Caiado diz que Ciro Nogueira quer 'garupa para continuar vida política': 'Final de carreira'

Política
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O governador de Goiás Ronaldo Caiado (União) disse que o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, "não tem expressão política" e quer "achar uma garupa para continuar na vida política" ao tentar se colocar como vice-presidente em uma chapa de candidatura da direita nas eleições de 2026.

"Como candidato a vice vai definir o presidente? É algo que não existe na política. E o que levou a isso foi a ansiedade, o desespero de não ter base para se reeleger senador no Piauí. É uma posição de final de carreira, de querer achar uma garupa para continuar na vida política", afirmou em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira, 17.

Ele afirmou que, como a federação União Progressista ainda não foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o União não deveria "se entregar para ser comandado por Ciro, que não tem expressão política".

Na última quinta-feira, Ciro Nogueira avaliou que os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), são os nomes mais "viáveis" da direita para o pleito. O presidente do PP afirmou não ter nada contra o governador de Goiás, mas reforçou que o "candidato tem que mostrar viabilidade'. Caiado é pré-candidato à Presidência pelo União.

Na entrevista à Veja, ele se queixou das críticas recebidas de Ciro e as atribuiu à vontade do senador de ser vice em uma chapa encabeçada por Tarcísio ou Ratinho.

"Ciro tenta a todo momento ignorar a nossa pré-candidatura. Eu disse a ele que nunca vi um presidente de partido, como Gilberto Kassab (PSD) ou Marcos Pereira (Republicanos), falar mal de seus pré-candidatos. Quando você constrói uma federação, o objetivo é colocar esse agrupamento para disputar eleições. Não é construir uma federação baseada no interesse específico dele de ser vice na candidatura que ele elege como primeira opção", disse.

Ronaldo Caiado também elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao dizer que não conhece ninguém que manteve a "capacidade de mobilização" dele após ter deixado o poder.

O apoio de Bolsonaro a um candidato da direita para disputar o Planalto em 2026 é considerado decisivo, mas até o momento não há uma decisão do ex-presidente sobre o assunto. Para Caiado, "não tem por que forçar isso, nem por que ficar constrangendo-o a decidir".

"O que cabe a mim nesta hora é reconhecer que todo apoio que possa vir do ex-presidente é bem-vindo. Agora, não posso de maneira nenhuma ter a pretensão de querer dizer o que ele deve fazer, até porque, diferentemente do Ciro Nogueira, eu, o Zema, o Tarcísio e o Ratinho apoiamos o ex-presidente desde a sua primeira eleição, em 2018", disse.

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Depois de participarem de uma rodada de negociações em Doha, Paquistão e Índia chegaram a um acordo para um cessar-fogo imediato no conflito entre os dois países, informou o Ministério de Relações do Catar em nota. As tratativas foram mediadas pelo governo catariano e pela Turquia.

Em comunicado divulgado em sua conta no X, o ministério afirma que os dois lados concordaram em estabelecer mecanismos para consolidar uma "paz duradoura e estabilidade" em suas relações.

"Os dois lados também concordaram em marcar reuniões nos próximos dias para garantir a sustentabilidade do cessar-fogo e verificar sua implementação de forma confiável e sustentável, contribuindo, assim, para alcançar segurança e estabilidade nos dois países", diz a nota oficial.

A pasta responsável pelas relações externas do Catar afirma que o governo do país tem esperança de que o acordo vai contribuir para encerrar as tensões na fronteira entre Índia e Paquistão e estabelecer uma base sólida para garantir a paz no território.

Os dois vizinhos se enfrentaram em diversas guerras nos últimos anos. Acredita-se que a Índia tenha um total estimado de 172 ogivas nucleares, enquanto o Paquistão tenha 170, de acordo com o Boletim dos Cientistas Atômicos, publicado nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos não vão manter como prisioneiros de guerra os dois sobreviventes do ataque a uma embarcação no mar do Caribe, na última quinta-feira, 16. O presidente Donald Trump anunciou na plataforma Truth Social que, em vez disso, eles serão enviados de volta para seus países - Colômbia e Equador.

"Havia quatro narcoterroristas a bordo. Dois foram mortos. Dois sobreviventes estão sendo enviados de volta a seus países de origem, Equador e Colômbia, para detenção", escreveu Trump, na rede social.

Na quinta-feira, 16, o exército norte-americanos abriu fogo contra uma embarcação suspeita de transportar drogas próxima à costa da Venezuela. Os sobreviventes foram resgatados pelos Estados Unidos de helicóptero. Desde o ataque, eles estavam detidos em um navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos.

O ataque foi o primeiro que deixou sobreviventes desde que o presidente Donald Trump começou a lançar operações na região, no mês passado.

O governo tentou justificar os assassinatos alegando que os Estados Unidos estão em "conflito armado" com cartéis de drogas latino-americanos responsáveis por "envenenar" americanos. Descreveu esses grupos como organizações terroristas. Democratas no Congresso - e pelo menos um republicano - argumentaram que os ataques são um uso indefensável de força letal.

Os ataques aos barcos de transporte de drogas coincidiram com um grande aumento da presença militar no Caribe - e com a retórica cada vez mais hostil do governo contra o ditador venezuelano, Nicolás Maduro. A onda de atividades alimentou especulações de que Trump pode estar se preparando para removê-lo do poder à força.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos declarou neste sábado, 18, que informou os países envolvidos no acordo de paz em Gaza sobre "relatos confiáveis" que indicam uma iminente violação do cessar-fogo pelo Hamas.

Em comunicado, o departamento afirma que um ataque planejado pelo grupo militante contra civis palestinos "constituiria uma violação direta e grave do acordo de cessar-fogo e minaria o progresso significativo alcançado por meio dos esforços de mediação".

"Os garantidores exigem que o Hamas cumpra suas obrigações sob os termos do cessar-fogo", insta o órgão na nota. "Caso o Hamas prossiga com este ataque, medidas serão tomadas para proteger o povo de Gaza e preservar a integridade do cessar-fogo", adverte o departamento.

Segundo o texto, os EUA e outras nações que ajudaram a costurar o acordo entre Hamas e Israel seguem comprometidos com a garantia de segurança dos civis, com manutenção da "calma" no território e com a promoção da paz e prosperidade para o povo de Gaza e na região como um todo.