Itaú Cultural homenageia pesquisadora do circo brasileiro Ermínia Silva na 7ª edição de a_ponte: cena do teatro universitário

Cultura
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Entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro, o Itaú Cultural promove a 7ª edição de a_ponte: cena do teatro universitário, projeto cujo objetivo é contribuir para a renovação da cena artística estudantil e aproximar os estudantes de artes cênicas das várias regiões do Brasil. Neste ano, o evento homenageia Ermínia Silva, professora, historiadora e doutora da linguagem circense brasileira, morta em março de 2024. A estudiosa foi cocuradora da Ocupação Benjamim de Oliveira, exposição em homenagem ao artista e empresário do circo, um dos primeiros palhaços negros do Brasil (1870-1954), que ficou em cartaz no IC de novembro de 2021 a março de 2022. Saiba mais sobre a homenageada e a Ocupação em https://bit.ly/4fzm12r.

 

Presencial, a programação traz espetáculos, mesa de debate e vivências. Será realizada no IC e em outros centros culturais e espaços de formação, como o Circo no Beco, na Vila Madalena, o Teatro de Contêiner Mungunzá, em Santa Efigênia, e a UNESP, na Barra Funda. O público é convidado a conferir também os quatro debates que integram Comunicação Oral, programação que viabiliza o diálogo dos contemplados no 4º edital de a_ponte, com a presença de professores convidados e dos estudantes das cinco regiões do Brasil, que tiveram seus trabalhos de conclusão de curso e pesquisas estudantis em artes cênicas selecionados neste chamamento para integrar a publicação on-line Pontilhados: pesquisas da cena universitária.

 

Os TCCs acompanham toda a programação e atividades exclusivas. Além disso, o livro digital fica disponível no site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br a partir do dia 28 de janeiro, quando também abrem as inscrições para a 5ª edição do edital de seleção de TCCs e pesquisas estudantis em artes cênicas (cursos superiores e técnicos). Como tudo no IC, as atividades são gratuitas.

 

 

27 de janeiro (segunda-feira)

 

20h, no Circo no Beco

#Ocupa_Beco: uma vivência artística

 

A sétima edição de a_ponte: cena do teatro universitário começa com um esquenta com a atividade #Ocupa_Beco: uma vivência artística, no Circo no Beco, projeto que une artistas da cena e o público desde 2003 no Beco NegoVila, na Vila Madalena. Nela, os participantes aprendem a confeccionar e manipular malabares feitos com itens comuns do dia a dia, como jornais e sacolas plásticas.

 

Depois, é a hora do palco aberto, prática tradicional do coletivo, no qual o público pode se apresentar mostrando as habilidades aprendidas durante a oficina ou algum talento próprio. A noite termina com um espetáculo autoral do Circo no Beco, com artistas convidados e direção de Lúcio Maia. Não há distribuição de ingressos, basta chegar.      

 

28 de janeiro (terça-feira)

 

15h, no 9º andar do Itaú Cultural

Mesa de debate Mina e o Circo Brasileiro, com Alice Viveiros de Castro (RJ) e Daniel Lopes (SP)

 

O Itaú Cultural faz a abertura oficial do evento com a mesa de debate Mina e o Circo Brasileiro, com a presença da atriz e diretora Alice Viveiros de Castro e do pesquisador do circo Daniel Lopes. Ambos amigos e parceiros de trabalho de Ermínia Silva, eles abordarão a vida e a carreira da pesquisadora, a importância de sua obra para os estudos do circo no Brasil e no mundo e os conceitos desenvolvidos por ela, que foram e são essenciais para a compreensão histórica e crítica das práticas circenses. Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início do debate, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

 

20h, na Sala Itaú Cultural

Espetáculo Na Lona de Benjamim, do Grupo Catappum (SP)

 

A Sala Itaú Cultural vira picadeiro para o Grupo Catappum, que apresenta o espetáculo Na Lona de Benjamim, dirigido por Mafalda Pequenino. Uma trupe de palhaçaria viaja pelo tempo e espaço em busca das memórias de Benjamim de Oliveira, quando encontra um homem vivendo em uma velha lona de circo que não se lembra quem é. A história homenageia o legado do palhaço e de outros artistas negros circenses com samba, mágicas, números cômicos, teatro de revista e músicas do congado mineiro, terra natal de Benjamim. Os ingressos podem ser reservados a partir das 12h do dia 22 de janeiro, quarta-feira, no site do IC.

  

 

29 de janeiro (quarta-feira)

 

20h, no Teatro Reynuncio Lima, no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Espetáculo Sete verbos para manter corpo viva

 

O projeto a_ponte se estende até outro espaço cultural de São Paulo, o Teatro Reynuncio Lima, no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP), na Barra Funda. A turma de formandos deste ano de Artes Cênicas da faculdade apresenta a peça Sete verbos para manter corpo viva, um TCC coletivo. Em cena, um elenco de 39 atores narra a trajetória da existência a partir de suas memórias, suas lutas, sonhos e desejos. O espetáculo é apresentado em forma de poema, composto por sete verbos-potência: Evocar, Encantar, Nascer, Ser, Desfigurar, Enfrentar e Transfigurar. A dramaturgia foi criada coletivamente e a direção é assinada por Fab Trindad e Marcella Vicentini. Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início do espetáculo, por ordem de chegada.

 

30 de janeiro (quinta-feira)

 

10h, na Sala Vermelha, no 3º andar do Itaú Cultural

Comunicação Oral 01 - Arte, territórios e ancestralidades

 

A primeira comunicação oral, denominada Arte, territórios e ancestralidades, tem mediação de Annie Martins, pesquisadora indígena e professora do curso de Teatro da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Os trabalhos de conclusão de curso apresentados são O circo latino-americano em São Paulo, de Aline Filgueira (SP); Performação de espectadores: mediação cultural na região da Baixada da Sobral, de Rylary Targino (AC); Teatrovivência de Abdias Nascimento: a estética negra da peça "Sortilégio" no Teatro Experimental do Negro, de Danielle Souza (MT); A floresta, o rio, o barco e o casco na catalogação de corporeidades de um artista amazônico, de Marcos Fernandes (AP); e Memória, texto e revolução: percepções sobre as possibilidades do gênero dramaturgia de autorreferência para a construção da autonomia, Lucas Oliveira (PE). Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

 

15h, na Sala Vermelha, no 3º andar do Itaú Cultural
Comunicação Oral 02 - Pedagogias Teatrais

A segunda comunicação oral, denominada Pedagogias Teatrais, tem mediação de Kleber Lourenço, ator, bailarino, encenador, coreógrafo, educador e pesquisador em artes da cena. Os trabalhos de conclusão de curso apresentados são Cartografando uma personagem extraterrestre: trajetória de uma atriz cuiabana, de Amarílis França (SP); Desarranjo corporal e a preparação de atuantes teatrais, de Erique Nascimento (PE); Retrospectiva histórica do ensino de teatro no Brasil e a sua influência no território goiano, de Jackeline dos Reis (GO); O teatro com criança se faz brincando: o desenvolver teatral na comunidade do bairro Tuiuiú, em Primavera do Leste – MT, de Raquel Elias (MT); e Corpo e literatura: aproximações dançadas da Odisseia por diferentes gerações na escola, de Thiago Neris (SP). Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

 

20h, no Teatro de Contêiner Mungunzá
Experimento cênico Favela de Barro, do Grupo Esquadrilha Marginália (Cubatão/SP)

Com origem na periferia da cidade de Cubatão, no litoral do estado de São Paulo, o Grupo Esquadrilha Marginália apresenta um experimento derivado do processo de criação coletiva do espetáculo Favela de Barro – Instáveis Moradias em Queda, que ainda não estreou. Em um movimento circular, com os espectadores em volta, de forma intimista, o elenco constrói reflexões acerca da formação do território das favelas, o processo de desapropriação das terras, as heranças étnico-culturais e seus reflexos nos cotidianos das cidades. A peça, com música e dança, é dividida em quatro capítulos, cada um em referência a um elemento na natureza: fogo, água, ar e terra. Os ingressos, gratuitos, serão disponibilizados para reserva na plataforma Sympla a partir do dia 22 de janeiro, às 12h, e deverão ser retirados no local uma hora antes do início.

 

31 de janeiro (sexta-feira)

 

10h, no 9º andar do Itaú Cultural

Comunicação Oral 03 - Mulheridades, cena e resistência

Com mediação de Renata Pimentel, escritora, curadora, roteirista, atriz, dramaturga e professora de literatura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a terceira apresentação de TCCs traz como tema a intersecção entre gênero e teatro. Os trabalhos de conclusão de curso são Desterritorializando a direção por uma linha de fuga lésbica: ruídos epistemológicos, de Djulia Márcia dos Santos (SC); Torturas: um estudo sobre processo de criação, padrão de beleza e teatros feministas, de Flavia Grützmacher dos Santos (RS); Relato de experiência na Zona Franca de Manaus: a construção da montagem cênica "Operárias", de Kelly Vanessa Nunes de Sousa (AM); Corajosa construção teatral em tempos de cansaço, de Nathália Albino de Souza (SC); e Visibilidade e representatividade de mulheres lésbicas em "As Sereias da Rive Gauche": pioneirismo e desdobramentos na cena teatral do séc. XXI, de Rafaela Jacomini Souza (SP). Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

 

15h, no 9º andar do Itaú Cultural

Comunicação Oral 04 - Processos contra-hegemônicos 

A última apresentação oral incorpora trabalhos que debatem questões de gênero, sexualidade, raça e resistência nas artes cênicas, em especial as existências LGBTQIA+. O ator, diretor e professor na graduação e pós-graduação em Artes Cênicas na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Vicente Concilio é quem conduz as conversas. São apresentados os trabalhos de conclusão de curso Chacotas negras LGBTQIA+ como fuga das criações de dor, de João Pedro Rodrigues (RJ); Balbúrdia na universidade pública: (r)existência LGBTQIAPN+ no Instituto de Artes da UNESP e suas possibilidades pedagógicas, de Mateus de Freitas Campos (SP); Cartas para não morrer: arte como potência de cura do corpo transvestigênere, de Matteo Nanni de Paiva (PR); Código (não)binário: o objeto técnico enquanto processo potencializador na criação cênica, de Ravena Sena (AP); e O Baile Cúier: a cultura Ballroom e os corpos dissidentes dos padrões cis heteronormativos na criação de uma encenação, de Sidnei Mauro de Melo Junior (RS). Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

 

20h, na Sala Itaú Cultural

Espetáculo Benjamim, O palhaço negro (RJ)

Idealizado pelo ator, cantor e produtor carioca Isaac Belfort, o musical homenageia a trajetória e o legado de Benjamim de Oliveira, que se tornou um artista múltiplo, desenvolvendo inúmeras linguagens no picadeiro, da palhaçaria à música. Em cena, cinco jovens atores negros encarnam os vários personagens que permearam a história do palhaço mineiro, dialogando com suas narrativas pessoais e refletindo sobre o racismo no meio cultural. A direção, o texto e as letras são de Tauã Delmiro. Os ingressos podem ser reservados a partir das 12h do dia 22 de janeiro, quarta-feira, no site do IC.

O musical também faz uma sessão no dia seguinte, sábado, na sede da companhia Pombas Urbanas, em Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista. Para essa apresentação, os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

 

1 de fevereiro (sábado)

 

17h, na sede do Pombas Urbanas

Espetáculo Benjamim, O palhaço negro (RJ)

 (Veja a sinopse no dia 31 de janeiro, data da primeira apresentação no IC)

 

20h, na Sala Itaú Cultural

Espetáculo Circo Science, da Trupe Circus (PE)

A Trupe Circus, composta por artistas negros, pardos, LGBTQIA+ e periféricos que se formaram na Escola Pernambucana de Circo, apresenta um espetáculo circense em comemoração aos 30 anos do Manguebeat, movimento encabeçado pelo cantor e compositor pernambucano Chico Science (1966-1997), junto a sua banda, Nação Zumbi. Com músicas do grupo, acrobacias e outros números de picadeiro, Circo Science relembra a manifestação artística, que conquistou o público recifense – e, depois, de todo o Brasil – com o resgate dos ritmos tradicionais nordestinos, a ousadia e a crítica social.

O espetáculo faz outra sessão no IC no dia 2 de fevereiro, domingo, último dia de a_ponte: cena do teatro universitário. Os ingressos para ambas as apresentações podem ser reservados a partir das 12h do dia 22 de janeiro, quarta-feira, no site do Itaú Cultural.

 

2 de fevereiro (domingo)

 

19h, na Sala Itaú Cultural

Espetáculo Circo Science, da Trupe Circus (PE)

(Sinopse acima)

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Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.