Faixa de Gaza vive 'fome generalizada', com mortes iminentes, alertam especialistas

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A Faixa de Gaza enfrenta "o pior cenário possível de fome" devido à guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas, ao prolongado bloqueio israelense de ajuda humanitária à região, e ao deslocamento em massa da população, alertou nesta terça-feira a principal autoridade internacional em crises alimentares no mundo, a Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC, na sigla original em inglês), iniciativa apoiada pela ONU.

"Evidências crescentes mostram que fome generalizada, desnutrição e doenças estão impulsionando um aumento nas mortes relacionadas à fome", disse o alerta do IPC. "O pior cenário de fome está atualmente se desenrolando na Faixa de Gaza". Esta é a primeira vez que a IPC afirmou que a fome está em curso em Gaza, embora tenha previamente advertido que o território estava à beira da crise.

Durante quase dois anos de guerra, Israel repetidamente limitou os caminhões de ajuda que alcançavam Gaza, às vezes interrompendo completamente os envios de ajuda. Segundo o IPC, os acontecimentos recentes no território "pioraram dramaticamente" a situação, incluindo "bloqueios cada vez mais rigorosos" impostos por Israel. O alerta da autoridade não incluiu uma declaração formal de fome - uma medida que é rara e exige dados que a falta de acesso e de mobilidade em Gaza tem impedido de serem coletados.

O IPC afirmou que "mortes em larga escala" são iminentes sem ação imediata. A declaração foi feita após a repercussão de imagens de crianças esqueléticas no enclave, com relatos de dezenas de mortes relacionadas à fome após quase 22 meses de guerra.

Uma área é classificada como em estado de fome pelo IPC quando três condições são confirmadas: pelo menos 20% dos lares têm falta extrema de alimentos, ou estão essencialmente passando fome; pelo menos 30% das crianças entre seis meses e 5 anos sofrem de desnutrição aguda ou emagrecimento grave, significando que estão muito abaixo do peso para a altura; e pelo menos duas pessoas ou quatro crianças menores de 5 anos a cada 10 mil morrem diariamente devido à fome ou desnutrição.

O relatório, baseado em informações disponíveis até 25 de julho, afirma que a crise atingiu "um ponto de virada alarmante e mortal", publicou a agência de notícias Associated Press. Os dados indicam que os limiares de fome foram atingidos no consumo de alimentos na maior parte de Gaza - no nível mais baixo desde o início da guerra, em outubro de 2023 - e para desnutrição aguda na Cidade de Gaza. O texto diz que quase 17 a cada 100 crianças menores de 5 anos na Cidade de Gaza estão em estado de desnutrição aguda.

A maior parte de Gaza ultrapassou o limiar de consumo de alimentos, "com uma em cada três pessoas ficando sem alimentos por dias a fio", diz o alerta do IPC. A desnutrição infantil aumentou rapidamente na primeira metade de julho, alcançando o limiar de fome na Cidade de Gaza. "Os hospitais relataram um rápido aumento nas mortes relacionadas à fome de crianças menores de cinco anos de idade, com pelo menos 16 mortes relatadas desde 17 de julho", disse.

A situação real, porém, pode ser pior. Segundo David Miliband, chefe do IRC (Comitê Internacional de Resgate), "declarações formais de fome sempre ficam atrás da realidade". "Na época em que a fome foi declarada na Somália, em 2011, 250 mil pessoas -metade delas crianças menores de 5 anos- já haviam morrido", disse ele em um comunicado. "Quando a fome for declarada, já será tarde demais."

O atual cenário demandaria 62 mil toneladas de alimentos básicos por mês para a população de mais de 2 milhões de habitantes, afirma o IPC. Segundo a agência israelense de coordenação de ajuda, a Cogat, entraram apenas 19.900 toneladas em maio e 37.800 em junho.

Entre abril e meados de julho, mais de 20.000 crianças foram admitidas para tratamento de desnutrição aguda, 3.000 delas gravemente desnutridas.

Em maio passado, o consórcio classificou 1,95 milhão de habitantes da Faixa de Gaza (93% da população total) em situação de crise, dos quais 925 mil enfrentavam uma condição de emergência e 244 mil viviam uma catástrofe. O IPC só declarou fome algumas vezes: na Somália em 2011, no Sudão do Sul em 2017 e 2020, e em partes de Darfur Ocidental no Sudão no ano passado. Ainda assim, especialistas independentes ouvidos pela agência americana Associated Press dizem que não precisam de uma declaração oficial para entender o que veem em Gaza:

"Assim como um médico de família pode muitas vezes diagnosticar um paciente que conhece bem pelos sintomas visíveis, sem precisar enviar amostras ao laboratório e esperar pelos resultados, nós também podemos interpretar os sintomas de Gaza. Isso é fome", disse Alex de Waal, diretor executivo da World Peace Foundation.

Pressão internacional

A pressão internacional levou Israel a anunciar, no fim de semana, medidas como pausas humanitárias diárias nos combates em partes de Gaza e lançamentos aéreos de ajuda. A ONU e palestinos no local dizem que pouco mudou até agora, e multidões desesperadas continuam a interceptar e descarregar caminhões de ajuda antes que cheguem aos destinos. O alerta também afirma que o uso de paraquedas é mais caro, menos eficaz e mais perigoso do que os envios por via terrestre.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, tem dito que ninguém está passando fome em Gaza e que Israel forneceu ajuda suficiente ao longo da guerra, "caso contrário, não haveria mais habitantes" na Faixa de Gaza.

No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na segunda-feira, 28, não concordar com netanyahu, seu aliado de longa data, depois de fotos de crianças palestinas desnutridas, algumas com os ossos marcadamente expostos sob a pele, virem a público na última semana.

"Baseado nas imagens da televisão, eu diria que essas crianças parecem muito famintas", apontou Trump durante uma entrevista coletiva em Turnberry, na Escócia.

O republicano disse que Israel tem "muita responsabilidade" pela crise humanitária em Gaza, apesar de dizer que o grupo terrorista Hamas tem roubado ajuda humanitária - uma acusação que foi rejeitada no fim de semana por oficiais do Exército israelense ouvidos pelo New York Times.

Nesta terça-feira, 29, menos de um dia depois da declaração de Trump, Netanyahu admitiu que a situação na Faixa de Gaza "é difícil", e disse que Israel vai garantir a maior quantidade de ajuda humanitária possível na região. Mas também afirmou que o grupo terrorista Hamas, que controla a região, usa as imagens de palestinos famélicos para se beneficiar politicamente.

O Exército de Israel também criticou na segunda-feira o que chamou de "falsas alegações de fome deliberada", e o ministro das Relações Exteriores do Estado judeu, Gideon Saar, rejeitou a pressão internacional por um cessar-fogo, chamando-a de "campanha distorcida".

Mortes em massa

O alerta do IPC coincide com o momento em que a ONU advertiu contra o uso da fome como arma de guerra e com o aumento da pressão internacional sobre Israel. O relatório destaca que mais de 20 mil crianças foram atendidas por desnutrição aguda entre abril e meados de julho, das quais mais de 3 mil foram identificadas como sofrendo de desnutrição severa. Hospitais relataram um aumento rápido nos óbitos relacionados à fome entre crianças com menos de 5 anos, com pelo menos 16 mortes registradas desde 17 de julho.

"É necessária uma ação imediata e em larga escala para pôr fim às hostilidades e permitir o acesso humanitário sem restrições", diz o texto. "Não agir agora implicará em mortes em massa em Gaza."

O número de mortos na guerra que se desenrola na Faixa de Gaza há quase 22 meses chegou a 60.034 nesta terça-feira (29), segundo o Ministério da Saúde do território palestino, controlado pelo grupo terrorista Hamas, enquanto os feridos pelo conflito somam 145.870.

A pasta não diferencia terroristas e integrantes do Hamas da população civil, mas diz que "cerca de 30% dos mortos são crianças e 16% são mulheres". Embora a ONU use estes números em seus balanços, verificações independentes sobre a situação em Gaza em geral são impossibilitados pelo bloqueio que Israel impõe à imprensa internacional e a entidades de ajuda no território.

Desde o início da guerra, a maior parte da população de Gaza - composta antes da guerra por cerca de 2,2 milhões de pessoas - foi deslocada várias vezes. Dezenas de milhares vivem nas ruas ou em barracas improvisadas. Com a destruição da infraestrutura local, o acesso à água e à eletricidade ficou ainda mais difícil, e a entrega de alimentos foi interrompida pelos combates, pela dificuldade de distribuição e pelas restrições impostas pelo governo israelense.

Após o fim do último cessar-fogo, em março, Israel bloqueou completamente a entrada de alimentos, medicamentos, combustível e outros suprimentos por dois meses e meio, alegando pressionar o Hamas a libertar reféns. Sob pressão internacional, o governo flexibilizou parcialmente o bloqueio em maio. Desde então, cerca de 4,5 mil caminhões entraram em Gaza para distribuição pela ONU e outras agências humanitárias. A média diária de 69 veículos, porém, está muito abaixo dos 500 a 600 que a ONU estima como necessários.

Em uma tentativa de reduzir o papel das Nações Unidas, Israel passou a apoiar a Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), registrada nos EUA, que abriu quatro centros de distribuição em maio. Nesse período, porém, o escritório de direitos humanos da ONU afirma que mais de mil palestinos foram mortos por forças israelenses enquanto tentavam buscar comida, a maioria perto desses locais. A ONU e diversas ONGs se recusam a cooperar com a GHF, alegando que a fundação serve sobretudo a interesses militares israelenses.

Ao rejeitar as alegações de que haja fome em Gaza - contrariando alertas da ONU e de mais de 100 organizações de ajuda humanitária -, Israel com frequência acusa o grupo terrorista Hamas de roubar cargas de alimentos e outros insumos, uma alegação questionada em reportagem do jornal New York Times: segundo a publicação, integrantes do governo afirmam que, até hoje, não foram encontradas evidências de que o grupo armado tenha desviado cargas de ajuda da ONU no enclave.

No ataque de 7 de outubro de 2023, o Hamas matou 1,2 mil pessoas e sequestrou 251. O grupo ainda mantém 50 reféns, mais da metade dos quais Israel acredita que estejam mortos. A ofensiva de retaliação israelense já matou mais de 60 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O órgão não separa civis de combatentes, mas afirma que mais da metade das vítimas são mulheres e crianças. O ministério atua sob a administração do Hamas, mas a ONU e outras organizações internacionais o consideram a fonte mais confiável de dados de vítimas.

Acusações de genocídio

A crescente preocupação com a crise humanitária aumentou ainda mais depois que duas importantes organizações de direitos humanos israelenses afirmaram nesta segunda-feira que Israel está cometendo genocídio em Gaza.

As alegações foram feitas pelas organizações B'Tselem e Médicos pelos Direitos Humanos-Israel. Essa é a primeira vez que organizações comandadas por judeus israelenses fazem essas acusações.

Guy Shalev, diretor dos Médicos pelos Direitos Humanos-Israel, disse que o público judeu-israelense muitas vezes descarta acusações de genocídio como antissemitas ou tendenciosas contra Israel. "Espero que os nossos comunicados façam as pessoas reconhecerem a realidade".

Tel-Aviv afirma que está lutando uma guerra existencial e que cumpre com o direito internacional. Israel alega que as acusações de genocídio são antissemitas.

"A alegação de Israel de que terroristas do Hamas ou membros de outros grupos armados palestinos estavam presentes em instalações médicas ou civis, frequentemente feita sem fornecer qualquer evidência, não pode justificar ou explicar tal destruição generalizada e sistemática," disse o relatório da B'Tselem.

Os grupos de direitos humanos, em relatórios separados lançados conjuntamente, afirmaram que as políticas de Israel em Gaza, junto com as declarações de oficiais sobre seus objetivos na guerra e o desmantelamento do sistema de saúde do território contribuíram para sua conclusão de genocídio.

Como outros grupos de direitos humanos, a B'Tselem e os Médicos pelos Direitos Humanos-Israel não foram autorizados a entrar em Gaza durante a guerra. Seus relatórios são baseados em testemunhos, documentos, testemunhas oculares e consultas com especialistas jurídicos.

O relatório da organização Médicos pelos Direitos Humanos-Israel afirma que Tel-Aviv cometeu três dos atos de genocídio definidos pelo direito internacional, incluindo "infligir deliberadamente ao grupo condições de vida calculadas para provocar sua destruição física total ou parcial."

"Como neto de um sobrevivente do Holocausto, é muito doloroso para mim chegar a esta conclusão," disse Shalev da organização Médicos pelos Direitos Humanos-Israel.

(Com agências internacionais)

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A defesa da deputada foi apresentada no começo deste mês de julho. Agora caberá ao relator, Diego Garcia (Republicanos-PR), apresentar um relatório pedindo a cassação ou não da deputada.

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