Marçal fala com União Brasil e pode disputar candidatura à Presidência com Caiado

Política
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Terceiro colocado na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal negocia a possibilidade de se filiar ao União Brasil, de olho na disputa eleitoral de 2026. Se as conversas chegarem a um desfecho, Marçal pode rivalizar com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que, assim como o ex-coach, tem intenção de concorrer ao Palácio do Planalto daqui a dois anos.

O próprio Marçal confirmou ao Estadão que tem conversas com a legenda, assim como o presidente do União Brasil, Antonio Rueda. Os dois, porém, evitam cravar que já haja qualquer alinhamento, embora um aliado do ex-coach estipule até um período para que a filiação aconteça: o primeiro semestre do ano que vem.

Rueda disse ter conversado com o ex-coach, mas evitou apontá-lo como um nome da legenda ao Planalto, afirmando que "se Marçal quer ser candidato à Presidência tem que se filiar ao partido primeiro." Ele reafirmou que hoje está colocada a pré-candidatura de Caiado à Presidência.

O governador de Goiás, por sua vez, diz que tem boa relação com Marçal, que é goiano como ele, e que não vetaria sua presença na sigla, mas diz que seria ele, e não o ex-coach, o nome da legenda ao Planalto. Apesar disso, ele faz elogios ao eventual futuro colega de partido.

"Acho que ele teve um papel importantíssimo na eleição de São Paulo. Acho que ele mostrou um ponto que é importante para a democracia, ou seja, que cada eleição é uma eleição, não existe uma regra única", disse ao Estadão.

Em ao menos mais um ponto os dois estão unidos. Tanto Caiado como Marçal trocaram farpas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a última disputa eleitoral, dividindo o campo da direita. O governador teve um embate indireto nas eleições municipais ao defender a candidatura de Sandro Mabel (União Brasil) e Bolsonaro apoiar outro candidato, Fred Rodrigues (PL). "O PL é que fez questão de produzir um enfrentamento com uma candidatura nossa. Então, não sou eu que criei qualquer situação de constrangimento", afirmou o governador.

Marçal, por sua vez, viveu idas e vindas na relação com Bolsonaro e seu entorno durante a campanha, chegou a pedir que o ex-presidente devolvesse recursos de uma doação dele nas eleições de 2022 e exigiu que o ex-chefe do Executivo pedisse desculpas a ele após a campanha, o que não aconteceu. Na última sexta-feira, 1°, o ex-coach publicou um vídeo em que distribui ataques ao ex-presidente. O empresário mandou Bolsonaro 'cuidar da vida'.

Posição melhor nas pesquisas

Logo após ser derrotado no primeiro turno da eleição em São Paulo, Pablo Marçal indicou a ideia de ser candidato ou ao governo do Estado de São Paulo ou à Presidência da República em 2026. Porém, ele tem enfatizado a intenção principal de ser candidato a presidente.

Um aliado de Marçal dentro do União Brasil afirma que, se fosse para o partido, seria natural que Marçal fosse escolhido para concorrer pela legenda, por ter melhores resultados nas pesquisas de intenção de voto. Trata-se de uma referência a uma pesquisa publicada pela Genial/Quaest que mostrou, em outubro deste ano, que Marçal aparecia com 18% de intenções de voto em uma disputa ao Planalto. O ex-coach estaria tecnicamente empatado com Tarcísio de Freitas, que apareceu no levantamento com 15%, e atrás apenas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pontuou com 32%. O nome de Caiado não foi testado neste cenário.

Em entrevista ao Estadão, o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, afirmou que Pablo Marçal é o candidato da sigla a presidente do Brasil. Ele acrescenta que o empresário também está trabalhando em vários Estados para convocar candidatos a deputados federais, governadores e senadores.

Em relação a uma possível filiação de Pablo Marçal à União Brasil, Avalanche diz que Marçal é um político e empresário inteligente e que o União Brasil tem vários caciques que são candidatos a presidentes. "Seria o famoso canto da sereia se ele fosse, pois iria ficar refém de vários interesses que resultariam no máximo no final em uma vaga de deputado federal", observa o presidente do PRTB.

Durante a campanha eleitoral, a presença de Marçal no PRTB foi um dos principais motivos de críticas ao ex-coach, em razão das revelações de que figuras ligadas ao PCC estariam infiltradas na legenda. O primeiro episódio de vinculação da sigla a um integrante da organização foi revelado pelo Estadão. Avalanche sempre negou qualquer relação entre a sigla e o PCC.

Acenos ao União Brasil começaram antes das eleições

A proximidade de Marçal com o União Brasil vem desde o período de pré-campanha, quando o ex-coach, filiado desde abril ao PRTB para concorrer à Prefeitura de São Paulo, chegou a iniciar conversas para uma chapa com a legenda. Na época, Marçal afirmou que a legenda queria sua 'alma' para apoiá-lo na eleição a prefeito de SP. O União Brasil acabou acertando-se com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), após ameaçar abandonar o prefeito.

No primeiro turno das eleições, Marçal terminou com 28,14% dos votos válidos, pouco atrás de Guilherme Boulos (PSOL), que teve 29,07% dos votos e de Ricardo Nunes (MDB), que recebeu 29,48%. Diante do desempenho e do resultado considerável, o empresário voltou a conversar com os outros partidos, como União Brasil.

Pablo Marçal também já havia feito acenos à legenda de Rueda apoiando alguns candidatos da sigla no segundo turno. Durante a live com Boulos, nas vésperas da segunda etapa da votação, o ex-coach pediu votos para Gil Arantes, de Barueri, interior de São Paulo, e para Rose Modesto, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Mas todos perderam a eleição.

Risco de inelegibilidade é pedra no sapato do ex-coach

"Vocês não vão me ver disputar a Prefeitura de São Paulo nunca mais", anunciou após receber 28,14% e amargar o terceiro lugar na disputa. "Vocês [também] não vão me ver disputando o Legislativo, então só tem dois caminhos: um governo do Estado ou a questão da Presidência do Brasil", anunciou em entrevista coletiva à imprensa no dia do primeiro turno.

Mas essa ambição de ser presidente do Brasil pode ser barrada porque existe a possibilidade de que Marçal fique inelegível caso seja condenado em ações movidas durante e após a disputa eleitoral de 2022. Em uma delas, ele é alvo por conta da publicação de um laudo médico falso para acusar o rival Guilherme Boulos (PSOL) de ser usuário de cocaína.

No final de outubro, o Estadão mostrou que, entre os 14 principais processos movidos contra Marçal na disputa eleitoral, cinco estão sob cuidados da Polícia Federal, que já abriu ou abrirá inquéritos para investigações sobre crimes contra honra, divulgação de laudo falso ou suposta omissão de bens declarados. Especialistas ouvidos pela reportagem citaram uma possível inelegibilidade de até oito anos - principalmente no caso do laudo. Marçal não tem se manifestado sobre os processos.

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O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou de irregularidades a campanha presidencial de sua oponente, Kamala Harris, do Partido Democrata, na disputa eleitoral do ano passado.

"Estou analisando a grande quantidade de dinheiro devido pelos democratas após a eleição presidencial e o fato de que eles admitem ter pago, provavelmente ilegalmente, US$ 11 milhões à cantora Beyoncé por um ENDOSSO (ela nunca cantou nem uma nota e deixou o palco sob vaias e um público irritado!)", afirmou o republicano em postagem na rede Truth Social.

Segundo ele, US$ 3 milhões foram para a apresentadora Oprah Winfrey e US$ 600 mil ao apresentador de TV Al Sharpton. "Essas taxas ridículas foram declaradas incorretamente nos livros e registros. NÃO É PERMITIDO PAGAR POR UM ENDOSSO. É TOTALMENTE ILEGAL FAZER ISSO. Você pode imaginar o que aconteceria se os políticos começassem a pagar para que as pessoas os endossassem. O caos se instalaria! Kamala, e todos aqueles que receberam dinheiro de endosso, VIOLARAM A LEI. Todos deveriam ser processados", declarou.

Em uma sequência de publicações na rede social, Trump mencionou ainda uma suposta queda na audiência NBC e fez críticas a algumas redes de televisão que, na sua visão, estão ligadas aos democratas. "Sua programação é terrível, sua gestão ainda pior. Eles são um braço do Partido Democrata e deveriam ser responsabilizados por isso. Da mesma forma, a Fake News ABC", escreveu o republicano.

Trump comparou as redes de TV a 'peões políticos' do Partido Democrata, que faz oposição ao seu governo. "Tornou-se tão ultrajante que, na minha opinião, suas licenças poderiam, e deveriam, ser revogadas".*

Ao menos dez pessoas foram esfaqueadas dentro de um Walmart em Traverse City, cidade de 15 mil habitantes no Michigan, nos Estados Unidos, neste sábado, 26. As autoridades policiais prenderam o suspeito.

A Polícia Estadual do Michigan disse que o escritório do xerife local investiga o incidente e os detalhes eram limitados. A instituição pediu que as pessoas evitem a área enquanto a investigação está em andamento.

As vítimas foram levadas para o Centro Médico Munson, o maior hospital da região do norte de Michigan. O estado de saúde delas não foi informado até o momento.

Um porta-voz corporativo da Walmart, Joe Pennington, disse por e-mail que a empresa estava "trabalhando com a polícia e defere perguntas para eles neste momento."

Mensagens em busca de comentários foram deixadas com a polícia e o prefeito. Traverse City fica a cerca de 410 quilômetros a noroeste de Detroit.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

Esta madrugada, as forças israelenses feriram outras 120 quando dispararam contra multidões que tentavam obter comida de um comboio da ONU que entrava, disse o Mohamed Abu Selmiyah, diretor do hospital Shifa. "Estamos esperando que os números aumentem nas próximas horas", disse.

Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.