'Ditadura judicial', diz vice-secretário de Estado dos EUA sobre prisão domiciliar de Bolsonaro

Política
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O diplomata Christopher Landau, vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, criticou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada nesta segunda-feira, 4, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Os impulsos orwellianos desenfreados do ministro (Alexandre de Moraes) estão arrastando sua Corte e seu País para o território desconhecido de uma ditadura judicial", disse Landau.

O termo refere-se a ideias, situações ou sistemas políticos autoritários e opressivos, especialmente relacionados ao controle extremo do Estado sobre a vida das pessoas, à vigilância constante, manipulação da verdade e repressão da liberdade individual. A palavra deriva do nome do escritor britânico George Orwell, autor de obras como 1984 e A Revolução dos Bichos, que criticam regimes totalitários.

Landau é o vice-secretário do Departamento de Estado americano, órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil. O departamento divulgou uma nota na noite desta segunda repudiando a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

Segundo o órgão, chefiado pelo secretário Marco Rubio, Moraes é um "violador de direitos humanos" que está restringindo o direito de defesa do ex-presidente brasileiro, réu por tentativa de golpe de Estado.

Moraes foi sancionado pelo governo de Donald Trump no último dia 30. O magistrado brasileiro foi alvo das sanções da Lei Magnitsky, norma que restringe direitos de violadores graves dos direitos humanos, como condenados por tortura, tráfico humano e assassinatos em série. Além da Lei Magnitsky contra Moraes, outros sete ministros do STF estão com vistos americanos suspensos.

Bolsonaro teve a prisão domiciliar decretada pelo descumprimento reiterado de medidas cautelares. Desde 18 de julho, o ex-presidente é alvo de cinco medidas restritivas. Ao decretá-las, Moraes considerou que Bolsonaro tentou coagir o curso do processo em que é réu criando "entraves econômicos" no relacionamento entre Brasil e Estados Unidos. Desde julho, o governo Trump tem investido contra o que chama de "caça às bruxas" contra Jair Bolsonaro.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a crise do fentanil "nunca se encerrará" na fronteira com o Canadá, mas mencionou que os canadenses têm feito um bom trabalho no tema, ao realizar comentários para jornalistas ao lado do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, nesta terça-feira. O fluxo de fentanil foi um dos motivos justificados pelo republicano para impor tarifas contra o país vizinho.

Trump defendeu que, apesar de negociações e conversas, as tarifas entre os EUA e o Canadá serão mantidas, e pontuou que os dois países estão trabalhando juntos no sistema de proteção aérea "domo de ouro". Segundo ele, é possível renegociar acordo do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) ou fazer "negociações diferentes".

"Acredito que Carney sairá daqui muito feliz; há muitas coisas nas quais estamos trabalhando", afirmou Trump, ao mencionar que os EUA tratarão o Canadá "de maneira justa, assim como todos os outros países". "Os canadenses vão nos amar de novo; muitos deles ainda nos amam", acrescentou.

Dentre os comentários, o republicano também informou que irá se encontrar com o presidente da China, Xi Jinping, na Coreia do Sul "em algumas semanas".

Mais de 200 alpinistas ainda estão presos no Monte Everest nesta terça-feira, 7, após uma nevasca atingir a região no último sábado, 4. Eles caminham com a ajuda de guias até um ponto de encontro, onde receberão o atendimento necessário, de acordo com a emissora estatal CCTV. O grupo passou a noite de segunda-feira, 6, em tendas a uma altitude de mais de 4,9 mil metros.

Outras 350 pessoas que também ficaram presas no sábado já conseguiram sair. O alpinista Eric Wen estava nesse grupo e disse ao jornal South China Morning Post que nunca tinha passado por algo tão difícil antes.

"A cada 10 minutos, nós tínhamos que limpar a neve da barraca, porque, se não, o peso da neve pesada iria destruí-la", afirmou. Ele também disse que as pessoas tiveram que ficar próximas para se aquecerem no frio congelante.

Outro alpinista, identificado pelo jornal Xiaoxiang Morning Herald apenas como Dong, afirmou que a neve começou a cair na tarde de sábado e que a situação piorou durante a madrugada de domingo, 5. "Nunca vi uma tempestade com tanta neve e relâmpago", disse.

O Everest tem 8,9 mil metros de altura e fica entre a China e o Nepal. A região estava movimentada no final de semana devido ao feriado de oito dias do Dia Nacional da China. Com informações da Associated Press.

O governo de Donald Trump enfrenta novas ações judiciais após autorizar o envio de tropas da Guarda Nacional a Chicago e Portland, contrariando as autoridades locais. Illinois e a cidade de Chicago processaram o presidente dos EUA nesta segunda-feira, 6, afirmando que a medida é "ilegal e perigosa". O governador JB Pritzker acusou Trump de "usar nossos militares como peças políticas" em uma tentativa de "militarizar as cidades do país".

O caso segue movimentos semelhantes na Califórnia e em Oregon, onde uma juíza federal suspendeu no fim de semana o envio de tropas ordenado por Trump. A governadora Tina Kotek chamou a decisão de "violação da soberania estadual". A Casa Branca, por sua vez, justificou as mobilizações citando "distúrbios violentos e anarquia" que governos locais não teriam conseguido conter.

Em Chicago, cresce o temor de uso excessivo da força e de perfil racial em operações migratórias. Agentes federais atiraram no sábado contra uma mulher armada após serem cercados por veículos - episódio que reacendeu críticas à repressão em bairros latinos.

Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas federais a dez cidades. Em 2023, o assessor Stephen Miller havia defendido empregar a Guarda Nacional em estados democratas que resistissem às políticas de deportação em massa. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.