Hugo Motta ameaça punir deputados após gritaria por denúncia contra Bolsonaro

Política
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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) deu uma bronca nos deputados nesta sexta-feira, 19. Parlamentares da oposição e da base ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travaram, pelo segundo dia, uma batalha de gritos por causa da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Motta teve que ser chamado para colocar ordem na Casa.

Como resposta à briga dos deputados, Hugo Motta decidiu proibir a entrada de parlamentares com faixas no plenário e ainda ameaçou entrar com processos no Conselho de Ética contra qualquer deputado que ofender colega e atrapalhar a discussão das matérias.

"Se o parlamentar aqui desrespeitar o colega, a própria Presidência vai acioná-lo no Conselho de Ética e vai fazer cumprir todas as medidas restritivas da Casa. [...] Nós vamos solicitar à Secretaria-Geral da Mesa para proibir também a entrada de cartazes e manifestações no plenário porque isso, de certa forma, deixa todos os parlamentares no mesmo nível", afirmou Motta.

A confusão desta quarta-feira, 19, começou quando o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) subiu à tribuna junto aos parlamentares de oposição e fez ataques aos parlamentares da base governista e à denúncia da PGR contra Bolsonaro.

Em resposta, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), foi para o microfone ao lado de aliados de Lula para defender a prisão de Bolsonaro. O discurso, que deveria ter 10 minutos, levou mais de 20 minutos e não foi concluído porque a oposição o interrompeu com gritos variados como: "mensaleiro", "petroleiro" "Triplex", "Atibaia", "o ovo está caro" e "Lindo, ladrão. Mensaleiro na prisão".

Em resposta, os deputados que apoiam o governo Lula revidaram os gritos entoando as frases: "sem anistia" e "uh, vai ser preso", em referência ao projeto judicial contra Bolsonaro. Durante a gritaria, deputados que não estavam participando do embate ou mostravam insatisfação com o que viram, como Laura Carneiro (PSD-RJ), ou riam da situação, como Tiririca (PL-SP).

Hugo Motta estava recebendo parlamentares no gabinete dele e decidiu deixar a terceira-secretária da Câmara, Delegada Katarina (PSD-SE), conduzindo as pautas do dia. Após a oposição interromper o discurso de Lindbergh diversas vezes, ela decidiu suspender a sessão por sete minutos.

O presidente da Câmara precisou ser chamado para conter os ânimos. Katarina não voltou à direção dos trabalhos, e Motta continuou os trabalhos do Legislativo com mão de ferro. Não houve mais atritos entre os dois lados a partir de então.

"Eu quero dizer a Vossas Excelências que se estão confundindo esse presidente como uma pessoa paciente e serena com um presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem. Ou esse plenário se dignifica de estar aqui representando o povo brasileiro, ou nós não merecemos estar aqui. Aqui não é o jardim da infância, ou muito menos um lugar para a espetacularização que denigre a imagem desta Casa. Eu não aceitarei esse tipo de comportamento", afirmou Motta.

Na terça-feira, 18, após a PGR denunciar Bolsonaro, os deputados travaram outra guerra de gritos. Enquanto a base de Lula gritava "sem anistia", a oposição bradava "Lula ladrão, seu lugar é na prisão". A sessão foi interrompida pelo presidente da sessão José Rocha (União-BA), que deu uma reprimenda aos parlamentares e disse que a Câmara viveu um "espetáculo feio e absurdo".

A PGR acusou Bolsonaro de tentativa de golpe, em peça encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral Paulo Gonet concluiu que Bolsonaro liderou articulações para uma ruptura institucional. Além disso, a denúncia atinge outros 33 indiciados em inquéritos da Polícia Federal (PF).

A PGR apontou que Bolsonaro cometeu cinco crimes, sendo eles: dano qualificado com uso de violência e grave ameaça e deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa. Somadas, as penas dos crimes podem chegar a mais de 43 anos de prisão.

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O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou de irregularidades a campanha presidencial de sua oponente, Kamala Harris, do Partido Democrata, na disputa eleitoral do ano passado.

"Estou analisando a grande quantidade de dinheiro devido pelos democratas após a eleição presidencial e o fato de que eles admitem ter pago, provavelmente ilegalmente, US$ 11 milhões à cantora Beyoncé por um ENDOSSO (ela nunca cantou nem uma nota e deixou o palco sob vaias e um público irritado!)", afirmou o republicano em postagem na rede Truth Social.

Segundo ele, US$ 3 milhões foram para a apresentadora Oprah Winfrey e US$ 600 mil ao apresentador de TV Al Sharpton. "Essas taxas ridículas foram declaradas incorretamente nos livros e registros. NÃO É PERMITIDO PAGAR POR UM ENDOSSO. É TOTALMENTE ILEGAL FAZER ISSO. Você pode imaginar o que aconteceria se os políticos começassem a pagar para que as pessoas os endossassem. O caos se instalaria! Kamala, e todos aqueles que receberam dinheiro de endosso, VIOLARAM A LEI. Todos deveriam ser processados", declarou.

Em uma sequência de publicações na rede social, Trump mencionou ainda uma suposta queda na audiência NBC e fez críticas a algumas redes de televisão que, na sua visão, estão ligadas aos democratas. "Sua programação é terrível, sua gestão ainda pior. Eles são um braço do Partido Democrata e deveriam ser responsabilizados por isso. Da mesma forma, a Fake News ABC", escreveu o republicano.

Trump comparou as redes de TV a 'peões políticos' do Partido Democrata, que faz oposição ao seu governo. "Tornou-se tão ultrajante que, na minha opinião, suas licenças poderiam, e deveriam, ser revogadas".*

Ao menos dez pessoas foram esfaqueadas dentro de um Walmart em Traverse City, cidade de 15 mil habitantes no Michigan, nos Estados Unidos, neste sábado, 26. As autoridades policiais prenderam o suspeito.

A Polícia Estadual do Michigan disse que o escritório do xerife local investiga o incidente e os detalhes eram limitados. A instituição pediu que as pessoas evitem a área enquanto a investigação está em andamento.

As vítimas foram levadas para o Centro Médico Munson, o maior hospital da região do norte de Michigan. O estado de saúde delas não foi informado até o momento.

Um porta-voz corporativo da Walmart, Joe Pennington, disse por e-mail que a empresa estava "trabalhando com a polícia e defere perguntas para eles neste momento."

Mensagens em busca de comentários foram deixadas com a polícia e o prefeito. Traverse City fica a cerca de 410 quilômetros a noroeste de Detroit.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

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Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.