Ciro Nogueira diz que 40% da população defende a dosimetria no lugar da anistia

Política
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O presidente do PP e senador Ciro Nogueira (PI) disse neste domingo, 12, que 40% da população defende a dosimetria, no lugar da votação da anistia, que beneficiaria diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. "Eu acho que esse projeto com certeza passaria, todos os partidos de centro votariam", avaliou, durante o programa Canal Livre, da Band.

Para ele, o relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), está fazendo um bom trabalho de articulação e que ele está atento a levar um texto para votação que depois não seja invalidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nogueira defendeu que a matéria precisa ser levada à apreciação do Congresso, apesar de muitas pessoas serem contrárias à PEC da anistia. "Sempre vai ter 40% da população que defende. Tem o papel do eleitorado que não é contra, é um papel de favorável. Mas tem que ser votado. Eu acho que nenhuma matéria pode ser impedida de ser votada. Nós vivemos numa democracia, né?", argumentou.

O impasse em torno do tema, conforme o senador, não pode ficar eternamente sem solução. "Parece que é para que isso consiga ser votado, para sempre ficar com essa discussão, sempre ficar com essa defesa ou ataque a essas posições. Eu acho que isso está fazendo muito mal ao nosso País, essa discussão interminável, porque acaba se colocando em segundo plano o que realmente interessa para a população."

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, brincou sobre a conversa que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que "não pintou química, pintou uma indústria petroquímica". A brincadeira tirou risos das pessoas que acompanhavam o discurso do presidente durante cerimônia de comemoração do dia dos professores, no Rio de Janeiro.

"Quando fui falar com o (Donald) Trump, não conhecia ele, a gente estava de mal. Tinha gerado uma química na ONU, 29 segundos, sabe. Então ele me ligou e eu disse que queria estabelecer uma conversa sem liturgia", contou o presidente, em tom de brincadeira. "Não pintou química, pintou uma indústria petroquímica. Amanhã ainda vamos ter uma conversa de negociação."

Lula não deu detalhes sobre essa conversa e com quem seria, mas a referência deve ser à reunião que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, terá com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na quinta-feira.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), as equipes técnicas dos dois países já se reúnem nesta quarta-feira, em uma conversa preliminar que será o primeiro filtro das negociações em torno do tarifaço dos Estados Unidos para o Brasil.

A grande questão do momento é saber que pontos os EUA colocarão sobre a mesa: se apenas itens econômicos, ligados à taxação determinada pelo presidente Donald Trump e de futuras trocas de bens e serviços entre os dois países, ou também assuntos ligados a sanções a autoridades domésticas.

O presidente brasileiro também criticou, sem citar nominalmente, o deputado Eduardo Bolsonaro. "Chega de cidadãos indo para os EUA tentar inflar os americanos contra nós", afirmou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou sérias dúvidas na terça-feira, 14, sobre o que pode acontecer com o apoio prometido à Argentina, caso o governo do presidente argentino, Javier Milei, sofra uma derrota nas eleições legislativas de 26 de outubro.

"Achamos que Milei vai ganhar as eleições, ele merece", pontuou Trump ao receber o presidente da Argentina na Casa Branca.

E destacou: "Se ele vencer seremos muito prestativos à Argentina, mas, se não, não vamos perder nosso tempo."

O republicano ainda comentou que Milei está perto de um "tremendo sucesso econômico".

Israel devolveu nesta quarta-feira, 15, a Gaza os restos mortais de 45 palestinos, elevando o número total entregue para 90 pessoas, informou o Ministério da Saúde deste território controlado pelo grupo terrorista Hamas. Em virtude do acordo de cessar-fogo impulsionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Israel deve entregar os corpos de 15 palestinos para cada israelense falecido que o Hamas lhe entregar.

Na segunda-feira, 13, o grupo terrorista Hamas entregou os restos mortais de três reféns israelenses e um nepalês para ser repatriado, e na terça-feira, 14, outros três israelenses e um corpo ainda não identificado que, segundo o Exército informou nesta quarta, não era de nenhuma das pessoas que constavam na lista de reféns mortos. Ainda na segunda-feira, os últimos 20 reféns israelenses vivos dos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023 foram libertados.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, exigiu que o Hamas cumpra os requisitos estabelecidos no acordo de cessar-fogo sobre a devolução dos corpos dos reféns. "Não faremos concessões nisso e não interromperemos nossos esforços até devolvermos o último refém falecido", disse ele. (Com informações de agências internacionais)