma maneira muito negativa".

"A senhora pode achar o que a senhora quiser, eu realmente não ligo muito", respondeu o ministro.

Maria Elizabeth é a primeira mulher a ocupar a presidência do STM. A ministra civil é uma voz progressista - e frequentemente divergente - no tribunal composto majoritariamente por quadros das Forças Armadas.

Em sua primeira passagem na presidência, ela mandou degravar todos os áudios das sessões secretas dos presos políticos julgados na ditadura. A ministra é casada com o general de divisão Romeu Costa Ribeiro Bastos. Um irmão dele, Paulo Costa Ribeiro Bastos, militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), guerrilha contra a ditadura, foi torturado e morto pelos militares.

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A sessão de fim de semana do Senado americano para acabar com o shutdown mostrou poucos sinais de progresso neste sábado, já que o desejo do líder da maioria no Senado, John Tune, por uma votação rápida não se concretizou.

O shutdown, que já dura 39 dias, está afetando cada vez mais o país, com trabalhadores federais sem receber salários, companhias aéreas cancelando voos e benefícios de vale-alimentação atrasados para milhões de americanos.

A sessão deste sábado começou de forma conturbada, visto que o presidente Donald Trump já havia deixado claro que é improvável que ele faça concessões com os democratas, que buscam prolongar em um ano os benefícios fiscais do Obamacare. Trump disse nas redes sociais que é "o pior sistema de saúde em qualquer lugar do mundo" e sugeriu que o Congresso envie dinheiro diretamente para as pessoas adquirirem seguros.

Thune disse que a proposta de Trump não faria parte de uma solução para acabar com o shutdown, mas acrescentou que "é uma discussão que o presidente e todos nós queremos ter".

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Os esforços legais do governo Donald Trump para evitar ter que financiar totalmente vales-refeição para milhões de americanos estão criando uma oportunidade para os democratas, ansiosos para usar o mais longo shutdown do governo americano para pintar o presidente como insensível.

"Donald Trump e seu governo decidiram usar a fome como arma, para reter os benefícios do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP, na sigla em inglês), de milhões de pessoas, apesar do fato de que dois tribunais, tanto o distrital quanto o de apelações, deixaram claro que esses benefícios do SNAP precisam ser pagos imediatamente", disse o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, neste sábado, chamando as ações de "vergonhosas".

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, disse ainda que "Donald Trump está literalmente lutando na justiça para garantir que os americanos passem fome. ELE NÃO SE IMPORTA COM VOCÊ". A declaração foi feita na rede social X, e Newsom é um potencial candidato à presidência para 2028.

Os comentários vêm após a Suprema Corte, na noite de sexta-feira, conceder o recurso de emergência do governo para bloquear temporariamente uma ordem judicial que exigia que ele financiasse totalmente os pagamentos de ajuda alimentar do SNAP durante o shutdown. O programa atende cerca de 1 em cada 8 americanos, principalmente aqueles com rendas mais baixas.

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Um incêndio em um depósito de perfumes no noroeste da Turquia na manhã deste sábado, 08, deixou seis pessoas mortas e uma pessoa ferida, segundo informaram as autoridades responsáveis.

A causa do incêndio na província de Kocaeli é desconhecida. Ele começou por volta das 9 da manhã, e a mídia local informou que foi precedido por várias explosões. Equipes de emergência e bombeiros foram imediatamente enviadas ao local, e o incêndio foi controlado em uma hora.

O governador da província, Ilhami Aktas, afirmou aos jornalistas que seis pessoas morreram e uma estava ferida e recebendo tratamento. Ele acrescentou que a causa do incêndio ainda é desconhecida e está sendo investigada.

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado