Padilha toma posse como novo ministro da Saúde e com foco em fortalecer programas para 2026

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou nesta segunda-feira, 10, o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que foi realocado da Secretaria das Relações Institucionais. A mudança faz parte da reforma ministerial que o chefe do Executivo realiza com foco em frear sua queda de popularidade e preparar a gestão para a reeleição petista em 2026.

A cerimônia de posse, realizada no salão nobre do Palácio do Planalto, contou com a participação de diversos ministros, deputados e senadores, além de outros convidados. O local, reservado para eventos com mais pessoas, ficou lotado.

Padilha voltará a comandar a pasta que chefiou entre 2011 e 2014, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Lula aposta que o traquejo político de Padilha sirva para alavancar os programas da área e melhorar a avaliação da gestão petista. Um de seus principais focos durante à frente da Saúde será fortalecer o Programa Mais Acesso a Especialistas. Ele substitui Nísia Trindade, que comandava a Saúde desde 2023.

Desde o início de seu terceiro mandato, o Ministério da Saúde era visto como uma das principais apostas de Lula para alavancar o governo com programas emblemáticos, como o Farmácia Popular, especialmente fazendo frente à gestão de Jair Bolsonaro, que ficou marcada pelas centenas de milhares de pessoas mortas durante a pandemia da covid-19. Porém, a gestão Nísia foi alvo de diversos ataques, tanto de partidos do Centrão, que tinham interesse em assumir a pasta, quanto de próprios integrantes do governo, que avaliavam sua gestão como abaixo do esperado. A ministra era da cota pessoal de Lula, que a defendeu em diversas ocasiões. Em 25 de fevereiro, no entanto, o presidente anunciou sua demissão.

Assim como Nísia, Padilha também foi alvo de críticas durante a chefia da articulação política e já recebeu ataques do então presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que chamou o ministro de "desafeto pessoal".

A oficialização das trocas nesta segunda-feira busca mudar o perfil das pastas. Com Padilha na Saúde, Lula aposta em um tom político no ministério que impulsione os programas do governo. A avaliação em Brasília era de que faltava traquejo político para a Nísia administrar os interesses de congressistas sobre a pasta - experiência que Padilha acumula por já ter sido ministro da Saúde e das Relações Institucionais. O Ministério da Saúde é a pasta que mais executa emendas parlamentares, o que faz a estrutura ser desejada pelos principais partidos do Congresso.

Desde que foi anunciado como novo chefe do ministério, Padilha divulga diariamente seu trabalho na transição para a Saúde. Na semana passada, por exemplo, publicou no Instagram: "Estamos preparando tudo para iniciar essa missão à frente do Ministério, em busca do nosso objetivo de reduzir o tempo de espera para atendimento à saúde".

Formado em Medicina e doutor em Saúde Coletiva, Alexandre Padilha, de 53 anos, é deputado federal licenciado. Desde janeiro de 2023, chefiava a Secretaria de Relações Institucionais, pasta com status de ministério cuja atribuição é a articulação política entre Congresso e Palácio do Planalto.

Antes de chefiar o ministério da Saúde no primeiro governo de Dilma, Padilha havia sido diretor interino da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em 2004, e titular da Secretaria de Relações Institucionais entre 2009 e 2010. Após a gestão Dilma, foi secretário municipal de Saúde da cidade de São Paulo, de 2015 a 2016.

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O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

Esta madrugada, as forças israelenses feriram outras 120 quando dispararam contra multidões que tentavam obter comida de um comboio da ONU que entrava, disse o Mohamed Abu Selmiyah, diretor do hospital Shifa. "Estamos esperando que os números aumentem nas próximas horas", disse.

Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.

O Reino Unido está se preparando para realizar entregas aéreas de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e evacuar "crianças que necessitam de assistência médica", informou Downing Street neste sábado, 26.

O anúncio foi feito após uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

"O primeiro-ministro explicou como o Reino Unido também implementará planos para colaborar com parceiros como a Jordânia para lançar ajuda aérea e evacuar crianças que necessitem de assistência médica", indicou um comunicado de Downing Street.

Na véspera, Paris, Berlim e Londres pediram ao governo israelense que "levante imediatamente as restrições ao envio de ajuda".

Israel enfrenta crescente pressão internacional devido à grave situação humanitária no território palestino.

No final de maio, o governo israelense suspendeu parcialmente o bloqueio total imposto em Gaza no início de março. Os mais de dois milhões de moradores enfrentam grandes dificuldades para acessar alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos, a agência da ONU responsável pela ajuda alimentar, aproximadamente um terço dos habitantes da Faixa passa dias sem comer.

Um funcionário israelense declarou na sexta-feira à agência AFP que as entregas aéreas de ajuda humanitária seriam retomadas rapidamente em Gaza, um território devastado por mais de 21 meses de guerra e ameaçado pela fome.

Essas entregas devem ser realizadas "sob coordenação dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia", declarou sob condição de anonimato.

A Rússia e a Ucrânia trocaram ataques aéreos na madrugada deste sábado, resultando em duas mortes em cada país e feridos em ambos os lados, segundo autoridades locais.

De acordo o Ministério da Defesa russo, foram atingidas instalações militares ucranianas que "fabricam componentes para armas de mísseis, além de produzir munições e explosivos".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, via redes sociais, que "não pode haver absolutamente nenhum silêncio em resposta a tais ataques, e drones de longo alcance ucranianos garantem isso".

"Empresas militares russas, logística russa, aeroportos russos devem sentir que a guerra russa tem consequências reais para eles", escreveu Zelensky.

Drones da Ucrânia também alvejaram Moscou, mas foram abatidos, de acordo com o prefeito Sergei Sobyanin.