Credibilidade das Forças Armadas despenca e 72% não confiam nas instituições militares, diz pesquisa

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A confiança dos brasileiros nas Forças Armadas está em queda desde meados de 2023, e, hoje, sete em cada dez brasileiros dizem não confiar no Exército Brasileiro, na Marinha do Brasil e na Força Aérea Brasileira. Só 24% dizem confiar nas Forças, e 4% disseram não saber se confiam ou não. Os dados são da pesquisa Atlas, elaborada para o canal de TV à cabo CNN Brasil.

 

Para a pesquisa, o instituto Atlas entrevistou 817 pessoas entre os dias 11 e 13 de fevereiro, recrutadas de forma aleatória na internet. A amostra foi depois calibrada para refletir a composição demográfica da população adulta do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança dentro da margem de erro é de 95%.

 

De acordo com a série histórica da pesquisa Atlas, o auge da confiança dos brasileiros nas Forças Armadas em tempos recentes aconteceu em abril de 2023, quando 46% diziam confiar na instituição, e só 37% desconfiavam. Desde aquele momento, a confiança na instituição só fez cair: 36% disseram confiar em julho de 2023, e agora, 24%.

 

"O principal, nessa piora recente, é que, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) houve toda uma polarização da imagem das Forças Armadas. Quem era bolsonarista adorava os militares, e os via de forma positiva; e quem era de esquerda passou a ter um certo desprezo pelos militares. Era uma polarização quase metade-metade (...)", avalia Andrei Roman, CEO da AtlasIntel.

 

"Na medida em que o Exército e os militares ficaram cada vez mais calados, depois que o Lula (PT) assumiu o governo, muitos bolsonaristas passaram a atacar o comando das Forças e de desqualificá-los como traidores, dizer que eles não tiveram coragem de se levantar para defender Bolsonaro (...). Essa imagem mais negativa das Forças está cada vez mais enraizada entre os bolsonaristas, por motivos diferentes dos da esquerda", diz Roman.

 

Desde janeiro de 2023, a imagem das Forças, especialmente do Exército, vêm sofrendo com as investigações sobre a possível tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro e auxiliares seus, como o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto - os dois negam que tenham tentado um golpe. De acordo com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-presidente articulou a realização do golpe de Estado, que só não foi adiante porque não houve a concordância do então comandante do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes.

 

Numa reunião com os comandantes das três Forças, Bolsonaro teria apresentado uma minuta, isto é, um rascunho, de um decreto para a decretação do estado de defesa. Freire Gomes recusou apoio, mas o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, teria aquiescido, segundo a delação de Mauro Cid. Tanto Garnier quanto Bolsonaro negam.

 

Outros episódios menores também podem ter contribuído para arranhar a credibilidade das Forças diante da população. Um exemplo é o vídeo institucional divulgado pela Marinha do Brasil no começo de dezembro, comparando a vida de privações enfrentada pelos militares com a suposta tranquilidade dos civis. "Privilégios? Vem para a Marinha!", dizia um trecho do spot publicitário. Como mostrou o Estadão, o irmão do chefe do departamento responsável pelo vídeo, que também é da Marinha, recebeu em dólares o equivalente a R$ 216,3 mil líquidos, entre salário, verbas indenizatórias e gratificações.

 

Segundo a pesquisa Atlas, a instituição que goza da maior confiança entre os brasileiros no momento é a Polícia Federal (PF), com 53% dizendo confiar no trabalho dela - outros 32% dizem não confiar e 15% dizem não saber. A Polícia Militar vem em seguida com 50% de confiança, seguida do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem a confiança de 49% - outros 4% dizem não saber e 47% dizem não confiar no trabalho do STF.

 

Já as instituições menos confiáveis são o Congresso Nacional, com só 9% dos brasileiros dizendo confiar no Poder Legislativo; e 82% dizendo não confiar. As igrejas evangélicas só tem a confiança de 18% - 73% dizem não confiar nelas. As prefeituras vêm em terceiro lugar, com só 24% dizendo confiar nelas, e 62% dizendo não confiar. Outros 14 disseram não saber.

 

A pesquisa Atlas também questionou os entrevistados sobre o apoio a medidas em discussão no Congresso Nacional. A proposta com o maior apoio é o corte de gastos públicos, que tem o endosso de 54% - só 28% são contra e 17% dizem não saber. O público se divide a respeito da anistia de presos do 8 de janeiro, com 51% a favor e 49% contra. Só 32% são favoráveis a que os deputados federais e senadores mantenham o controle sobre as emendas impositivas; e 83% são contra a redução do prazo de inelegibilidade dos afetados pela Lei da Ficha Limpa.

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*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.