Pesquisa CNT: 49,6% acham justo Bolsonaro ser condenado; para 36,9%, seria injusto

Política
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Uma possível condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe entre 2022 e 2023 é considerada justa para 49,6% dos brasileiros, segundo a nova edição da pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira, 8. Outros 36,9% avaliam a decisão como injusta. Outros 13,5% não souberam avaliar a situação. O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre os dias 3 e 6 de setembro, tem margem de erro de 2,2 pontos porcentuais e nível de confiança de 95%.

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete militares do chamado núcleo 1 estão sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação em uma trama golpista. O julgamento começou na semana passada e será retomado nesta terça-feira, 9.

 

Quando perguntados se Bolsonaro será de fato condenado, 57,6% disseram acreditar que sim, 28,9% apontaram que ele será absolvido e 13,5% não souberam responder.

 

Em relação ao cumprimento de uma eventual pena, 32,2% defendem que Bolsonaro deveria iniciá-la em prisão domiciliar; 31,3% acreditam que deveria começar em uma penitenciária; 16,4% indicam que a pena deveria ser cumprida em prédio militar; e 9,9% em sala especial da Polícia Federal. Outros 10,2% não responderam.

 

A pesquisa também avaliou os impactos de uma possível condenação na política nacional. Para 39,4% dos entrevistados, a polarização tende a aumentar; 29,2% acreditam que permanecerá no mesmo nível; 18,8% projetam uma redução; e 12,6% não souberam opinar.

 

Em linhas gerais, a 165ª Pesquisa CNT de Opinião também aponta melhora na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A aprovação do governo subiu para 31%, enquanto a reprovação permaneceu em 40%. Já em relação ao desempenho pessoal, Lula avançou de 41% para 44% de aprovação, e a desaprovação caiu de 53% para 49%.

 

Houve tentativa de Golpe?

 

Para 36,1%, houve tentativa de golpe nos atos de 8 de janeiro de 2023; 29,5% afirmaram que se tratou de um protesto que saiu do controle; 20% disseram que foram apenas atos de vandalismo isolados; e 14,4% não souberam responder.

 

Entre os que acreditam em tentativa de golpe, destacam-se as mulheres (37%) em relação aos homens (36%). Pessoas com 60 anos ou mais aparecem como o grupo que mais aponta para a tentativa, seguidas pelos de 45 a 59 anos (38%) e pelos de 25 a 34 anos (35%).

 

Quanto ao nível de escolaridade, tanto pessoas com ensino fundamental quanto com ensino superior registraram 39% de concordância sobre a tentativa de golpe. Entre os que têm ensino médio, o índice cai para 33%.

 

Regionalmente, Nordeste e Sudeste apresentam números próximos, 41% dos entrevistados no Nordeste acreditam que houve tentativa de golpe, contra 40% no Sudeste. No recorte religioso, há uma inversão: 37% dos católicos afirmam que houve tentativa, enquanto entre evangélicos o índice é de 27%. Já quando a questão é se o episódio foi um protesto fora de controle, 37% dos evangélicos concordam, contra 27% dos católicos.

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Membros da Guarda Nacional do Texas foram vistos nesta terça-feira, 7, em um centro de treinamento militar em Illinois, no sinal mais claro até agora do plano do governo norte-americano Donald Trump de enviar tropas para a região de Chicago, apesar da oposição de autoridades locais e de uma ação judicial em curso. Os militares exibiam o emblema da Guarda Nacional texana.

O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de usar as tropas como "peões" e "instrumentos políticos", enquanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, criticou a falta de cooperação da Casa Branca. O Estado e a cidade processaram o governo federal, alegando que a medida faz parte de uma "guerra" declarada por Trump contra Chicago e Illinois. Um juiz deu dois dias ao governo para responder, com audiência marcada para quinta-feira.

A mobilização reacende tensões com governadores democratas. No Oregon, um juiz bloqueou o envio de tropas a Portland. Trump tem retratado as grandes cidades como "zonas de guerra" e ameaçou acionar a Lei da Insurreição, que autoriza o uso de militares da ativa em Estados que desafiam ordens federais.

Em Chicago, a presença de agentes armados da Patrulha de Fronteira e prisões em áreas latinas aumentaram o temor entre moradores. Johnson assinou uma ordem proibindo o uso de propriedades municipais em operações migratórias.

Apesar do discurso do governo, dados policiais mostram queda da criminalidade: os homicídios recuaram 31% em Chicago e 51% em Portland. Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas a dez cidades americanas, incluindo Los Angeles e Washington. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press