Coreia do Sul: academia divide opiniões ao proibir a entrada de mulheres mais velhas

Internacional
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Uma academia da cidade de Incheon, perto de Seul, capital da Coreia do Sul, recebeu críticas após pendurar uma placa que dizia "proibido para ajummas" e "somente mulheres cultas e elegantes são permitidas". "Ajumma" é um termo genérico para mulheres mais velhas, geralmente com mais de 30 anos, mas também é usado de forma pejorativa para comportamentos vistos como rudes ou desagradáveis. As informações são da BBC.

Segundo a emissora, o dono da academia, que não foi identificado, alegou que a sua empresa sofreu danos por causa do comportamento indisciplinado de algumas mulheres mais velhas. "Algumas clientes mais velhas passavam uma ou duas horas no vestiário para lavar a roupa, roubavam itens como toalhas, sabonetes ou secadores de cabelo", disse ele, em entrevista à agência de notícias sul-coreana Yonhap.

O dono do local também ressaltou que as mulheres sentavam-se em fila, onde comentavam e julgavam o corpo das outras pessoas, levando algumas mulheres mais jovens a abandonarem a academia por causa desses comentários, que as perturbavam ou as deixavam desconfortáveis.

A BBC destaca que a ação da academia chamou atenção porque, nos últimos anos, empresas sul-coreanas têm sido criticadas por proibir crianças ou idosos em determinados locais públicos - e que parte disso tem sido visto como prova da crescente intolerância a grupos etários específicos.

A emissora ainda afirma que o ocorrido na academia acabou dividindo opiniões na internet e o estabelecimento recebeu críticas por confundir mau comportamento com mulheres de certa idade. "Como o termo 'mau cliente' se tornou o mesmo que 'ajumma'?", dizia um comentário no site local de mídia social instiz. Ao mesmo tempo, a academia encontrou apoio entre algumas pessoas online. "As mulheres são irritantes. Elas levam os filhos a restaurantes e cafés. Elas são indiferentes e abusivas", dizia um comentário no YouTube.

De acordo com a BBC, mulheres sul-coreanas lutam há muito tempo por escolhas não tradicionais, como o uso de um cabelo curto ou a manutenção da solteirice, em uma sociedade que as impõe padrões muitas vezes inflexíveis. O professor de psicologia Park Sang-hee disse à rede de televisão JTBC após a proibição pela academia que homens mais velhos agem da mesma forma. "Os homens mais velhos também são obcecados por coisas grátis e se repetem continuamente. Comportamentos rudes não são exclusivos das mulheres mais velhas", pontuou.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.