Tarcísio lidera em SP, mas pode enfrentar Alckmin no 2º turno, aponta Paraná Pesquisas

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece à frente em três cenários testados pelo instituto Paraná Pesquisas para as eleições estaduais de 2026, conforme levantamento divulgado nesta terça-feira, 25. No entanto, a pesquisa indica que ele poderia enfrentar um segundo turno em disputas contra o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o empresário Pablo Marçal (PRTB), recentemente condenado pela Justiça Eleitoral de São Paulo e inelegível. Cabe recurso da decisão.

A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23 de fevereiro de 2025, ouvindo 1.650 eleitores em 86 municípios paulistas. A margem de erro é de 2,5 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

No primeiro cenário estipulado, Tarcísio aparece com 37,8% das intenções de voto, seguido por Alckmin, que registra 24,7%. Pablo Marçal soma 16,2%, enquanto o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), tem 4,8%, e o ex-prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), 3%. Nesse contexto, Alckmin impediria uma vitória do atual governador no primeiro turno caso considerados apenas os votos válidos.

Quando a disputa ocorre sem Alckmin, Tarcísio amplia sua vantagem. No segundo cenário, ele aparece com 40,3%, seguido por Marçal, com 17,6%, e Márcio França (PSB), que soma 12,7%. Alexandre Padilha atinge 7,1% e Paulo Serra, 5%. Ainda assim, o levantamento sugere que um segundo turno seria necessário entre Tarcísio e Marçal.

Já no terceiro cenário, sem Alckmin e Marçal, Tarcísio chega a 48,6% das intenções de voto, enquanto França tem 16,6%. Alexandre Padilha aparece com 8,5% e Paulo Serra, com 5,9%. Nesse contexto, o governador venceria no primeiro turno.

Disputa sem Tarcísio

O levantamento também simulou cenários sem a participação de Tarcísio de Freitas. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lidera os panoramas em que é incluído como opção de voto.

Em um dos cenários testados, Nunes aparece com 27% das intenções de voto, seguido por Marçal, com 25,6%, em empate técnico. Márcio França soma 17%, Padilha tem 6,3% e Paulo Serra, 5,1%.

Em cenários sem Tarcísio nem Nunes, Márcio França e a ex-ministra e ex-prefeita Marta Suplicy (PT) figuram em empate técnico. Em um dos cenários testados, França tem 18,8%, Marta, 18,3%. Eles são seguidos pelo ex-governador Rodrigo Garcia (sem partido), com 12,3%, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), com 9,5% e pelo secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), com 4,7%.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a União Europeia (UE) pagará tarifa de 35% se "não cumprir suas obrigações", em entrevista para a CNBC nesta terça-feira, 5. Na ocasião, Trump também disse que anunciará tarifas sobre semicondutores e farmacêuticas na próxima semana.

"A Suíça faz uma fortuna com produtos farmacêuticos. Inicialmente, aplicaremos uma tarifa pequena sobre produtos farmacêuticos", mencionou o presidente dos EUA.

Trump celebrou acordos com outros países, como Japão, Indonésia e Coreia do Sul, que abriram seus mercados para os EUA, mas voltou a dizer que a Índia "não é uma boa parceira comercial". "Vou aumentar a tarifa para eles Índia substancialmente por conta do petróleo da Rússia", disse.

O republicano menosprezou possíveis aumentos de preços do petróleo e afirmou "não estar preocupado" com a situação. "Se os preços de energia baixarem o suficiente, Vladimir Putin deixará de matar e isso seria bacana", disse.

Em relação à China, Trump afirmou que o presidente chinês, Xi Jinping, com quem ele disse ter uma relação positiva e de respeito, procurar marcar uma reunião com os norte-americanos: "Posso encontrá-lo até o fim do ano, se houver um acordo."

Segundo ele, um acordo entre EUA e China está próximo.

Ainda nas entrevista, Trump disse que "provavelmente" não se candidatará novamente à presidência dos EUA.

Os democratas do Texas impediram nesta segunda-feira, 4, que a Câmara do Estado avançasse neste momento com um novo mapa eleitoral buscado pelo presidente Donald Trump para mudar a composição do Congresso. A proposta de Trump poderia dar ao Partido Republicano, hoje com maioria pequena no Congresso, mais cinco cadeiras e melhoraria as perspectivas do partido nas eleições de meio de mandato em 2026.

Depois que dezenas de democratas deixaram o Estado, a Câmara, dominada pelos republicanos, não conseguiu estabelecer o quórum de legisladores necessário para a realização dos trabalhos. O governador do Texas, Greg Abbott, do mesmo partido, ameaçou remover alguns membros da oposição de suas cadeiras, alegando que eles podem ter cometido crimes. Os democratas argumentaram que Abbott não tem autoridade legal para isso.

Os democratas descreveram sua estratégia como um esforço de última hora para impedir que os republicanos aprovem uma rara reconfiguração do mapa congressional sob a orientação de Trump.

Eles se comprometeram a ficar afastados por duas semanas, quando se espera o término da sessão extraordinária de 30 dias. Os republicanos estão em vantagem porque Abbott poderia convocar mais sessões extraordinárias, e os democratas não disseram se têm os meios para deixar o Estado repetidamente por meses.

"Esta não é uma decisão que tomamos levianamente, mas é uma que tomamos com absoluta clareza moral", disse Gene Wu, presidente da bancada democrata, em um comunicado. A ação pode expor os democratas a multas e outras penalidades.

A Câmara emitiu mandados de prisão civil com a intenção de obrigar o retorno de membros ausentes, mas não ficou imediatamente claro se eles podem ou serão aplicados além das fronteiras do Texas.

Para conduzir votações oficiais, pelo menos 100 dos 150 membros da Câmara do Texas devem estar presentes. Os democratas ocupam 62 das cadeiras. Pelo menos 51 membros democratas deixaram o Estado, disse Josh Rush Nisenson, porta-voz da bancada.

"A apatia é cumplicidade, e não seremos cúmplices no silenciamento de comunidades trabalhadoras que passaram décadas lutando pelo poder que Trump quer roubar", disse Nisenson.

A ação marca a segunda vez em quatro anos que os democratas deixam o Texas para bloquear uma votação. Em 2021, ocorreu um impasse de 38 dias quando os democratas foram para Washington em oposição a novas restrições ao processo de votação.

Trump está tentando evitar uma repetição de seu primeiro mandato, quando os democratas conquistaram a Câmara apenas dois anos após o início de sua presidência, e espera que o novo mapa eleitoral do Texas ajude nesse esforço. /AP e WP

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu decidiu ocupar inteiramente a Faixa de Gaza, informou nesta segunda-feira, 4, o Canal 12, um dos principais de Israel, com base em fontes do governo do país.

Segundo o Canal, o premiê deve anunciar a decisão na terça-feira, 5. Atualmente, o Exército de Israel ocupa cerca de 75% do território palestino.

Se confirmada, a decisão ocorre em meio ao agravamento da crise política em Israel e da pressão sobre Netanyahu pelo fim da guerra com o grupo terrorista Hamas.

Mais cedo, o governo votou unanimemente pela demissão da procuradora-geral Gali Baharav-Miara, ampliando um impasse com o Judiciário que, segundo críticos, ameaça as instituições democráticas de Israel.

A votação ocorre em meio aos protestos por um cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas, que se intensificaram nos últimos dias, após a divulgação de vídeos onde dois reféns israelenses, Rom Braslavski e Evyatar David, aparecem visivelmente desnutridos e debilitados.

A demissão da procuradora foi suspensa pela Suprema Corte, enquanto é feita a análise da sua legalidade. O grupo de vigilância cívica "Movimento por um Governo de Qualidade em Israel" ainda enviou um petição emergencial após a votação, com assinaturas de 15 mil cidadãos que consideram a decisão ilegal.

"O governo alterou os procedimentos de demissão apenas após falhar em removê-la pelas vias legais", denunciaram.

Manifestantes afirmam que a exoneração faz parte de uma ofensiva para enfraquecer o sistema judicial do país e que os constantes impasses também têm caráter pessoal para Netanyahu. O premiê é investigado e está sendo julgado pelos crimes de corrupção, fraude, quebra de confiança e suborno. Para muitos, a situação representa um conflito de interesses.

Essa não é a primeira vez que Netanyahu é acusado de enfraquecer o Judiciário. Em 2023, sua tentativa de reforma judicial gerou meses de protestos em massa e, segundo muitos israelenses, enfraqueceu a resposta do país ao ataque do Hamas em outubro - o estopim do conflito atual.