Lula muda perfil de vídeos nas redes e mostra influência de João Campos

Política
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As redes sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão mais parecidas com a do aliado e prefeito de Recife, João Campos (PSB). A mudança no tom, adotando uma linguagem mais jovem, com referências a memes e nativa da rede de vídeos curtos TikTok, vem ocorrendo após a chegada de Mariah Queiroz Costa Silva, ex-integrante da equipe de Campos.

A mudança na chefia da Secretaria de Estratégias e Redes da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) ocorreu no último dia 17, quando o novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, demitiu a antiga chefe e aliada da primeira-dama Rosângela da Silva, Brunna Rosa, do cargo.

Nos últimos dias, as postagens foram de anúncio de contrato de concessão de obra rodoviária em Minas Gerais à exaltação do cinema brasileiro pela indicação de "Ainda Estou Aqui" para concorrer na categoria de Melhor Filme do Oscar.

A nova linguagem inclui um tom mais informal, bate-bola entre Lula e outro personagem, além de efeitos sonoros, cortes rápidos, inserções de elementos visuais e movimentos de câmera dinâmicos. As legendas também mudaram e, agora, são coloridas com fundo preto, dando um tom descontraído à comunicação.

Antes, os vídeos de Lula mantinham características mais formais, com menos recursos visuais e adotavam uma linguagem sobretudo institucional, com trechos de declarações públicas em eventos ou em formato semelhante a entrevistas.

As semelhanças são muitas com o perfil de Campos no Instagram. Há um ano, o prefeito tinha 1,1 milhão de seguidores e era o chefe de Executivo municipal, entre as capitais, mais popular na rede social. Hoje, o prefeito acumula mais que o dobro: são 2,8 milhões de usuários o seguindo somente no Instagram.

Na primeira reunião ministerial do ano, nesta segunda-feira, 20, Sidônio disse que todos os seus colegas, de agora em diante, precisarão adotar uma estratégia ofensiva e pôr de pé uma "central de monitoramento das redes sociais" para dar respostas rápidas a problemas que atingem o governo.

No Planalto, o dano causado à imagem do governo com o caso da norma para maior fiscalização do Pix foi atribuído a um erro de comunicação, como mostrou o Estadão. A revogação da medida ocorreu após forte pressão nas redes sociais, orientadas por um vídeo enganoso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em que afirmava que haveria quebra de sigilo nas transações.

Como mostrou o Estadão, Sidônio pretende fazer de Lula o "motor de conteúdo" do governo. Segundo ele, toda vez que houver alguma medida importante a ser divulgada, quem falará primeiro será o presidente. Depois, os canais oficiais do governo e, só então, os ministros.

Desde o início de 2024, Lula demonstrava insatisfação com os resultados da comunicação e intensificou as reclamações no final do ano. Durante um seminário do PT, em 6 de dezembro, ele reconheceu que houve erros estratégicos e afirmou que mudanças seriam necessárias. Para integrantes do partido, essa declaração foi interpretada como uma "demissão pública" do então ministro Paulo Pimenta.

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O braço das Forças Armadas do Iêmen ligado ao movimento houthi anunciou neste domingo, 27, que promoverá uma escalada nas suas operações militares contra Israel, diante do aumento da crise humanitária em Gaza. Segundo os iemenitas, a nova fase inclui o bombardeio a navios de empresas que negociam com os israelenses.

"As Forças Armadas do Iêmen alertam todas as empresas para que cessem imediatamente qualquer relação com os portos do inimigo israelense a partir do momento em que esta declaração for anunciada. Caso contrário, seus navios, independentemente do destino, serão alvos em qualquer lugar que esteja ao alcance de nossos mísseis e drones", afirmou em comunicado o porta-voz das Forças Armadas iemenitas, Yahya Saree.

De acordo com Saree, o Iêmen tem "uma responsabilidade religiosa, moral e humanitária" para com os palestinos de Gaza, que têm sofrido "massacres horríveis, brutais e sem precedentes na história contemporânea" por parte do regime de Benjamin Nethanyahu.

As operações militares, segundo o porta-voz,"cessarão imediatamente após o fim da agressão contra Gaza e a suspensão do bloqueio" de Israel à região palestina ocupada.

"As Forças Armadas do Iêmen apelam a todos os países: se quiserem evitar essa escalada, pressionem o inimigo para interromper sua agressão e suspender o bloqueio à Faixa de Gaza", afirmou Saree.

* Conteúdo traduzido com auxílio de inteligência artificial, revisado e editado pela redação da Broadcast

A Rússia abriu neste domingo, 27, uma ligação aérea regular entre Moscou (capital russa) e Pyongyang (capital da Coreia do Norte), em um movimento que reflete os laços cada vez mais estreitos entre os dois países. O primeiro voo operado pela companhia aérea russa Nordwind decolou do aeroporto Sheremetyevo, de Moscou, transportando mais de 400 passageiros. O Ministério dos Transportes da Rússia disse que haverá um voo por mês para atender à demanda.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, que visitou o novo resort de praia Wonsan-Kalma, da Coreia do Norte, no início deste mês, para se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un, prometeu incentivar os turistas russos a visitar o complexo.

O resort, que pode acomodar quase 20 mil pessoas, está no centro do impulso de Kim para aumentar o turismo a fim de melhorar a economia de seu país. A Coreia do Norte vem aliviando lentamente as restrições impostas durante a pandemia e reabrindo suas fronteiras em fases. Mas o país não disse se retomaria totalmente o turismo internacional.

Voos regulares entre a cidade portuária oriental da Rússia de Vladivostok e Pyongyang foram reabertos em 2023 após uma pausa causada pela pandemia de coronavírus. A Rússia e a Coreia do Norte expandiram significativamente os laços militares e outros nos últimos anos, com Pyongyang fornecendo armas e tropas para apoiar a ação militar da Rússia na Ucrânia.

* Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial

Rebeldes apoiados pelo Estado Islâmico atacaram uma igreja católica no leste da República do Congo neste domingo, 27, matando pelo menos 34 pessoas, de acordo com um líder da sociedade civil local. Dieudonne Duranthabo, um coordenador da sociedade civil em Komanda, na província de Ituri, disse à Associated Press que os agressores invadiram a igreja na cidade de Komanda por volta da 1h da manhã. Várias casas e lojas também foram queimadas.

"Os corpos das vítimas ainda estão no local da tragédia, e voluntários estão se preparando para enterrá-los em uma vala comum em um complexo da igreja católica", disse Duranthabo. Imagens de vídeo do local compartilhadas online pareciam mostrar estruturas em chamas e corpos no chão da igreja. Aqueles que conseguiram identificar algumas das vítimas choravam, enquanto outros ficaram em choque.

Pelo menos outras cinco pessoas foram mortas em um ataque anterior na vila vizinha de Machongani. "Eles levaram várias pessoas para o mato; nós não sabemos o seu destino ou o seu número", disse Lossa Dhekana, um líder da sociedade civil em Ituri, à AP.

Acredita-se que ambos os ataques tenham sido realizados por membros da Força Democrática Aliada (ADF, na sigla em inglês) armados com armas de fogo e facões. Esse grupo rebelde é afiliado ao Estado Islâmico. Os agressores vieram de um reduto a cerca de 12 quilômetros de Komanda e fugiram antes da chegada das forças de segurança.

Duranthabo condenou a violência no que ele chamou de "uma cidade onde todos os oficiais de segurança estão presentes". Ele pediu uma intervenção militar imediata, alertando que "o inimigo ainda está perto de nossa cidade".

Ataques

O leste do Congo sofreu ataques mortais nos últimos anos por grupos armados, incluindo o ADF e rebeldes apoiados por Ruanda. O ADF, que tem laços com o Estado Islâmico, opera na fronteira entre Uganda e Congo e frequentemente tem civis como alvo. O grupo matou dezenas de pessoas em Ituri no início deste mês em um episódio que um porta-voz das Nações Unidas descreveu como um banho de sangue.

A ADF foi formada por pequenos grupos distintos em Uganda no final dos anos 1990, após alegado descontentamento com o presidente Yoweri Museveni. Em 2002, após ofensivas militares das forças ugandenses, o grupo mudou suas atividades para o Congo e, desde então, tem sido responsável pelo assassinato de milhares de civis. Em 2019, o grupo jurou lealdade ao Estado Islâmico.

O Exército congolês (FARDC) há muito tempo tem dificuldades para conter o grupo, especialmente em meio a conflitos renovados envolvendo o movimento rebelde M23 apoiado pela vizinha Ruanda. (Com Associated Press)