Com o lema “Se precisar, peça ajuda”, a campanha Setembro Amarelo ganha novamente destaque em todo o Brasil neste mês, mobilizando instituições de saúde, escolas, empresas e a sociedade civil em torno da prevenção ao suicídio. A iniciativa, criada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), busca ampliar o debate sobre saúde mental e reduzir o estigma que ainda cerca o tema.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo. No Brasil, a média é de 38 mortes por dia, número que preocupa especialistas e exige políticas públicas mais efetivas de prevenção, acompanhamento psicológico e acolhimento social.
A importância da conscientização
O 10 de setembro, reconhecido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, será o ponto alto da campanha, com ações que incluem iluminação de prédios públicos de amarelo, palestras educativas, rodas de conversa, atividades culturais e a distribuição de materiais informativos.
Para os organizadores, a campanha não deve se restringir apenas a um mês no calendário, mas servir como um convite permanente à reflexão. “Falar sobre suicídio não induz ao ato, pelo contrário: abre espaço para que pessoas em sofrimento encontrem apoio e caminhos de tratamento”, destaca a ABP em comunicado oficial.
Saúde mental no Brasil: desafios e avanços
Apesar de avanços na ampliação do debate, especialistas alertam para a falta de estrutura no sistema de saúde. O Brasil ainda enfrenta carência de profissionais especializados, demora no acesso a consultas psiquiátricas e psicoterapias, além da desigualdade regional no atendimento.
O Ministério da Saúde reforçou em 2025 o compromisso com a expansão da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), prometendo aumento de recursos para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e investimentos em programas de atenção primária que integrem a saúde mental ao cuidado de rotina.
O papel da sociedade
Mais do que uma ação institucional, o Setembro Amarelo chama a atenção para o papel de cada cidadão. Escutar sem julgamentos, oferecer companhia e orientar a busca por ajuda profissional podem ser atitudes simples, mas decisivas.
A campanha também ganhou força nas redes sociais, onde influenciadores, profissionais da saúde e artistas vêm compartilhando depoimentos e informações para ampliar o alcance da mensagem de prevenção.
Onde buscar ajuda
No Brasil, pessoas em sofrimento psíquico podem recorrer a diversos canais de apoio. O Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, oferece atendimento gratuito e sigiloso 24 horas por dia pelo telefone 188 ou pelo site cvv.org.br. Além disso, unidades básicas de saúde e hospitais públicos contam com profissionais preparados para orientar e encaminhar os pacientes.
Um mês para lembrar todos os dias
O Setembro Amarelo se consolida como a maior campanha do mundo dedicada à prevenção do suicídio. Mais do que um movimento simbólico, trata-se de um chamado urgente à ação: cuidar da saúde mental é tão essencial quanto cuidar da saúde física.
Ao iluminar o Brasil de amarelo, a campanha de 2025 reforça que conversar, acolher e oferecer ajuda pode salvar vidas.
Setembro Amarelo: mês da prevenção ao suicídio reforça a importância do cuidado com a saúde mental
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