Sesc Santo André recebe a exposição Darwin, o Original

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Realizada em parceria entre Sesc São Paulo e a instituição francesa Universcience, a mostra interativa chega ao ABC e apresenta as várias facetas do cientista Charles Darwin

O Sesc Santo André recebe, a partir de 15 de março, a exposição Darwin, o Original, com entrada gratuita a todos os públicos. Com curadoria de Éric Lapie e curadoria científica de Guillaume Lecointre, a mostra convida todos a embarcarem em uma fascinante viagem pelas ideias revolucionárias de Charles Darwin (1809-1882), e as inovações na abordagem científica que ele trouxe ao elaborar sua teoria da evolução das espécies., A exposição conta, ainda, com uma equipe de educadores e educadoras que acompanham as visitas, que podem ser espontâneas e agendadas, potencializando a experiência de visitação.

 

A exposição Darwin, o Original é fruto de uma parceria entre o Sesc São Paulo e a instituição francesa Universcience, idealizadora da mostra original em colaboração com o Museu Nacional de História Natural da França. O projeto conta, ainda, com o apoio da Embaixada da França no Brasil e com o patrocínio do Magazine Luiza, e foi concebida através da Lei de Incentivo à Cultura. Desde que teve sua primeira montagem no Brasil a exposição já recebeu mais de 90 mil pessoas nas unidades do Sesc em Interlagos (2022) e Campinas (2023).

 

A curadorias contou com o apoio de um comitê científico multidisciplinar. Darwin, o Original contrasta dois universos: um predominantemente histórico, configurado no uso sistemático de reproduções de imagens do século XIX, e um contemplativo, que permite que o tema da ciência evolutiva atual seja compreendido de forma diferente e com diversos conteúdos interpretativos atemporais.

 

Para a montagem da mostra no Brasil, foi criada a Sala Brasil -- um espaço elaborado especialmente para ilustrar a passagem do naturalista por terras brasileiras. A curadoria é de Leda Cartum e Sofia Nestrovski, com consultoria científica de Flávia Natércia da Silva Medeiros.

 

"Depois de ter percorrido os caminhos de Darwin na sua teoria da seleção natural, a última sala da exposição Darwin, O Original convida a uma viagem no tempo, pelo passado natural e cultural do Brasil. Estão expostos fósseis de animais extintos que já viveram aqui, assim como os de outros que ainda vivem; amostras de madeira e pinturas de naturalistas ilustram a diversidade das árvores brasileiras; a trilha, composta por Luca Raele, traz para a sala os cantos de aves locais. O visitante vai entrar em contato com os múltiplos tempos que se acumulam no agora, olhando darwinianamente para o próprio território", comentam as curadoras, que são autoras do livro As vinte mil léguas de Charles Darwin e do podcast de divulgação científica Vinte mil léguas.

 

CHARLES DARWIN

 

Charles Robert Darwin foi um proeminente naturalista, geólogo e biólogo britânico, conhecido por suas contribuições fundamentais para a teoria da evolução. Darwin estabeleceu a ideia da descendência comum entre todos os seres vivos e formulou a teoria da seleção natural como o mecanismo primário da evolução. Seu trabalho revolucionário, incluindo a publicação de "A Origem das Espécies" em 1859, desafiou as concepções científicas da época e, ganhou aceitação generalizada, solidificando-se como o principal modelo explicativo da diversidade da vida na Terra. Darwin dedicou anos de pesquisa e viagens, destacando-se sua expedição a bordo do veleiro HMS Beagle, que fundamentou suas observações e teorias. Seus estudos subsequentes sobre a evolução humana, sexualidade e botânica também são reconhecidos como marcos importantes da ciência. Sua influência transcendeu seu tempo, sendo reverenciado como uma das figuras mais importantes na história.

 

NO BRASIL

 

Antes de seu desembarque nas Ilhas Galápagos, Darwin explorou as terras brasileiras durante sua viagem a bordo do HMS Beagle, em 1832. No decorrer de sua estadia de três meses, ele não apenas se encantou com a rica biodiversidade da região, com a exuberância da Mata Atlântica e a riqueza natural, mas também ficou fascinado com a fauna e flora únicas do país, e explorou as profundezas das florestas tropicais, coletando espécimes e observando a interação dos diferentes ecossistemas. No entanto, sua passagem pelo Brasil também o confrontou com as injustiças sociais prevalentes desde aquela época, ficando profundamente perturbado com a escravidão e os horrores associados a ela. Testemunhar o tratamento desumano e a brutalidade infligida aos escravizados deixou uma marca indelével em Darwin, um abolicionista convicto cuja família defendia firmemente a causa.

 

O QUE ENCONTRAR NA EXPOSIÇÃO

 

A exposição oferece uma imersão no contexto histórico, intelectual e cultural da sociedade da era vitoriana britânica onde o cientista viveu, de forma lúdica e totalmente interativa, provocando o público a percorrer os diferentes ambientes, que estão separados por módulos.

 

Ao acessar o espaço expositivo, no módulo "Darwin e seu tempo", os visitantes são recebidos com elementos cronológicos da vida e origens de Darwin. Em seguida, em "Volta ao mundo em 1741 dias", o público tem a oportunidade de explorar o HMS Beagle, navio que levou Darwin em sua icônica expedição como naturalista. Eles podem conhecer um pouco das atividades que ele realizou a bordo durante os 1741 dias de sua viagem ao redor do mundo.

 

Na seção intitulada "As Escalas", somos convidados a reconsiderar noções de escala e tempo, essenciais para compreender a base da teoria de Darwin sobre a evolução. O ponto central da exposição é o núcleo dedicado à "Revolução Darwiniana", onde são apresentados os principais pontos e linhas argumentativas das obras fundamentais de Darwin. Em seguida, os visitantes podem explorar informações sobre a recepção das ideias de Darwin no mundo das artes e na mídia da época, no módulo "A recepção das ideias de Darwin".

 

Em "A Ciência da Evolução na Atualidade", é destacado como as pesquisas e descobertas de Darwin continuam a influenciar a ciência até os dias atuais, expondo parte de seu legado duradouro. Por meio de uma série de esquetes animadas, a seção "Darwin na Intimidade" apresenta curiosidades e pontos interessantes da biografia pessoal do naturalista. Por fim, o último módulo, a Sala Brasil oferece uma reflexão sobre o seu trabalho, traçando paralelos com a realidade e produção científica brasileira, sob uma visão decolonial.

 

DARWIN, O ORIGINAL

Abertura: 15 de março de 2024, às 11h.

Período de visitação: 15 de março a 13 de agosto, terça à sexta, das 10h30 às 21h. Sábados, domingos e feriados, das 10h30 às 18h.
Local: Espaço de Eventos
Livre - Autoclassificação
Grátis - Sem retirada de ingressos.

 

AGENDAMENTO DE GRUPOS

 

Com o objetivo de possibilitar uma ação educativa, propositiva e transformadora, além das visitas espontâneas, o Sesc Santo André oferece mediação feita por educadores da unidade, para grupos organizados e agendados previamente: escolas, empresas, ONGs e outras instituições.

 

Realização no Brasil: Sesc São Paulo
Apoio: Embaixada da França no Brasil
Patrocínio: Magazine Luiza

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Uma das estradas panorâmicas mais impressionantes da Argentina, a Rota dos Sete Lagos percorre 110 quilômetros entre San Martín de los Andes e Villa La Angostura, ao norte da província de Neuquén, no coração da Patagônia. O trajeto conecta sete lagos de origem glacial: Lácar, Machónico, Falkner, Villarino, Escondido, Correntoso e Espejo, em meio a um cenário de montanhas nevadas, florestas densas, rios cristalinos, cachoeiras e vales imponentes. 

 

Apesar de ser possível fazer o percurso em um único dia, o ideal é aproveitar com calma, em três ou quatro dias, fazendo paradas para trilhas, acampamentos ou passeios de barco. 

 

Ao longo do caminho, curvas sinuosas se alternam com retas que cortam campos abertos e túneis verdes formados por vegetação nativa da floresta andino-patagônica. Em alguns pontos, o horizonte se abre para revelar toda a grandiosidade da paisagem. 

 

Como fazer a rota 

É possível percorrer a estrada de carro, moto ou bicicleta. Há também excursões oferecidas por agências locais, além de opções como vans, ônibus e táxis para quem não estiver com veículo próprio. A região conta com boa infraestrutura, incluindo campings, hotéis, pousadas e restaurantes ao longo do trajeto. 

 

O que fazer por lá 

Entre as atividades mais procuradas estão os passeios de barco pelos lagos glaciais (como o Nahuel Huapi e o Lácar), pesca esportiva nos rios Chimehuin e Correntoso, trilhas como a "Volta do Lago Lácar" e a escalada do vulcão Lanín, um dos grandes símbolos da região. 

 

Outras experiências incluem glamping (acampamento com conforto), mergulho no bosque submerso de Villa Traful, caminhadas pelo Bosque de Arrayanes e os chamados "banhos de floresta" (shinrin-yoku), uma prática japonesa que convida à imersão sensorial na natureza. 

 

A região também sedia eventos como a Patagonia Run, uma das ultramaratonas mais desafiadoras da América Latina. 

 

Sabores da região 

A culinária local valoriza ingredientes nativos e produção artesanal. Entre os pratos mais típicos estão o cordeiro assado no forno de barro, truta com batatas andinas, carne de javali, sopa de cogumelos e waffles com frutas vermelhas. Chocolates artesanais e pães caseiros vendidos à beira da estrada completam o roteiro gastronômico. 

 

Melhor época para visitar 

A rota pode ser explorada o ano todo, e cada estação oferece uma experiência diferente. No inverno, a paisagem fica coberta de neve, criando cenários de cartão-postal, embora o acesso possa ser mais difícil em algumas áreas. Entre setembro e março, as temperaturas mais amenas favorecem trilhas, glamping e atividades nos lagos. 

 

Informações práticas 

Como chegar: A maneira mais prática é voar de Guarulhos até o Aeroporto Teniente Luis Candelaria, em Bariloche, e seguir de carro até Villa La Angostura ou San Martín de los Andes. Outra opção é pegar um voo direto para o Aeroporto Aviador Carlos Campos, em San Martín de los Andes. 

Documentos: Brasileiros não precisam de visto nem passaporte para entrar na Argentina, basta apresentar um documento de identidade em bom estado. 

Moeda: Peso argentino. 

O mercado pet brasileiro faturou R$ 75,4 bilhões em 2024 e o turismo com animais já é uma tendência no país

Com mais de 164 milhões de animais de estimação no Brasil, segundo dados da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) junto ao Instituto Pet Brasil (IPB), o mercado nesse segmento faturou R$ 75,4 bilhões em 2024 e o turismo pet friendly tem conquistado espaço e impulsionado cada vez mais esses números. 

Segundo Marco Lisboa, CEO e fundador da 3, 2, 1 GO!, uma rede de franquias especializada em oferecer experiências de viagens completas, a tendência acompanha uma mudança de comportamento das pessoas, já que cada vez mais famílias optam por incluir seus pets nas viagens, ao invés de deixá-los em hotéis ou sob cuidados de terceiros: 

“Muitos destinos já estão adaptados, mas é preciso confirmar cada detalhe com antecedência para evitar imprevistos com transporte, hospedagem e alimentação do animal. Uma boa estratégia é contratar um agente de viagens para fazer todo esse levantamento, sem correr o risco de passar perrengue”, afirma Lisboa, que separou cinco dicas essenciais para organizar uma viajar com seu pet:

  • Escolha destinos preparados para receber animais:

Praias com áreas liberadas para pets, trilhas em meio à natureza, hotéis e pousadas com estrutura específica são ideais. Cidades como Campos do Jordão (SP), Gramado (RS) e Florianópolis (SC) têm ampla oferta de hospedagens pet friendly. Já para destinos fora do Brasil, é preciso ter mais atenção:

“O ideal é começar esse planejamento com pelo menos três meses de antecedência, pois muitos países exigem microchip, vacina antirrábica, exames específicos e o Certificado Veterinário Internacional. Cada destino tem suas próprias regras, então é fundamental consultar as exigências e checar as condições da companhia aérea”, orienta.

  • Organize um roteiro

Trilhas e caminhadas ao ar livre são ideais para cães mais ativos. Parques naturais, áreas de preservação e  lugares com montanhas são ótimos. Certifique-se de que o local permite a entrada de animais, leve água, comida, uma guia e saquinhos higiênicos.

“Muitos parques em cidades turísticas são adaptados para receber animais, alguns têm áreas exclusivas para eles brincarem soltos (dog parks), fora os shoppings e cafeterias que são pet friendly. Para os turistas mais aventureiros, existem até alguns destinos que oferecem passeio náutico com os animais”, disse o CEO da 3, 2, 1 GO!.

  • Verifique as regras de transporte

Para quem vai pegar avião, cada companhia aérea tem suas exigências quanto ao tamanho da caixa de transporte, documentos e taxas. No caso de viagens de carro, mantenha o pet preso com cinto ou caixa adequada e faça paradas a cada duas horas.

  • Documentação em dia

Carteira de vacinação atualizada e atestado veterinário de saúde são exigidos por muitos hotéis: “alguns destinos pedem exames específicos, como o de leishmaniose ou vermifugação recente”, lembra Marco.

  • Leve itens do pet na bagagem

Cama, comedouro, brinquedos, tapetes higiênicos e ração suficiente para todos os dias da viagem ajudam a manter o bem-estar do animal. Vale lembrar que o cheiro familiar também reduz o estresse do deslocamento.

Além das agências especializadas que montam toda a programação da viagem com seu bichinho, as plataformas de hospedagem já permitem filtrar locais que aceitam animais e oferecem serviços de pet sitter e day care nos principais destinos turísticos. 

Sobre a 3, 2, 1 GO!

Fundada em 2019, a 3,2,1 GO! é uma rede de franquias especializada em oferecer experiências de viagens completas para os parques de Orlando e outros destinos nacionais e internacionais. A empresa atua como consultora e cuida de todos os detalhes, desde a emissão de visto e seguro viagem, até passagem aérea e hospedagem, tudo pensado de forma exclusiva e personalizada. A marca visa explorar o potencial do mercado de turismo em expansão e também atua com viagens para empreendedores que buscam fazer estudo de viabilidade de seus negócios fora do país. A rede faturou R$ 4,4 milhões em 2024, tem 70 franqueados no Brasil e no exterior, como Estados Unidos, Europa e Ásia.

Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.