Manifesto que reúne Marcelo Rubens Paiva e Serafim Jardim pressiona por abertura do caso JK

Política
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Um grupo de 75 pessoas ligadas à defesa dos direitos humanos assina um manifesto enviado nesta quinta-feira, 27, para pedir ao governo federal a reabertura das investigações sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Entre elas estão o escritor Marcelo Rubens Paiva e Serafim Jardim, amigo pessoal de JK e fundador do museu Casa do Juscelino, em Diamantina (MG).

 

A peça foi enviada para a Presidência da República, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (Cemdp), ligada à pasta. Fazem parte dos signatários juristas, historiadores, ex-integrantes de comissões da verdade estaduais e municipais, familiares de vítimas da ditadura.

 

O pedido é fundamentado em indícios que questionam o caráter acidental da colisão automobilística que vitimou Juscelino e seu motorista, Geraldo Ribeiro. "Pairam incertezas fundamentadas acerca dos acontecimentos que levaram à morte de JK. A sociedade brasileira não pode continuar convivendo com dúvidas sobre a causa da morte violenta de um ex-presidente da República, político popular cassado arbitrariamente pela ditadura", diz o documento.

 

A iniciativa foi encabeçada por Gilberto Natalini, que presidiu a Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog entre 2013 e 2014; Adriano Diogo, que foi presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo pelo mesmo período; e Robson Sávio Reis Souza, coordenador da Comissão da Verdade em Minas Gerais entre 2016 e 2018.

 

Em fevereiro, a Cemdp realizou uma reunião ordinária em que decidiu que iria dialogar com os familiares das vítimas sobre a possível reabertura. De acordo com comunicado, o pedido para reanálise do caso foi protocolado por solicitação encaminhada por Natalini e pelo jornalista Ivo Patarra, que também assina o manifesto enviado na quinta-feira. Foi o terceiro encontro desde a reinstalação da Cemdp, descontinuada no governo de Jair Bolsonaro (PL).

 

De acordo com Maria Cecília Adão, uma das relatoras do pedido na comissão, a expectativa é de apresentar em uma próxima reunião ordinária um cronograma de trabalho. O plano deve conter prazos para a análise da extensa documentação sobre o caso e para consulta a especialistas.

 

Trata-se no momento de analisar o que embasou o pedido de reabertura para que, posteriormente, decida-se ou não pela reabertura. O próximo compromisso da equipe está previsto para ocorrer em 16 de maio em Porto Alegre (RS). A data ainda será confirmada.

 

Relatório produzido pela Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, de São Paulo, em 2014, reúne indícios de que a morte do ex-presidente e seu motorista, Geraldo Ribeiro, não teria sido acidental. Ele embasou um inquérito civil do Ministério Público Federal (MPF) de 2021.

 

A apuração do MPF rejeitou a hipótese de que uma colisão entre um ônibus e o Opala, onde estava JK, teria causado o acidente, mas atestou que é "impossível afirmar ou descartar" a hipótese de um atentado político que explicaria a perda do controle do automóvel.

 

As causas do acidente são consideradas controversas e a maioria das investigações busca apontar o motivo pelo qual Geraldo teria perdido o controle do carro. Os dois morreram depois que o veículo, que trafegava pela via Dutra, atravessou o canteiro central, invadiu a pista oposta da rodovia e colidiu com um caminhão carregado com 30 toneladas de gesso.

 

Segundo Natalini, reexaminar as circunstâncias da morte de Juscelino é importante para a história do País. "A história do JK mexe com muita gente, de direita e de esquerda. Ele tinha admiradores em todos os lados, era um democrata", diz.

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A Rússia e a Ucrânia trocaram ataques aéreos na madrugada deste sábado, resultando em duas mortes em cada país e feridos em ambos os lados, segundo autoridades locais.

De acordo o Ministério da Defesa russo, foram atingidas instalações militares ucranianas que "fabricam componentes para armas de mísseis, além de produzir munições e explosivos".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, via redes sociais, que "não pode haver absolutamente nenhum silêncio em resposta a tais ataques, e drones de longo alcance ucranianos garantem isso".

"Empresas militares russas, logística russa, aeroportos russos devem sentir que a guerra russa tem consequências reais para eles", escreveu Zelensky.

Drones da Ucrânia também alvejaram Moscou, mas foram abatidos, de acordo com o prefeito Sergei Sobyanin.

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou neste sábado, 26, um corte nas alíquotas de exportação para uma série de produtos, com destaque para grãos e carnes. "Será permanente e não haverá retrocessos enquanto eu estiver no governo", afirmou Milei, durante inauguração da feira Expo Rural.

No caso do farelo e óleo de soja, as tarifas passarão a ser de 24,5% (eram 31%). Já para o milho, a alíquota passa de 12% para 9,5%. A carne bovina passará a ter taxa de 5% ante 6,5% e, para a soja em grão, sai dos atuais 33% para 26%.

Milei afirmou que "a redução, além de beneficiar o campo, potencializará toda a economia do interior do país de forma mais direta ou indireta, fornecendo serviços aos produtores agrários".

Segundo o presidente argentino, "desde veterinários e laboratórios, ou engenheiros e desenvolvedores de sementes, até frentistas de postos de gasolina, borracheiros e comerciantes, todos se beneficiam com a rentabilidade do setor privado permanecendo no setor privado".

Nicolás Pino, presidente da Sociedade Rural Argentina, e que também esteve no evento, pediu que Milei continue reduzindo a carga tributária sobre os produtos que seguem para a exportação. "Elas (as tarifas) são piores do que a praga, as enchentes ou a seca", afirmou Pino.

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse em seu perfil do Truth Social, neste sábado, 26, que o primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, e o primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, concordaram em buscar um cessar-fogo e paz "imediatos".

Segundo a série de três posts, Trump intermediou a discussão entre ambos. Na primeira publicação, o republicano mencionou que teria dito aos líderes que, como "coincidentemente" há uma tratativa em curso, não fecharia acordos com nenhum dos dois países se eles estivessem em conflito.

"Estou tentando simplificar uma situação complexa! Muitas pessoas estão sendo mortas nesta guerra, mas isso me lembra muito o conflito entre o Paquistão e a Índia, que foi interrompido com sucesso", apontou.

Na terceira publicação, o presidente dos EUA mencionou que Sen e Wechayachai também estariam interessados em voltar à mesa de negociações com os Estados Unidos. "Eles concordaram em se reunir imediatamente e trabalhar rapidamente para estabelecer um cessar-fogo e, finalmente, a PAZ!", ressaltou Trump.

"Foi uma honra lidar com ambos os países. Eles têm uma longa e rica história e cultura. Esperamos que eles se entendam por muitos anos. Quando tudo estiver resolvido e a paz for alcançada, estou ansioso para concluir nossos acordos comerciais com ambos!", escreveu.

As tensões entre os dois países começaram em maio, após a morte de um soldado cambojano em um confronto na fronteira. A disputa escalou na quarta-feira passada, quando um soldado tailandês perdeu a perna na explosão de uma mina terrestre. A Tailândia expulsou o embaixador do Camboja e retirou o seu embaixador do país vizinho.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast