Casa Museu Ema Klabin divulga programação cultural de agosto

Cultura
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A Casa Museu Ema Klabin, localizada no Jardim Europa, em São Paulo, inicia o mês de agosto com uma agenda diversificada de atividades culturais, voltadas a públicos de todas as idades. 

 

A programação tem início no dia 9 de agosto, às 15h, com o espetáculo infantil Histórias da Mata Calada, com o Núcleo Encarnadas que convida o público a mergulhar em contos tradicionais transmitidos por mães e avós, trazendo à cena personagens da floresta que protegem a natureza, como a Mãe da Mata, Comadre Fulôzinha ou Caipora. A peça aborda de forma lúdica e poética temas como o desmatamento e a importância da memória oral na preservação da natureza. São 100 vagas por ordem de chegada. A apresentação é gratuita e terá tradução e interpretação em Libras.

 

Caminhada pelo bairro do Jardim Europa

No sábado, 16 de agosto, das 14h30 às 16h30, será realizada uma caminhada pelo bairro do Jardim Europa com o objetivo de explorar suas histórias, paisagens e curiosidades. Organizada pelo educativo da Casa Museu Ema Klabin, a atividade integra a programação da 11ª Jornada do Patrimônio.

 

Com urbanismo planejado, ruas arborizadas e forte presença de equipamentos culturais, o Jardim Europa abriga instituições como a Casa Museu Ema Klabin, o Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), o Museu da Imagem e do Som (MIS) e diversas galerias de arte. O passeio também resgata a ligação do bairro com a família Klabin-Lafer e convida os participantes a refletirem sobre o diálogo entre passado e presente, em sintonia com o tema da jornada deste ano, Tempos em Sentidos. São 30 vagas por ordem de inscrição no site da casa museu, gratuitas com sugestão de contribuição voluntária.

 

Bazar da Cidade

Nos dias 16 e 17 de agosto, das 11h às 20h, o jardim da casa museu, projetado por Roberto Burle Marx, recebe mais uma edição do Bazar da Cidade, feira paulistana que celebra o design autoral e a gastronomia. A entrada é livre e o público poderá conhecer o trabalho de ateliês de diversas regiões do país, além de saborear delícias com inspirações brasileiras e internacionais.

Palestra e oficina

No dia 23 de agosto, das 11h às 13h, a atenção se volta para a Amazônia, com a palestra Arqueologias e Memórias Vegetais na Amazônia Antiga, conduzida pela arqueóloga e historiadora Laura Pereira Furquim. A atividade propõe uma análise das relações históricas entre plantas, pessoas e paisagens amazônicas, abordando também os impactos contemporâneos da expansão da monocultura e das pressões da indústria agropastoril sobre o bioma. O evento está com inscrições abertas no site da instituição, para 95 vagas. Também oferecerá tradução em Libras. 

 

Ainda no dia 23 e também em 30 de agosto, às 14h30, o público poderá participar da atividade Experimentando o Museu, que une uma visita mediada à exposição Tempos de uma Casa com uma oficina de criação de cadernos de memórias. A mostra, com curadoria de Paulo de Freitas Costa, apresenta documentos, objetos pessoais e fotografias que revelam os bastidores da residência de Ema Klabin antes de sua transformação em museu. A proposta é provocar reflexões sobre o conceito de memória, tanto no contexto museológico quanto nas experiências pessoais dos participantes.

Encontro de casas-museus

Entre os dias 27 e 29 de agosto, a Casa Museu Ema Klabin será palco do XVII Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas. O evento reunirá especialistas de diferentes regiões do Brasil para discutir o papel desses espaços na preservação da história, na mediação cultural e na relação com o público contemporâneo. Com formato híbrido, o encontro será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da instituição. A realização é da ACAM Portinari, do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo, da Casa Museu Ema Klabin e do Museu Mariano Procópio, com apoio do (Comitê de casas históricas do ICOM).

 

Encerrando a programação do mês, no dia 30 de agosto, das 10h às 13h, será realizada a oficina Desenhos Feios, ministrada pela artista visual Helena Obersteiner. Com um olhar provocador e bem-humorado, a proposta estimula o público a se libertar de padrões estéticos e experimentar o desenho como ferramenta de observação expandida e expressão livre. A atividade oferece 50 vagas, com inscrição no site da casa museu.

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Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.