Moraes libera Bolsonaro para ir ao funeral da mãe de Valdemar, mas ex-presidente desiste

Política
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu à solicitação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o autorizou a comparecer ao velório e ao enterro de Leila Caran Costa, mãe do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. Ela morreu na madrugada desta terça-feira, 3. O ex-chefe do Executivo federal, no entanto, desistiu de ir às cerimônias em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

 

Bolsonaro e Valdemar estão proibidos de manter contato, inclusive por meio de advogados, após terem sido alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 fevereiro, para investigar uma organização criminosa por trás de uma tentativa de golpe de Estado.

 

O advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação da gestão passada, Fábio Wajngarten, disse que a autorização de Moraes ao pedido não ocorreu a tempo de o ex-presidente chegar aos locais. Wajngarten também disse que "dilúvio pesado" que ocorre em Mogi das Cruzes atrapalharia a viagem.

 

No pedido enviado ao ministro do STF, Bolsonaro se comprometia a não ter conversas no funeral sobre as investigações, como a da tentativa de golpe de Estado.

 

"Considerando a relação entre o peticionário e o Sr. Valdemar e a excepcionalidade da situação, é a presente para requerer, em caráter excepcional, autorização para o comparecimento aos funerais da genitora do Sr. Valdemar, comprometendo-se o peticionário a não manter quaisquer conversas sobre as investigações em curso", diz pedido encaminhado a Moraes pelos advogados do ex-presidente.

 

Moraes, na decisão, autorizou a ida pela "excepcionalidade" do pedido, a partir do compromisso da defesa do ex-presidente de não haver diálogos sobre os inquéritos. "Ressalte-se o caráter provisório da presente decisão, que não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas", escreveu o ministro. "Intime-se, com urgência, o requerente, na pessoa de seu advogado constituído", concluiu.

 

Na operação em fevereiro, Valdemar foi preso por porte ilegal de arma de fogo, mas foi solto dois dias depois. Bolsonaro teve seu passaporte apreendido e está proibido de deixar o País.

 

Os dois também foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito sobre uma trama golpista, com um plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.

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