Pesquisa CNT: 69,3% dizem não ter mudado de opinião sobre Bolsonaro após denúncia da PGR

Política
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Pesquisa CNT divulgada nesta terça-feira, 25, mostrou que quase 70% dos entrevistados não mudou de opinião em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro ao tomar conhecimento sobre a denúncia apresentada na semana passada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente e seus aliados. A PGR acusa Bolsonaro e mais de 30 pessoas de terem tentado dar um golpe de Estado no País.

Para 69,3% dos entrevistados, a acusação feita pela Procuradoria-Geral da República não mudou a percepção sobre Bolsonaro. Já 19,7% disseram que a denúncia piorou muito ou um pouco a visão que tinha sobre o ex-presidente.

Os dados apresentados na pesquisa indicam que o processo contra Bolsonaro e seus auxiliares tem uma alta carga política na avaliação da população. Para 33,2% dos entrevistados, a denúncia da PGR tem motivações políticas. Para 22,5%, a acusação é legítima e baseada em fatos. Outros 31% creem que há uma mistura de elementos políticos e factuais que embasam a denúncia de mais de 200 páginas do Ministério Público contra o ex-presidente.

Por outro lado, há uma maioria considerável de pessoas que acreditam que Bolsonaro é ou o responsável principal ou um dos responsáveis pelos crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República na denúncia. Para 27,6% dos entrevistados, Bolsonaro não é responsável pelos crimes imputados pela PGR. Para 26,9%, ele é o principal responsável. Para 28,9%, o ex-presidente é um dos responsáveis.

O porcentual de pessoas que acreditam que o ex-presidente é o principal responsável pela suposta tentativa de golpe e o porcentual dos que creem que o ex-presidente não é responsável se assemelham à divisão da sociedade de aproximadamente 30% dos eleitores do lado da esquerda e cerca de 30% do lado da direita. Há um "meio termo", no entanto, de pessoas que acreditam que ele é um dos responsáveis e que, nesse caso, forma maioria da opinião contra o ex-presidente.

A Pesquisa CNT também questionou os entrevistados sobre uma possível mudança na Lei da Ficha Limpa, que poderia beneficiar Jair Bolsonaro e torná-lo elegível para a disputa eleitoral de 2026. O ex-presidente vem defendendo abertamente a derrubada da Lei da Ficha Limpa com o argumento de que o dispositivo vem sendo usado pela Justiça Eleitoral brasileira para perseguir a direita.

Os dados, no entanto, mostram uma maioria significativa contra mudanças na lei, com 63,4% dos entrevistados a favor da manutenção da legislação que impede que condenados sejam candidatos. Apenas 18,3% afirmaram ser favoráveis à derrubada da Lei da Ficha Limpa, aprovada em 2010, no fim do segundo mandato de Lula. Outros 9,8% dos entrevistados defenderam uma flexibilização da lei.

A pesquisa mostrou, por um outro lado, que uma parcela considerável da população não se informou sobre a denúncia da PGR contra Bolsonaro, apesar da ampla divulgação na imprensa tradicional. Questionados pelos entrevistadores, 31,7% das pessoas disseram não ter ouvido falar da acusação da PGR contra o ex-presidente.

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