O passado e o presente serão revistados pelo educativo do Museu das Culturas Indígenas; ingressos estão disponíveis no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/
Durante um percurso pelos pontos centrais de São Paulo, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) contará a história de povos indígenas que viveram na capital paulista, neste sábado (17/08), às 10h. A atividade, parte da programação da Jornada do Patrimônio 2024, terá condução dos mestres de saberes, indígenas do programa educativo do MCI – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
A fundação em 1554 da capital foi um processo de ocupação e exploração de terras já habitadas por povos indígenas, como os Tamoio, Tupinambá, Guarani, Tupiniquim, Carijó, Goiana, Guaianás, Puri, Tupi, Kaiapó, Kaingang, Opaié-Xavante, Otí-Xavante e outros. Re-ocupando o centro: São Paulo, Terra Indígena contará as memórias e as histórias de resistência desses povos antes da invasão dos colonizadores e jesuítas.
No local em que o encontro iniciará, no Páteo do Colégio, ocorreu um dos episódios traumáticos da história dos povos originários, o Cerco de Piratininga. A batalha histórica aconteceu em julho de 1562 e dividiu os indígenas da região em duas coligações – de um lado liderados pelo Cacique Tibiriçá a favor dos portugueses; do outro lado guiados por Jaguaranho, contra a ocupação estrangeira.
Tibiriçá, o líder indígena do Planalto de Paranatinga, saiu vencedor e ajudou a fundar a capital paulista. Hoje, é possível encontrar diversas homenagens ao cacique – como estátuas e nomes de rodovias pela cidade.
LÍNGUAS NATIVAS NO COTIDIANO DA CIDADE
O passeio com os mestres de saberes também será uma oportunidade para conhecer a contribuição e o patrimônio histórico indígena pela cidade, como as nomenclaturas de bairros e ruas de São Paulo com origem em diversas línguas nativas, como o Parque Ibirapuera, que vem do Tupi-Guarani antigo, ybyrapûera, que significa “pau podre” ou “árvore apodrecida”; e o Anhangabaú, que significa “rio ou água do mau espírito”, batizado pelos povos originários por conta de algum infortúnio causado pelos colonizadores nas imediações.
SOBRE A JORNADA DO PATRIMÔNIO
Criada em 2015, o evento promove a valorização do patrimônio cultural da cidade de São Paulo. Realizada pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC), por meio do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) e da Coordenadoria de Programação Cultural (CPC), a Jornada acontece em diferentes regiões e envolve espaços públicos e privados, por meio de diversas ações que contribuem para a sensibilização e apropriação do tema pela população.
A edição de 2024 propõe explorar como a tradição e a inovação se encontram ao discutir possibilidades de reutilização de prédios históricos por meio do envolvimento de comunidades locais, do papel da economia criativa e do turismo sustentável, além de valorizar memórias por meio da tecnologia e recursos digitais para alinhar-se ao debate internacional, como os compromissos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O evento é uma oportunidade de reflexão sobre o papel do patrimônio nas dinâmicas municipais, um reforço da dimensão plural e cidadã e um fortalecimento dos sentidos de pertencimento e identidade na cidade.
SERVIÇO
Jornada do Patrimônio – Re-ocupando o centro: São Paulo, Terra Indígena
Data e horário: 17/08/2024, das 10h às 12h
Local: Largo Páteo do Colégio, em frente ao nº 184 (edifício da Secretaria da Justiça e Cidadania - Palácio Manoel Pedro Pimentel | Centro Histórico)
Histórias dos povos originários serão contadas por indígenas durante caminhada no centro de São Paulo
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