Reprovação de Lula dispara na Bahia e em Pernambuco, e ultrapassa 60% em 6 Estados

Política
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A desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva cresceu acima dos dois dígitos desde dezembro em Pernambuco e Bahia, Estados que historicamente são base eleitoral do petista. Segundo pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta, 26, a taxa de reprovação do petista ultrapassa 60% nos outros seis Estados onde foram realizadas entrevistas: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

 

Lula era desaprovado por 33% dos eleitores baianos em dezembro passado. O índice cresceu 18 pontos porcentuais desde então e chegou a 51%. A aprovação caiu de 66% para 47% no mesmo período. Outros 2% não souberam ou não responderam. Movimento similar ocorreu em Pernambuco. A desaprovação do presidente cresceu 17 pontos porcentuais, saindo de 33% para 50%, enquanto a aprovação caiu de 65% para 49% -1% não soube ou não respondeu.

 

O levantamento foi realizado entre os dias 19 e 23 de fevereiro. Os oito Estados onde foram feitas as entrevistas correspondem a 62% do eleitorado brasileiro. Foram ouvidas 1.644 pessoas em São Paulo, onde a margem de erro é de dois pontos porcentuais; nas demais unidades da Federação, a margem é de três pontos.

 

Goiás, Paraná e Pernambuco tiveram 1.104 entrevistados cada, enquanto a Bahia teve 1.200 entrevistas. No Rio de Janeiro foram 1.400; no Rio Grande do Sul, 1.404; e em Minas Gerais, 1.482. O nível de confiança é de 95%.

 

Lula é desaprovado pela maioria da população dos Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste onde houve a pesquisa. A maior taxa negativa foi registrada em Goiás (70%), seguido de São Paulo (69%), Paraná (68%), Rio Grande do Sul (66%), Rio de Janeiro (64%) e Minas Gerais (63%).

 

Nesses Estados, a maior aprovação do petista foi no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, ambos com 35%. O índice foi de 33% entre os gaúchos e de 30% entre os paranaenses.

 

Sobre 2026

 

A pesquisa trata ainda do cenário eleitoral para 2026. Segundo a Quaest, Lula seria derrotado por adversários da direita em pelo menos cinco dos oito Estados onde o levantamento foi realizado. O presidente perderia no segundo turno para nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - que está inelegível - e o cantor Gusttavo Lima em São Paulo, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

 

Ao mesmo tempo, Lula ganharia dos oponentes no Rio de Janeiro, na Bahia e em Pernambuco. O recorte leva em consideração, em alguns locais, a vantagem numérica dos adversários sobre o atual presidente. Quando considerada a margem de erro, pode haver empate técnico.

 

O melhor desempenho entre os candidatos aptos a concorrer foi o de Tarcísio. Ele ganharia de Lula por 54% a 30% em São Paulo, por 46% a 29% em Goiás e por 46% a 30% no Paraná. O governador aparece numericamente na liderança, mas empatado tecnicamente com o presidente dentro da margem de erro em Minas Gerais (40% a 37%) e no Rio Grande do Sul (41% a 36%).

 

Por outro lado, Lula ganharia de Tarcísio na Bahia (59% a 25%), em Pernambuco (58% a 26%) e no Rio de Janeiro, onde a vantagem é numérica e há empate técnico, por 39% a 35%.

 

'Provável'

 

Tarcísio tem negado que será candidato a presidente na eleição de 2026 e afirmado que seu objetivo é tentar se reeleger em São Paulo. Apesar disso, como mostrou o Estadão, aliados enxergam que a candidatura presidencial do chefe do Executivo paulista é cada vez mais provável por três motivos: a inelegibilidade de Bolsonaro, também denunciado pela tentativa de golpe; o bom desempenho do governador nas pesquisas; e a piora na aprovação de Lula.

 

Embora esteja inelegível por determinação da Justiça Eleitoral, a Quaest testou um embate entre Bolsonaro e Lula. O ex-presidente ganharia em São Paulo (45% a 36%), no Paraná (51% a 30%) e em Goiás (50% a 30%). A vantagem de Bolsonaro está dentro da margem de erro no Rio Grande do Sul, onde teria 44% ante 38% do petista, e em Minas Gerais, local em que o placar é de 42% a 40%. No Rio de Janeiro há empate também numérico: cada um tem 41%.

 

Cenários

 

Lula lidera sobre Bolsonaro apenas na Bahia (59% a 26%) e em Pernambuco (57% a 31%). O cenário é similar quando o adversário é Gusttavo Lima: o petista ganharia nesses dois Estados por 57% a 26% e por 57% a 28%, além do Rio de Janeiro (41% a 30%).

 

O cantor sertanejo tem vantagem numérica sobre o atual presidente da República em São Paulo (39% a 35%), em Minas Gerais (43% a 37%) e no Rio Grande do Sul (41% a 36%). Gusttavo Lima, porém, ganha de Lula fora da margem de erro no Paraná (47% a 28%), em Goiás (55% a 25%) e no Paraná (47% a 28%).

 

Outro inelegível, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) aparece com vantagem sobre Lula nos mesmos cinco Estados: São Paulo (41% a 34%), Minas Gerais (40% a 38%), Paraná (44% a 30%), Rio Grande do Sul (41% a 37%) e em Goiás (46% a 28%). O presidente venceria Marçal nos outros três: 42% a 33% no Rio de Janeiro, 60% a 24% na Bahia e 59% a 26% em Pernambuco.

 

Na semana passada, a Justiça Eleitoral de São Paulo condenou Marçal por abuso de poder político e econômico durante a campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2024. A decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1.ª Zona Eleitoral, declarou o influenciador inelegível por oito anos. Ele nega as acusações e pode recorrer da decisão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.