São Paulo recebe evento que une música e conscientização ambiental

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Evento gratuito terá programação nos dias 21 e 22 de abril, com participações dos artistas: Nando Reis, Chico César, Djuena Tikuna, Assucena e Sandra Peres, acompanhados pela Orquestra Brasil Jazz Sinfônica, sob regência do maestro Ruriá Duprat. Projeto nasceu do clipe 'Canção para a Amazônia', gravado há três anos por 32 artistas da música brasileira

 

Nos dias 21 e 22 de abril, São Paulo será palco para duas apresentações do projeto "Show para as Florestas", uma iniciativa que utiliza a música como ferramenta para unir o público em torno da conscientização e do debate sobre as urgentes questões climáticas que afetam todo o mundo. Na programação, apresentação da Orquestra Brasil Jazz Sinfônica e participações especiais de Nando Reis, Chico César, Djuena Tikuna, Assucena e Sandra Peres; além de talks com especialistas para discutir soluções para os desafios climáticos; feira de produtos sustentáveis; programação voltada ao público infantil com objetos recicláveis e área de alimentação com conceito natural. No dia 21 de abril (domingo), a apresentação será ao ar livre, no Jardim Botânico, com atividades a partir das 13h e show a partir das 17h. No dia 22 (segunda-feira), acontece versão intimista do projeto no Teatro B32, a partir das 20h (confira o serviço abaixo). A agenda cultural é aberta e gratuita, com reserva antecipada de ingressos pelo Sympla. A classificação é livre.

Combinando música, conscientização ambiental e apoio à economia criativa feminina, o "Show para as Florestas" tem como objetivo inspirar mudanças significativas e promover um diálogo construtivo sobre questões climáticas e ambientais.  

O evento, idealizado a partir de um trabalho do cantor e compositor Nando Reis e do letrista Carlos Rennó, celebra a emblemática "Canção para a Amazônia", lançada em rede nacional no programa Fantástico, da Rede Globo, em 5 de setembro de 2021 e utilizada pelo Greenpeace e suas campanhas em defesa da floresta, combate ao desmatamento, às queimadas ilegais e à demarcação de terras indígenas.

Participaram da gravação do videoclipe da canção, dirigido por Fred Siewert, 32 artistas de diversos estilos da música brasileira. São eles: Agnes Nunes; a dupla Anavitória; Arnaldo Antunes; Baco Exu do Blues; Caetano Veloso; a atriz Camila Pitanga; Céu; Chico César; Criolo; Daniela Mercury; Diogo Nogueira; Djuena Tikuna; Duda Beat; Elza Soares; Flor Gil; Gaby Amarantos; Gal Costa; Gilberto Gil; Iza; Majur; Maria Bethânia; Milton Nascimento; Nando Reis; Péricles; Preta Gil; Rael; Rincon Sapiência; Samuel Rosa; Thaline Karajá; Vitão e o sambista Xande de Pilares.

 

Música e consciência ambiental

"Canção para a Amazônia" se tornou um hino em defesa da floresta e todos os biomas brasileiros. Temas presentes há tempos nas letras de Carlos Rennó, autor de canções como "Escrito nas Estrelas", que ganhou fama na voz de Tetê Espíndola, e "Isso é só o Começo", parceria dele com Lenine. "Para mim, a Amazônia não começou a ser destruída agora, há pelo menos 50 anos é possível observar isso. O que estamos presenciando na atualidade é fruto do que foi feito há uma década e continuamos, como sociedade, a não ouvir suficientemente os alertas da ciência. O que nos leva a crer em um futuro prevalentemente catastrófico, se não mitigarmos essas perdas já", avalia Rennó, para quem a arte tem um papel fundamental neste processo de conscientização. "Ezra Pound dizia que a 'poesia é a emoção que perdura', então eu acho que não podemos viver sem esperança alguma e acreditar na função da arte que é emocionar e captar mentes e corações", diz o letrista e responsável pela direção artística do evento.

Na avaliação da produtora executiva do evento, Débora Piovesan, a música de Nando Reis e Carlos Rennó é um sucesso, reconhecida como um manifesto para a Amazônia. "Daí pensamos que, a partir desta canção, podíamos fazer um concerto com a mesma temática, envolvendo alguns convidados que participaram do clipe", explica. A intenção da produção é atrair o maior número de pessoas para o evento e gerar uma conscientização para a causa ambiental. "Essa é uma função da música, porque ela une as pessoas. Queremos reverberar esse tema tão importante que envolve as mudanças climáticas, a preservação da natureza, a nossa Amazônia", ressalta Débora.

Esperando pela participação de várias gerações no "Show para as Florestas", o diretor musical, Ruriá Duprat, quer levar ao palco, além de canções que remetam à causa ambiental, também sucessos dos artistas participantes. "A plateia precisa ter contato com aquilo que que conhece para podermos garantir engajamento", destaca. Para o maestro, a música tem o papel de despertar os ouvintes para determinadas causas. "Quando você apenas fala de uma questão, como a ambiental, às vezes, não cumpre o papel. Discursar na ONU em defesa do meio ambiente, o que acho que é muito válido, tem um significado, mas quando alguém faz uma música a respeito disso, faz uma pintura, uma escultura, acaba pegando o público pelo lado emocional e isso muda um pouco as coisas", comenta Duprat que também será o maestro do show.

"Show para as Florestas" é realizado pelo PROAC, SP Cult, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas. Patrocínio: L'Oreal Group. A produção é uma realização das produtoras Rapsódia, Ecofônica, Lucas Shows e Sheyar Comunicação. Apoio: Brasil Salomão, Greenpeace, Engie, Ibioma e Conservação Internacional – Brasil. Rádio Oficial: Nova Brasil.

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"Fábulas Fabulosas" aborda temas urgentes como consumo consciente, alimentação saudável e relação com mundo digital; obra será lançada dia 22 de junho em São Paulo

Num mundo onde as telas disputam cada minuto da atenção infantil, como resgatar o encanto das histórias que se lêem (e se vivem) com os cinco sentidos? Essa é a proposta de "Fábulas Fabulosas" (60 págs., 2025), da escritora, jornalista e artista Titila Tornaghi, obra que conta com uma história ("O Ladrão do Tempo") finalista do Prêmio UBE de Literatura Infantil 2024. O livro é mais do que um livro, trata-se de um convite à experiência: uma coletânea de contos, poemas e atividades manuais que abordam com humor e sensibilidade temas urgentes como consumo consciente, alimentação saudável e nossa relação com a tecnologia.

A obra será lançada na Bienal do Rio de Janeiro. No dia 18 de junho, a autora estará no espaço do coletivo Escreva, Garota em sessão de autógrafos das 13h às 15h, e no dia 19, às 11h, no estande da editora Arpillera. Já a participação na Feira do Livro de São Paulo será no dia 22 de junho, das 12h às 14h. E na Flip, o lançamento está confirmado para 30 de julho, das 13h às 17h. Ambos no espaço do Escreva, Garota.

A autora traz para a literatura infantil a mesma versatilidade que marcou sua carreira. Nascida no bairro do Leme, no Rio de Janeiro, Titila (que como jornalista assina Cecilia Tornaghi) começou no programa Viva o Gordo ao lado de Jô Soares, rodou o Brasil com teatro independente e, após se mudar para os EUA em 1994, construiu uma sólida trajetória no jornalismo econômico – passou 13 anos na Bloomberg TV e comandou revistas como Latin Finance e Americas Quarterly. Agora, ao lançar "Fábulas Fabulosas", completa um círculo: "É o retorno da Titila à superfície, querendo compartilhar com as crianças de hoje a alegria que é ler e brincar de fazer coisas".

Celebração da imaginação infantil

"A imaginação é um bem precioso, e precisa de espaço para se desenvolver, precisa de tempo livre, sem telas. Precisa até de um pouquinho de solidão!", reflete a autora, cuja trajetória atravessa palcos, redações e agora as páginas coloridas da literatura infantil. Entre as pérolas do livro estão "O Ladrão de Tempo" – uma fábula moderna sobre celulares que "sequestram" horas de brincadeira –, "João, o Rei do Fogão" (história inspirada em suas próprias aventuras culinárias como mãe) e "O Lixinho Sonhador", versão revisada de seu primeiro livro infantil, que fala de reciclagem com poesia.

O projeto é profundamente pessoal: "'Fábulas' é um presente para a minha menina interior", confessa Titila. A obra funciona como uma espécie de álbum de memórias criativas, reunindo textos escritos ao longo de três décadas – desde os anos 1990, quando viajava com o grupo teatral Lanavevá, até seu período como jornalista em Nova York. As ilustrações e atividades propostas (como criar brinquedos com material reciclado ou inventar histórias a partir de sons) homenageiam publicações que marcaram sua infância nos anos 1960/70: "A Revista Recreio na primeira versão, lançada em 1969, foi sem dúvida uma das minhas maiores influências, ao me apresentar a autores como Ruth Rocha e Ana Maria Machado".

O livro chama atenção pela abordagem que combina entretenimento e reflexão. Em "Memórias de uma Lagarta" (baseado na primeira peça que interpretou no teatro) e "Os Trigêmeos" (sobre irmãos com personalidades vibrantes), a autora prova que é possível falar de autoconhecimento e diversidade sem didatismo.

Escritora, que também é roteirista, transporta seus ambientes de trabalho para dentro de uma trama recheada de amor e segundas chances

“De inimigos a amantes”, em poucas palavras, é o que define o cerne de “O Roteiro do Amor” (Verus Editora), quinto livro da escritora e roteirista Ray Tavares, que traz para dentro das páginas da obra dois universos muito familiares para ela: a literatura e o audiovisual. O livro foi o destaque da quinta caixa do Clube de Romance da Verus e, posteriormente, estará disponível  para venda nas principais livrarias e marketplaces.

Verônica Nakamura, protagonista de “O Roteiro do Amor”, é uma autora que não abre mão de nenhuma cena da sua história. Em seu caminho, porém, aparece um roteirista arrogante que topa o trabalho aparentemente impossível de fazer o filme baseado no seu mais recente livro. Será que passar um mês morando juntos vai amolecer o coração dos dois?

 

Foi muito gostoso poder fazer um romance entre uma autora e um roteirista, mundos que a primeira vista podem parecer similares, mas que são tão diferentes. Pude explorar um pouco as delícias e os perrengues de ambas as carreiras!” – Ray Tavares, roteirista e escritora

 

Prestes a dar fim à tentativa de fazer a adaptação, em caráter de última tentativa para não perder o investimento, a produtora contrata Daniel Ortega, um roteirista experiente e arrogante que promete fazer o filme acontecer. Para isso, ele vai viver um mês na cidade em que a história se passa. Mas Verônica jamais deixaria que um roteirista cínico, que não entende nada de histórias de amor, fizesse o trabalho sozinho. Assim, eles viajam juntos para uma mansão em Atibaia, onde vão precisar deixar as diferenças de lado se quiserem que ‘A trilha do coração’ ganhe as telas.

Entre sessões compartilhadas de escrita, alfinetadas e drinques na piscina, Verônica começa a conhecer um outro lado de Daniel, mais suave e interessante. Mas será que ela está pronta para sair do roteiro que criou para o próprio coração?

 

Estamos acostumados a consumir romances sobre os bastidores da literatura e do audiovisual norte-americano; eu quis trazer uma visão brasileiras dessas indústrias, e, quem sabe, inspirar mais autores a ambientarem suas histórias no Brasil, e, quem sabe, se interessarem em trabalhar na área!” – Ray Tavares, roteirista e escritora

 

Neste, que é seu livro mais “adulto”, Ray busca atingir públicos mais maduros com diálogos e cenas mais picantes. “Acredito que o público que lê meus livros cresceu, amadureceu e, com isso, minha escrita pode seguir esse mesmo rumo”, esclarece a autora. “O Roteiro do Amor”, diferente de seus lançamentos anteriores, feitos pela Galera Record, agora, é lançado pela Verus, selo romântico do Grupo Editorial Record.

 

 

Serviço:

Livro: O Roteiro do Amor

Autora: Ray Tavares (@rayctjay)

Páginas: 294