Presidente da CPMI do INSS celebra ação da PF e diz que é também fruto do trabalho da comissão

Política
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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse, nesta quinta-feira, 9, que a nova fase da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, é também resultado do trabalho da CPMI.

 

O parlamentar disse que esteve na noite da quarta-feira, 8, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, relator dos casos que envolvem o esquema fraudulento de descontos não autorizados em aposentadorias, e pediu para que cumprisse prisões autorizadas pela CPMI.

 

"Estive pessoalmente com o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, para reforçar a urgência no cumprimento das prisões já aprovadas. A mensagem foi clara: quem tem aviões, vistos e recursos para fugir do país não pode continuar rindo da Justiça", disse Viana.

 

Na manhã desta quinta-feira, o ministro André Mendonça pediu para que a operação fosse deflagrada. Estão sendo cumpridos 66 mandados de busca e apreensão em São Paulo (45), Sergipe (12), Amazonas (1), Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (2), Pernambuco (2), Bahia (2) e no Distrito Federal (1).

 

Um dos endereços onde houve buscas é o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), em São Paulo. O sindicato é ligado a José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O diretor da entidade, Milton Baptista de Souza Filho (conhecido como Milton Cavalo), também é alvo da operação.

 

Milton tem um depoimento marcado nesta quinta na CPMI do INSS.

 

Para Viana, a operação demonstra a importância da CPMI. "Essa ação confirma: a CPMI do INSS não é espectadora, é protagonista na luta por justiça aos aposentados, viúvas e órfãos do Brasil", afirmou. "A Justiça está avançando e quem debochou do Congresso agora sente o peso da lei."

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, planeja convocar seu Gabinete de Segurança reduzido e, em seguida, o Gabinete completo - esperado para o final desta quinta-feira - para aprovar o acordo de cessar fogo de Donald Trump.

Os próximos passos seriam um recuo parcial das forças israelenses em Gaza, de acordo com autoridades árabes e um oficial do Hamas, que falaram sob condição de anonimato porque o texto do acordo não foi divulgado.

A extensão da retirada ainda não foi tornada pública, mas autoridades do grupo armado disseram que as tropas se retirarão de áreas povoadas.

O Hamas concordou em libertar os 20 reféns vivos dentro de alguns dias, provavelmente na segunda-feira, e Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos. O Hamas também entregará os restos mortais de cerca de 28 reféns.

Ao mesmo tempo, centenas de caminhões de ajuda começarão a entrar em Gaza, com os números aumentando ao longo do tempo. As negociações para as próximas fases começariam então.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que visitará a Faixa de Gaza provavelmente no domingo.

*Com informações da Associated Press

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira, 9, que reféns mantidos pelo Hamas devem ser libertados na segunda, 13, ou terça-feira, 14, e acrescentou que pretende viajar a Gaza e Israel no domingo, 12. Durante coletiva de imprensa antes de reunião bilateral com o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, Trump disse que, após o conflito no Oriente Médio, "queremos chegar a um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia" e previu que ambos os países "voltarão à mesa de negociações muito em breve".

Trump disse ainda que os EUA "podem impor mais sanções contra a Rússia para pressionar pelo fim da guerra na Ucrânia" e ressaltou que não planeja retirar tropas americanas da Europa, embora "possa movê-las de lugar" dentro do continente.

Questionado sobre a possibilidade de receber o Prêmio Nobel da Paz, cujo anúncio ocorre nesta sexta-feira, o republicano declarou: "Resolvi oito guerras em nove meses. Ninguém nunca fez isso em três anos, quem dirá em nove meses."

Ao comentar a segurança europeia, Trump afirmou que os Estados Unidos defenderiam a Finlândia em caso de um eventual ataque russo, mas acrescentou que "isso não acontecerá". Ele também confirmou que os dois países estão "comprando quebra-gelos e construindo-os com a Finlândia", projeto que, segundo Stubb, prevê a construção de quatro embarcações na Finlândia e sete nos EUA.

O republicano ainda sugeriu que "talvez devêssemos tirar a Espanha da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)", criticando o governo espanhol por não concordar em elevar os gastos com defesa para 5% do PIB. Segundo Trump, "os aliados precisam cumprir suas obrigações se quiserem permanecer protegidos".

O chefe da delegação negociadora do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou nesta quinta-feira, 9, que o grupo recebeu "garantias dos irmãos mediadores e do governo americano, todos confirmando que a guerra terminou completamente". Em discurso, ele anunciou a conclusão de um acordo para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, que inclui "o início da implementação de um cessar-fogo permanente, a retirada das forças de ocupação Israel, a entrada de ajuda humanitária e a reabertura da passagem de Rafah nos dois sentidos".

Segundo al-Hayya, o acordo também prevê a troca de prisioneiros, "com a libertação de 250 condenados à prisão perpétua e de 1.700 detidos da Faixa de Gaza que foram presos após 7 de outubro", além da libertação de todas as crianças e mulheres.

O dirigente acrescentou que o Hamas seguirá trabalhando com as forças nacionais e islâmicas para "completar as etapas restantes, garantir os interesses do nosso povo palestino, permitir que ele decida seu próprio destino e conquistar seus direitos até o estabelecimento de seu Estado independente, com Jerusalém como capital".