Advogado diz que não é 'michê' após desembargadora pedir comprovação de renda

Política
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Após ter sido notificado a apresentar informações complementares que comprovassem a adequação aos requisitos para ter direito à justiça gratuita, o advogado Fabricio Assad respondeu, em um processo em que atua em causa própria, que não tem "qualquer pretensão" de virar "michê".

 

"No auto (sic) dos meus 48 anos, já com barriguinha proeminente alguns cabelos brancos, a tadalafila (remédio para disfunção erétil) representa um perigo à minha saúde, sendo inatingível qualquer pretensão de tornar-me michê", escreveu em manifestação enviada à desembargadora Silvia Rocha, da 29.ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo.

 

O caso foi divulgado pelo portal jurídico Migalhas.

 

A resposta foi encaminhada depois que a desembargadora pediu que ele comprovasse a renda. Ela argumentou que, embora tenha solicitado direito a justiça gratuita, o advogado teve evolução patrimonial na declaração de Imposto de Renda no calendário de 2022.

 

Também afirmou que ele apresentou extrato de apenas uma conta bancária, embora tenha contas abertas em outras instituições. Por fim, a magistrada cobrou extratos das movimentações da mulher do advogado.

 

Assad argumenta que a gratuidade já foi deferida a ele em "vários processos". Em outro trecho, o advogado afirma que depende da ajuda de familiares para custear suas despesas porque "infelizmente não acredito em jogo do tigrinho".

 

O advogado também alegou que, "embora a lei diga que honorários são impenhoráveis", seus honorários foram bloqueados por decisão da Justiça de São Paulo em outro processo. "Logo, por estas razões, não auferi renda para declaração de IR 23/24. Mas se ainda estiver em dúvida, repito; fica autorizada minha quebra de sigilo perante a RF."

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que irá declarar dois feriados nacionais em comemoração às vitórias da Primeira e Segunda Guerra Mundial, nas datas de 11 de novembro e 8 de maio, respectivamente. Contudo, o republicano acrescentou que os mercados devem funcionar normalmente esses dias "porque já temos feriados demais nos Estados Unidos".

"Vencemos duas guerras mundiais, mas nunca levamos o crédito por isso - todo mundo leva! Em todo o mundo, os Aliados estão comemorando a vitória que obtivemos na Segunda Guerra Mundial. O único país que não está comemorando são os Estados Unidos da América, e a vitória só foi alcançada graças a nós", escreveu ele na Truth Social.

Ruanda confirmou nesta segunda-feira, 5, que tinha discussões "em andamento" com os Estados Unidos em relação a um possível acordo para receber imigrantes deportados.

No domingo, 4, o ministro das Relações Exteriores de Ruanda, Olivier Nduhungirehe, disse à mídia estatal que as conversas estavam no "estágio inicial". Quando perguntado pela The Associated Press hoje, ele confirmou as negociações.

Nduhungirehe não revelou os detalhes do possível acordo, mas relatos anteriores da mídia local sugerem que os EUA provavelmente financiariam um programa para que os migrantes se integrassem à sociedade por meio de iniciativas de assistência ao trabalho.

O Departamento de Estado dos EUA não quis comentar sobre o assunto, mas declarou que o envolvimento com governos estrangeiros é uma parte importante da política de Washington para impedir a migração ilegal.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, defendeu nesta segunda-feira, 5, seu bom relacionamento com o presidente americano, Donald Trump, e descartou um debate na mídia sobre suas declarações recorrentes.

Como tem sido sua estratégia desde que o republicano chegou ao poder em janeiro, Sheinbaum reagiu com moderação aos comentários provocativos de Trump no domingo, 4, quando ele disse que ela "teme os poderosos cartéis mexicanos".

"Eu não gostaria que a comunicação entre o presidente Trump e a minha pessoa, entre os Estados Unidos e o México, fosse feita através da mídia", enfatizou Sheinbaum em sua conferência matinal.

Ela destacou a comunicação "boa" e "fluida" que mantém com o presidente dos EUA, o que lhe permitiu chegar a uma série de acordos e evitar as tarifas que Washington impôs a vários países.

A líder mexicana também negou que ele tenha feito qualquer ameaça quando, em uma conversa telefônica anterior, ofereceu enviar tropas ao México para apoiar na luta contra organizações criminosas e reiterou que "podemos colaborar em muitas outras coisas dentro da estrutura de nossa soberania e territorialidade".

No domingo, Trump confirmou que havia proposto o envio de tropas americanas a Sheinbaum e criticou-a por ter rejeitado sua oferta.