Tarcísio tenta se aproximar de Fachin após ataques ao STF no Sete de Setembro

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 28, pela primeira vez depois do Sete de Setembro, quando desferiu ataques à Corte. Tarcísio foi convidado para a posse de Edson Fachin na presidência do tribunal em 29 de setembro, mas não compareceu ao evento, muito embora estivesse em Brasília no dia.

Agora, o governador tenta se reaproximar da Corte. Será recebido por Fachin às 19h30 para conversar sobre a disputa bilionária entre o Estado de São Paulo e a Rodopetro Distribuidora de Petróleo. A empresa conseguiu uma liminar para suspender o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Tarcísio quer reverter a situação no STF.

Antes de ir à presidência do Supremo, Tarcísio será recebido por Kassio Nunes Marques, que foi nomeado para o tribunal por Jair Bolsonaro (PL). Tarcísio era o principal interlocutor do bolsonarismo no STF. A ponte foi destruída aos poucos durante o julgamento sobre a trama golpista.

Antes da condenação do ex-presidente, o governador de São Paulo apelou a ministros do tribunal para que devolvessem o passaporte a Bolsonaro para que ele pudesse ir aos Estados Unidos negociar com o presidente Donald Trump a revogação do tarifaço. Integrantes do tribunal consideraram a atitude imprópria.

A relação implodiu de vez no Sete de Setembro, quando Tarcísio discursou em um ato na Avenida Paulista convocado pelo pastor Silas Malafaia. Do alto de um palanque, defendeu a anistia para os condenados por tentativa de golpe e disse que ninguém aguentava mais a "tirania" de Alexandre de Moraes.

No dia da posse de Fachin, Tarcísio foi à casa de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar. "Estou visitando um amigo, uma pessoa importante, tenho consideração. É um momento difícil. Estamos aqui para prestar apoio, sem nenhum tipo de interesse", disse.

Na visita ao STF, Tarcísio será acompanhado da procuradora-geral do Estado de São Paulo, Inês Coimbra, e do chefe do escritório do governo paulista em Brasília, Vicente Santini. A dupla poderia tratar com os ministros sobre os temas jurídicos, mas Tarcísio aproveitou a oportunidade para tentar a reaproximação da Corte.

A relação saudável com o Judiciário é um cálculo político importante para Tarcísio, que não perdeu as esperanças de concorrer à Presidência da República em 2026. Durante as campanhas, Fachin será o presidente do STF e Nunes Marques vai comandar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caberá às duas Cortes julgar ações de candidatos e causas relativas à disputa.

A reunião com Nunes Marques terá como pauta a discussão sobre benefícios fiscais. O ministro é relator de uma ação direta de inconstitucionalidade sobre a Lei das Subvenções. Aprovada no final de 2023, a legislação muda as regras para tributação de incentivos fiscais concedidos pelos estados via ICMS.

Tarcísio também se reunirá com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marco Aurélio Bellizze Oliveira. O tema será uma ação em julgamento no tribunal que discute a base de cálculo do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). Bellizze pediu vista no processo no início do mês.

O governador paulista ficará na capital federal até quarta-feira, 29, para participar da filiação do presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, o deputado federal Pedro Lupion (PP), ao Republicanos.

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A Coreia do Norte lançou mísseis de cruzeiro mar-terra de sua costa oeste nesta terça-feira, 28, informou a mídia estatal norte-coreana, um dia antes do presidente dos Estados Unidos Donald Trump iniciar uma visita à Coreia do Sul.

Os mísseis foram lançados verticalmente e voaram por mais de duas horas, informou a agência de notícias KCNA nesta quarta-feira, 29, no horário local.

A agência informou que Pak Jong Chon, vice-presidente da Comissão Militar Central da Coreia do Norte, supervisionou o teste, e não Kim Jong-un, com quem Trump manifestou interesse em se encontrar durante sua visita à Coreia do Sul esta semana.

O último encontro entre Kim e Trump ocorreu em 2019 na zona desmilitarizada que divide as duas Coreias. Embora não tenha havido nenhum anúncio oficial, as autoridades sul-coreanas restringiram as visitas turísticas à área.

Kim disse no mês passado que tem "boas lembranças" de Trump e está aberto a negociações se os Estados Unidos recuarem em sua exigência de que a Coreia do Norte desista de seu arsenal nuclear.

O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Chung, pediu a ambos os líderes que "não deixassem a oportunidade escapar".

A viagem de Trump marca o primeiro giro do presidente americano pela Ásia desde que retornou à Casa Branca em janeiro, e ocorre em meio a uma nova onda de tensões comerciais e discussões diplomáticas envolvendo China e Coreia do Norte.

Em visita ao Japão nesta terça-feira, 28, Trump elogiou a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, a primeira mulher a ocupar o cargo no país. Trump destacou o papel do Japão como "aliado no mais alto nível" e afirmou que Washington está disposto a "ajudar em tudo o que for possível".

Durante o encontro, no Palácio de Akasaka, os dois líderes assinaram acordos voltados ao fortalecimento da aliança bilateral. Um deles prevê a criação de um fundo de US$ 550 bilhões para investimentos japoneses nos Estados Unidos e a manutenção de tarifas de 15% sobre produtos importados do Japão. Outro documento estabelece uma estrutura de cooperação para garantir o fornecimento de minerais críticos e terras raras, insumos essenciais para tecnologias avançadas.

Takaichi, que assumiu o cargo há poucos dias, ressaltou a importância da relação com Washington e citou o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, seu mentor político, que manteve laços estreitos com Trump durante o primeiro mandato do republicano. A líder japonesa anunciou ainda a doação de 250 cerejeiras aos EUA, em homenagem ao 250º aniversário do país.

Trump, que costuma criticar o baixo consumo de veículos americanos no Japão, foi recebido com uma exibição de caminhonetes Ford F-150. A primeira-ministra, segundo a Casa Branca, avalia adquirir parte da frota.

Após compromissos no Japão, Trump deve seguir para a Coreia do Sul, onde está previsto um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, à margem da cúpula da Apec.

*Com agências internacionais.

A taxa de desaprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atingiu nova mínima desde sua posse para o segundo mandato.

Pesquisa realizada pela The Economist mostrou que a parcela de eleitores que aprova seu desempenho no cargo menos a parcela que desaprova ficou em -18%, uma queda de 1,3 ponto desde a semana passada e três pontos porcentuais abaixo do registrado em qualquer momento de seu primeiro mandato.

O levantamento mostrou que 39% aprovam o governo, 57% desaprovam e 5% não têm certeza.

Os americanos não estão apenas decepcionados com a forma como Trump lida com questões básicas como inflação e economia. Eles também não gostam da maneira como ele lida com questões que eram centrais de seu discurso de campanha, como imigração e criminalidade, segundo a publicação.

O furacão Melissa atingiu a Jamaica nesta terça-feira, 28, com ventos catastróficos e potencial para inundações e deslizamentos de terra generalizados. De categoria 5, o Melissa é um dos furacões atlânticos mais fortes da história.

Desmond McKenzie, vice-presidente do Conselho de Gestão de Riscos de Desastres da Jamaica, pediu à população que busque abrigo e fique em casa enquanto a tempestade, com ventos de 295 km/h, atravessa a ilha. "Jamaica, este não é o momento de ser corajosa", disse ele.

As ruas da capital, Kingston, permaneceram praticamente vazias enquanto o Melissa se aproximava, exceto por um cão de rua solitário atravessando poças dágua e algumas pessoas caminhando rapidamente sob galhos de árvores que balançavam sob o vento forte.

O governo jamaicano afirmou ter feito tudo o que pôde para se preparar e alertou sobre os danos devastadores que podem ser causados pelo furacão mais forte a atingir a ilha desde o início dos registros, há 174 anos.

"Não há infraestrutura na região que possa suportar uma categoria 5", disse o primeiro-ministro Andrew Holness. "A questão agora é a velocidade da recuperação. Esse é o desafio."

Grandes danos causados por ventos são esperados no núcleo do Melissa e as montanhas mais altas da Jamaica podem sofrer rajadas de até 322 km/h, disse Michael Brennan, diretor do Centro Nacional de Furacões dos EUA em Miami. "Será um cenário muito perigoso", disse ele, alertando que haverá "falhas totais em construções."

O Melissa é o quinto furacão mais intenso da bacia do Atlântico já registrado em termos de pressão e o mais forte a atingir a costa desde o furacão Dorian em 2019, de acordo com o especialista em furacões e marés de tempestade Michael Lowry. É "o pior cenário possível para a Jamaica", disse ele.

Jamaica se prepara

Deslizamentos de terra, árvores caídas e inúmeras quedas de energia foram relatados quando o Melissa chegou à costa, com autoridades jamaicanas alertando que a limpeza e a avaliação dos danos podem ser lentas. A tempestade deve cortar diagonalmente a ilha e seguir em direção a Cuba.

O Melissa atingiu o sudoeste da Jamaica, perto de New Hope, e se movia de norte a nordeste a 15 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões. O furacão teve seu epicentro cerca de 40 km a sudeste de Negril, Jamaica, e cerca de 235 km a sudoeste de Guantánamo, Cuba.

Uma maré de até 4 metros é esperada no sul da Jamaica, com autoridades preocupadas com o impacto em alguns hospitais ao longo da costa. O Ministro da Saúde, Christopher Tufton, disse que alguns pacientes foram transferidos do térreo para o segundo andar, "e esperamos que isso seja suficiente para qualquer onda que possa ocorrer".

Colin Bogle, conselheiro do Mercy Corps, sediado perto de Kingston, disse que a maioria das famílias está se abrigando, apesar das ordens do governo de retirada de pessoas de comunidades propensas a inundações.

Ele estava abrigado com a avó em Portmore, onde tudo escureceu no início da manhã após uma forte explosão. "O barulho é implacável", disse ele. "As pessoas estão ansiosas e tentando se segurar até a tempestade passar."

Desmond McKenzie, do Conselho de Gestão de Riscos de Desastres, disse que o governo estava preparado para resgates imediatamente após a passagem da tempestade: "Temos barcos, helicópteros, tudo o que você imaginar." Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado