PGE recorre de absolvição do TRE-RJ e pede cassação de Cláudio Castro ao TSE

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Procuradoria-Geral Eleitoral recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a decisão que absolveu o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), em maio deste ano, por acusações de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. O vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, questiona a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) e pede a cassação de Castro e do presidente da Assembleia Legislativa fluminense, Rodrigo Bacellar (União), que também foi inocentado no processo.

 

De acordo com o recurso apresentado pela PGE, "a prova dos autos autoriza o reconhecimento da prática do abuso de poder político e econômico, com gravidade suficiente para conspurcar a legitimidade do pleito".

 

A Procuradoria Eleitoral questiona a decisão do julgamento do dia 17 de maio deste ano, em que Castro, o vice-governador do Rio, Thiago Pampolha (União-RJ), e Rodrigo Bacellar eram acusados de utilizarem uma "folha de pagamento secreta", com 27 mil cargos temporários, na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj) e mais 18 mil nomes na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para desequilibrar os resultados do pleito de 2022.

 

Ao fim do julgamento, os três foram absolvidos das acusações em um placar apertado de 4 a 3. À época da análise do caso pelo TRE-RJ, Castro comemorou a vitória na Justiça Eleitoral. "A democracia, pilar fundamental da nossa sociedade, foi brindada com esta decisão", afirmou.

 

"Importante destacar que, além do trabalho da nossa defesa, que resultou pela improcedência das ações interpostas pelo Ministério Público Eleitoral e pelo candidato derrotado Marcelo Freixo, a decisão respeitou o voto livre e soberano de mais de 4,8 milhões de eleitores do RJ", disse Castro.

 

O entendimento da procurador-geral eleitoral, no entanto, é diferente da tese dos desembargadores do TRE. Segundo a PGE, o caso revelou "uma conexão indissociável entre as condutas perpetradas pelos investigados e o benefício que desequilibrou o ideal de isonomia da competição eleitoral".

 

Bacellar e Castro alegam falta de provas

 

O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, refuta, nas contrarrazões apresentadas no processo, a alegação de nulidade do acórdão do TRE e argumenta que a decisão do tribunal "examinou as teses aventadas pelo investigante". Segundo Bacellar, não há provas concretas do desvio de finalidade e da conotação dos fatos apresentados na denúncia.

 

Já Cláudio Castro discorre sobre os fundamentos adotados pelo acórdão do TRE e ressalta que "fatos administrativos alheios ao cenário eleitoral não tem o condão de interferir na eleição". O governador do Rio sustenta a inexistência de abuso de poder e reafirma a ausência de provas no processo.

 

"(Castro) Refere que não há comprovação da prática ilícita cogitada e tampouco indícios de sua participação na execução ou fiscalização dos programas. Assevera que a fragilidade probatória conduz um juízo de improcedência, dada a exigência de prova robusta para a condenação e a necessidade de se prestigiar o princípio in dubio pro sufrágio", cita o vice-procurador-geral eleitoral no recurso.

Em outra categoria

A fome vem matando cada vez mais palestinos em Gaza. Nesta terça-feira, 22, a ONU alertou que a crise humanitária atingiu um ponto crítico. O secretário-geral, António Guterres, fez um alerta. "Basta olhar para o horror que está acontecendo na Faixa de Gaza, com um nível de morte e destruição sem precedentes na história recente. A desnutrição está aumentando vertiginosamente. A fome está batendo em todas as portas", disse.

A organização também acusou o exército israelense de matar mais de 1.000 pessoas que buscavam comida em Gaza desde maio, a maioria perto de instalações da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), entidade apoiada por Israel e EUA.

"Até 21 de julho, registramos 1.054 pessoas mortas em Gaza enquanto tentavam obter alimentos; 766 delas morreram perto das instalações da GHF e 288 perto de comboios de ajuda da ONU e de outras organizações humanitárias", disse em comunicado o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

A GHF começou a distribuir cestas básicas em 26 de maio, após mais de dois meses de bloqueio completo imposto por Israel à entrada de qualquer ajuda humanitária em Gaza, apesar dos alertas sobre o risco de fome. Os números significam que o exército israelense estaria matando mais de 18 palestinos por dia na fila da comida.

Fome

Um bebê de 6 semanas está entre os 15 palestinos que morreram de desnutrição e fome em Gaza em apenas 24 horas. Desde segunda-feira, 21, 33 palestinos, incluindo 12 crianças, morreram por falta de comida no território, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Desde o início da guerra, em outubro de 2023, 101 palestinos, dos quais 80 crianças, morreram de desnutrição, segundo médicos de Gaza. De acordo com relatos, ninguém vem sendo poupado. Médicos, enfermeiros, jornalistas e trabalhadores humanitários também estão famintos.

O chefe da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, revelou que sua equipe, incluindo os médicos, estava desmaiando em serviço em razão da fome e da exaustão. Em entrevista à britânica BBC, o médico Mohamed Abu Salmiya, diretor do Hospital Shifa, da Cidade de Gaza, afirmou que 21 crianças morreram de fome desde domingo. "É um número alarmante de mortes, sendo que os pacientes diabéticos e renais correm um risco especial", afirmou.

Salmiya estima que cerca de 900 mil crianças sofram de fome grave em Gaza, sendo que 70 mil estão em estado severo de desnutrição. Os sintomas da fome, segundo ele, incluem desidratação e anemia. O atendimento é dificultado pelo fato de os hospitais já estarem sobrecarregados com as vítimas de tiros. "Os médicos não conseguem fornecer muito mais ajuda em casos de fome em razão da escassez de comida e de medicamentos", disse.

Jornalistas

A agência France-Presse também alertou que seus repórteres correm risco de morrer de fome. Em carta divulgada na segunda-feira, a associação de jornalistas da AFP diz que a agência trabalha com freelancers que estão vivendo em "miséria absoluta" e arriscando suas vidas para cobrir a guerra, "em meio à falta de comida, de água e de saneamento".

A Defesa Civil de Gaza e a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) também identificaram um aumento acentuado nos casos de desnutrição. Desde 27 de maio, após um bloqueio total de mais de dois meses imposto por Israel, a pouca ajuda humanitária que entra é distribuída pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), criticada por ativistas, organizações internacionais, diplomatas e pela ONU. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, negou relatos da mídia local de que ele renunciaria em breve. Segundo o premiê, o foco do momento será garantir que o acordo comercial com os Estados Unidos seja executado sem problemas.

"Não houve qualquer discussão sobre o meu futuro", afirmou Ishiba a repórteres após reunião com os ex-primeiros-ministros Taro Aso, Yoshihide Suga e Fumio Kishida.

Mais cedo, a mídia local reportou que Ishiba planejava renunciar agora que o Japão chegou a um acordo com os Estados Unidos. A pressão para que Ishiba renuncie aumentou depois que a coalizão governista perdeu sua maioria na Câmara Alta nas eleições de domingo, 20.

"Meus maiores esforços serão dedicados a garantir que os meios de vida da população sejam devidamente protegidos. O que está sendo relatado é completamente falso", disse Ishiba.

Mais cedo, ao ser questionado se planeja renunciar, Ishiba afirmou que consideraria várias questões - incluindo seu futuro político - após o negociador comercial Ryosei Akazawa voltar de Washington e relatar detalhes do acordo comercial com os Estados Unidos. Fonte: Dow Jones Newswires*.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O filho do ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden, Hunter Biden, afirmou em uma entrevista que o pai teve um desempenho desastroso no debate com Donald Trump nas eleições do ano passado por ter tomado zolpidem, um medicamento hipnótico indicado para insônia.

Segundo Hunter contou ao youtuber Andrew Callaghan nesta segunda-feira, 22, Biden havia viajado duas vezes à Europa e participado de um evento de arrecadação de fundos na Califórnia, e ficou exausto. "Eu sei o que houve naquele debate. Ele voou ao redor do mundo, pela quilometragem, poderia ter dado a volta na Terra três vezes. Ele tem 81 anos de idade, estava muito cansado", disse.

"Deram Ambien [zolpidem] para que ele pudesse dormir. Aí, ele subiu no palco e ficou igual a barata tonta", acrescentou.

O debate, ocorrido em junho do ano passado, alterou a campanha presidencial dos EUA. Biden teve lapsos de memória, mostrou fragilidade física e perdeu a linha de raciocínio. Por causa do desempenho, a candidatura entrou em crise e o então presidente passou a sofrer pressão de lideranças do Partido Democrata para renunciar à reeleição.

Quase um mês após o debate e semanas de pressão, Biden abriu mão da candidatura e Kamala Harris, sua vice-presidente, o substituiu.

Na entrevista da segunda, Hunter criticou os democratas, assessores do ex-presidente Barack Obama e o ator George Clooney por pressionarem Biden a desistir. "Eles acham que sabem mais do que o homem que conseguiu, ao contrário de todo mundo, ser eleito para o Senado dos EUA sete vezes e ter mais votos do que qualquer outro presidente?Acham que podem substituir o juízo dele?", disse o filho do ex-presidente.

Relembre o debate

Biden apareceu no primeiro debate presidencial contra Trump no ano passado com a voz rouca, sem dar respostas coerentes e com lapsos de memória que o faziam congelar nas respostas. O desempenho aumentou os temores relacionados a idade, que já era tema na campanha.

Após o debate, quase dois terços dos democratas queriam que ele desistisse da disputa, de acordo com uma pesquisa divulgada um mês após o episódio pela Associated Press e pela NORC, uma instituição de pesquisa independente da Universidade de Chicago.

Embora a idade avançada do candidato tenha aparecido como um fator de preocupação entre os eleitores desde as primeiras pesquisas eleitorais, dúvidas sobre a capacidade de governar explodiram após o debate. Até ele desistir, outros episódios aconteceram, como confundir Volodmir Zelenski com Vladimir Putin e dizer que Trump era seu vice.

O que é zolpidem?

Zolpidem é um remédio de uso controlado da classe terapêutica dos hipnóticos, indicado para indução do sono como tratamento de curta duração para a insônia.

Disponível há mais de 30 anos no mercado, o fármaco ganhou popularidade pela facilidade na prescrição médica em relação às outras medicações para mesma finalidade e também pelos relatos de efeitos colaterais, como amnésia e alucinações.

No Brasil, a resolução da Anvisa afirma que qualquer medicamento contendo zolpidem deverá ser prescrito por meio de Notificação de Receita B (azul), já que o produto faz parte da lista de substâncias psicotrópicas englobadas pela norma de substâncias controladas no País.

A receita tipo B exige que o profissional prescritor seja previamente cadastrado na autoridade local de vigilância sanitária.