Em vista do debate que surgiu em relação a uma possível síndrome pós-aborto em mulheres que abortaram, a Sociedade Espanhola de Contracepção (SEC) ressalta que "não há evidências científicas que apoiem essa entidade" e, portanto, "a necessidade de informar as mulheres que solicitam a interrupção da gravidez sobre esse conceito é, portanto, infundada".
"Mulheres com gravidez indesejada podem apresentar problemas psicológicos, como qualquer outra mulher. Esses problemas geralmente são causados pela própria gravidez indesejada ou por sua situação social ou pessoal. A maioria das mulheres que solicita a interrupção da gravidez já tomou sua decisão e não apresenta nenhum problema psicológico antes ou depois do procedimento", afirmam.
Portanto, a sociedade pede que as mulheres recebam "informações científicas e profissionais, distantes de postulados ideológicos, e sua infantilização sistemática deve ser evitada ao tomar decisões sobre sua própria saúde". A SEC defende que as mulheres que solicitam a interrupção da gravidez devem receber "atendimento profissional, ter um procedimento realizado com segurança e sem pressão, e receber apoio psicológico nos casos em que isso for necessário e não de forma generalizada".
Eles também são a favor da educação sexual e contraceptiva para evitar gravidezes indesejadas e o aumento da prevalência de infecções sexualmente transmissíveis. Por todas essas razões, pedem às Administrações Públicas que têm competências nessa área que atuem "com seriedade e rigor em suas propostas", evitando contribuir para a propagação de boatos e desinformação; que levem em conta a voz dos profissionais que trabalham nessa área da saúde; que evitem patologizar as mulheres que solicitam a interrupção da gravidez e que trabalhem ativamente pela saúde pública.
Síndrome pós-aborto não tem comprovação científica
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