Líder do governo diz não ver espaço para Câmara votar anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro

Política
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O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que o Plenário não deve votar o projeto de lei que concede anistia aos condenados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro. As declarações ocorreram em entrevista à rádio Opinião CE, na sexta-feira, 3.

 

Na ocasião, Guimarães disse que o movimento pela anistia teria sido mais forte se tivesse ocorrido apenas o episódio de 8 de Janeiro, mas o debate ficou "muito reduzido" com a prisão do general Braga Netto, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e com a descoberta de um plano de assassinato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e de outras autoridades.

 

"Não há espaço para a anistia. A Câmara não vai votar isso, porque o espaço está muito espremido pelos fatos", afirmou o parlamentar.

 

Ele prosseguiu: "Quando aconteceu a tentativa de golpe no dia 8, se fosse só aquilo, ele construíram um movimento muito forte para aprovar a anistia, mesmo com nossas manifestações contrárias. Tinha certo espaço para isso."

 

Em seguida, o deputado afirmou: "Vieram os fatos subsequentes, as prisões do Cid, do general Braga, a questão do plano montado para tirar a vida do presidente, do vice-presidente e de um ministro do Supremo. Então, o espaço para debater e aprovar isso está muito reduzido."

 

Guimarães acrescentou: "Não há espaço para aprovar essa tal da anistia. Não vejo nenhum espaço para isso e nem acho que o presidente da Câmara vá colocar isso para votar."

 

A decisão de pautar o assunto para votação na Câmara caberá ao sucessor de Arthur Lira (PP-AL) na presidência. O deputado que tem mais apoio para ser eleito ao posto, em fevereiro, é Hugo Motta (Republicanos-PB).

 

Em 2024, Lira criou uma comissão especial para analisar o projeto, mas não designou os integrantes.

 

Segundo o novo líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), a pressão pela anistia continuará em 2025. Em dezembro, o deputado disse que o apoio da oposição à eleição de Motta está baseado na pauta da anistia.

 

"Vamos trabalhar, em 2025, o que foi apalavrado em relação à anistia. E, inclusive, a oposição está apoiando a candidatura em cima do que foi apalavrado em relação à anistia", disse Zucco, ao ser anunciado novo líder do bloco.

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A Agência Dinamarquesa para Palácios e Cultura quer remover a estátua Den Store Havfrue (Grande Sereia, em português), do Forte Dragør, parte das antigas fortificações marítimas de Copenhague. As informações são da Euronews, que cita veículos locais. A decisão teria sido tomada porque a estátua não "se enquadra no ambiente histórico-cultural" do local.

A estátua provocou um debate na imprensa dinamarquesa. Crítico de arte do jornal Politiken, Mathias Kryger classificou a estátua como "feia e pornográfica". A repórter Sørine Gotfredsen, do jornal Berlingske, disse que muita gente considera a estátua "vulgar, pouco poética e indesejável".

A Euronews aponta que a estátua também tem defensores: o político local Paw Karslund afirmou que "o argumento de que a estátua é feia e pornográfica é demasiado primitivo" e que "não devíamos ter tanto medo de um par de seios".

A Grande Sereia, que tem 14 toneladas de granito, foi erguida em 2006 no Píer de Langelinie, em Copenhague, perto da estátua da Pequena Sereia, representação do personagem do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen e famosa atração turística da cidade.

Mas a Grande Sereia foi removida dali em 2018 e transferida para o Forte Dragør, a cerca de 15 quilômetros da capital dinamarquesa, supostamente após críticas de moradores.

Ainda segundo a Euronews, o homem que encomendou a estátua, Peter Bech, afirmou que as críticas são "pura bobagem" e que a estátua atrai visitantes. Ele disse ainda que "a sereia tem proporções completamente normais em relação ao seu tamanho".

"É claro que os seios são grandes numa mulher grande", afirmou Bech à emissora dinamarquesa TV 2 Kosmopol. Ele defende que a estátua seja mantida na área.

Um terremoto foi sentido no início da tarde desta terça-feira, 5, em Nova York e arredores, de acordo com relatos confirmados pelo Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo (ESMC, na sigla em inglês). Por volta de 13h11 (de Brasília), o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) identificou um tremor de magnitude 2,7 perto de Hillsdale, cidade de Nova Jersey que fica na Região Metropolitana da cidade de Nova York.

Até o momento, não há relatos de danos ou vítimas.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que o texto do acordo de segurança entre seu país e os Estados Unidos está "pronto". "Quando vamos assinar, ainda temos que definir, mas ele está pronto", acrescentou, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, 5.

Segundo ela, o acordo é fundamentado em quatro princípios. "Respeito à soberania, respeito à territorialidade, confiança mútua e colaboração e cooperação", declarou Sheinbaum.

A presidente mexicana lembrou que uma visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ao país está "pendente" há cerca de três meses, mas não está cancelada.