Concerto de câmara reúne músicos da Osesp na Estação Motiva Cultural

Cultura
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Fundação Osesp e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, apresentam na Sala São Paulo a Temporada Osesp 2025.

No próximo domingo (03/ago), às 18h, duas formações de músicos da Osesp se reúnem para o terceiro concerto da série de câmara desta Temporada, na novíssima Estação Motiva Cultural. Os ingressos custam de R$ 42,00 a R$ 150,00 (valores inteiros) e podem ser adquiridos no site oficial da Osesp.

A primeira parte do programa reúne a violinista Sung Eun Cho e a violoncelista Jin Joo Doh, que interpretam Oito peças para violino e violoncelo, Op. 39, do compositor russo Reinhold Glière (1875-1956); e a Sonata para violino e violoncelo, do francês Maurice Ravel (1875-1937), uma das obras mais desafiadoras e emblemáticas para essa formação.

Na segunda parte do concerto, entra em cena o Grupo Camsons, que é formado por Camila Yasuda (violino), Alexandre Rosa (contrabaixo), Sérgio Burgani (clarinete), Romeu Rabelo (fagote), Marcos Motta (trompete), Darcio Gianelli (trombone) e Ricardo Bologna (percussão). O conjunto interpreta Raízes, obra da brasileira Silvia Berg (1958-) encomendada pela Osesp, e A história do soldado, do russo Igor Stravinsky (1882-1971), uma das composições mais influentes do século XX. Escrita em parceria com o poeta suíço Charles Ferdinand Ramuz durante a Primeira Guerra Mundial, a obra é pensada para sete instrumentos e um narrador, e seu subtítulo propõe que ela seja “lida, tocada e dançada”. A sonoridade despojada às vezes traz ecos de danças populares, enquanto em outros momentos ela envereda pelo jazz.

Sung Eun Cho violino
Natural da Coreia do Sul, a violinista foi laureada no Concert Artists International Competition, em 1996, cujo prêmio foi um concerto no Carnegie Hall, em Nova York. Foi spalla da Sinfônica de Nova Amsterdam e também da Harmonic Chamber Orchestra. Integra o Vesper Trio, o São Paulo Chamber Soloists e o Art String Quartet.

Jin Joo Doh violoncelo 
Na Osesp desde 2001, é natural da Coreia do Sul e formou-se pela Universidade Nacional de Seul, pela Mannes School of Music, em Nova York, e na Universidade de Cincinnati. Como solista, apresentou-se à frente da Filarmônica de Busan e da Filarmônica do Colégio-Conservatório de Música da Universidade de Cincinnati, nos EUA (CCM Philharmonia).

Grupo Camsons:

Camila Yasuda violino
Violinista da Osesp, recebeu o Prêmio de Virtuosidade no Violino e o Prêmio Especial Albert Lullin do Conservatório de Genebra, além dos concursos Jovens Solistas da Osesp e da Orquestra Experimental de Repertório, e do concurso Jovens Instrumentistas do Brasil. Realizou mestrado em Yale, com bolsa da Fundação Vitae.

Alexandre Rosa contrabaixo
Doutor em música com ênfase em performance pela Unesp, lecionou contrabaixo no Conservatório Dramático e Musical de Tatuí e no Instituto Baccarelli. Membro fundador da Orquestra de Câmara Engenho Barroco, foi integrante da Sinfônica Municipal de São Paulo. Integra a Osesp desde 1993.

Sérgio Burgani clarinete
Na Osesp desde 1987, foi clarinetista da Sinfônica Municipal de São Paulo e da Brasil Jazz Sinfônica. É docente da Academia de Música da Osesp. Foi premiado nos concursos Jovens Solistas de Piracicaba, Jovens Intérpretes da Música Brasileira e no Sul América — Jovens Concertistas Brasileiros. Integra ainda o Percorso Ensemble.

Romeu Rabelo fagote
Antes de ingressar na Osesp em 2012, integrou a Filarmônica e a Sinfônica de Minas Gerais. Foi solista junto à Jovem Orquestra de Ouro Branco e à Orquestra Sesiminas, além de convidado nas orquestras Municipal de São Paulo, Sinfônica Brasileira e Deutsche Kammerphilharmonie Bremen.

Marcos Motta trompete
Integra a Osesp desde 2021. Foi membro da Sinfônica Municipal de São Paulo, da Sinfônica de Santo André, da Orquestra Sinfonia Cultura, da Filarmônica de São Bernardo do Campo e da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Há 32 anos é membro da Orquestra Filarmônica Jahn Sorheim.

Darcio Gianelli trombone
Antes de se juntar à Osesp em 2006, integrou a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, a Orquestra Experimental de Repertório (OER), a Sinfônica Municipal de São Paulo e a Sinfônica da Galícia. Foi o 1º colocado no Tilden Prize New York, em 2000, e no Lewis Van Haney Philharmonic Prize Tenor Trombone Competition, em 2001.

Ricardo Bologna percussão
Timpanista da Osesp entre 1999 e 2025, é doutor pela Universidade de São Paulo, onde leciona no Departamento de Música. Foi membro da Orquestra Experimental de Repertório e da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo. Em 2002, fundou o Percorso Ensemble, grupo que dirige e que se dedica à interpretação do repertório de concerto dos séculos XX e XXI.

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Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.