Secretário de comércio dos EUA diz estar otimista com progresso de acordo com a China

Internacional
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O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse neste domingo, 11, estar otimista com o progresso das negociações comerciais com a China, em encontro na Suíça. Em entrevista à CNN, quando questionado sobre a redução das importações norte-americanas por causa dos conflitos tarifários, ele respondeu que, com as tarifas de 145% sobre a China, "é claro que isso faz parar (o comércio). Mas eles estão negociando isso agora, e estamos otimistas de que isso será reaberto".

Lutnick reforçou, ainda, que a ideia do presidente Trump é abrir todos os mercados que estiveram "fechados" para os EUA. "Vamos conquistar a oportunidade para os americanos exportarem para esses mercados. E é claro que aqueles que importarem terão ótimos negócios, nós somos a maior economia do mundo", disse, citando o recente acordo com o Reino Unido como exemplo.

Na quinta-feira, 8, os EUA anunciaram um acordo com o Reino Unido que manterá em vigor as tarifas de 10% impostas no início de abril, mas com redução de taxas para aço, alumínio e automóveis britânicos. Em troca, a nação europeia liberou acesso à carne bovina, aves, etanol, refrigerantes e cereais.

Além disso, o secretário destacou na entrevista à CNN que os 10% de tarifas são uma base, e que as negociações com outros países não levarão a uma queda abaixo desse patamar. "Vamos tratar das questões específicas de cada país. Seremos flexíveis e muito inteligentes, caso a caso", disse na entrevista, destacando que tarifas maiores podem ser reduzidas se os países "abrirem seus mercados para as exportações americanas".

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que providências serão tomadas até o final desta quinta-feira, 7, em referência à possibilidade de suspender deputados que obstruíram os trabalhos na Casa por mais de 30h.

Ao chegar à Câmara, Motta afirmou que o "diálogo prevaleceu". "Vamos trazer de volta o ambiente do debate e da defesa de ideias", disse.

Na noite desta quarta-feira, 6, após dois dias de obstrução protagonizada pela oposição, Motta retomou a cadeira para abrir a sessão plenária.

Houve resistência por parte dos bolsonaristas que, inicialmente, não queiram deixar o presidente iniciar os trabalhos. A sessão foi iniciada e encerrada após discurso do presidente da Câmara com um recado aos oposicionistas: "o País deve estar em primeiro lugar, e não projetos pessoais".

A oposição adotou diversas táticas para ocupar as Mesas da Câmara e do Senado em protesto à prisão domiciliar de Bolsonaro. Os deputados usaram esparadrapos para cobrir a boca e os olhos e a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) levou a filha de quatro meses para o plenário e sentou na cadeira de Motta com a bebê ao longo do dia. Na Casa Alta, alguns senadores chegaram a se acorrentar à mesa utilizada para comandar os trabalhos.

O deputado federal Reimont (PT-RJ) afirmou que acionou o Conselho Tutelar nesta quarta-feira, 6, contra a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC), que levou sua filha de quatro meses à Câmara dos Deputados, onde aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) obstruíam os trabalhos. Em suas redes sociais, a deputada disse ter usado o bebê como "escudo" para não ser retirada do local.

No ofício encaminhado ao Conselho Tutelar, Reimont diz que a conduta da deputada "suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança, que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional".

O texto publicado pelo deputado no X (antigo Twitter) ainda destaca que Zanatta se manteve com a criança no colo, sentada nas cadeiras da Mesa Diretora da Câmara, mesmo com "alertas e possibilidade de intervenção da Polícia Legislativa".

Julia Zanatta afirmou, também no X, que os que criticam a atitude dela "não estão preocupados com a integridade da criança" já que "nenhum abortista jamais esteve". "Eles querem é INVIABILIZAR o exercício profissional de uma MULHER usando SIM uma criança como escudo."

A deputada e os demais parlamentares da oposição tentaram paralisar os trabalhos na Câmara e no Senado Federal em meio à pressão pela aprovação do PL da Anistia e do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conseguiu sentar em seu lugar na Mesa Diretora e abriu a sessão da Casa por volta das 22h25 desta quarta. A reunião foi encerrada após um breve discurso, no qual ele defendeu o diálogo.

No Senado, Magno Malta (PL-ES), Izalci Lucas (PL-DF) e Damares Alves (Republicanos-DF) se acorrentaram à Mesa utilizada para comandar as reuniões. Assim como os deputados, eles se revezaram durante a madrugada de quarta-feira para ocupar os plenários das duas Casas.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar, a receber a visita do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e outros deputados. As visitas devem ocorrer até às 18 horas desta quinta-feira, 7.

A lista dos que vão visitar o ex-presidente na sua residência em Brasília inclui ainda a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), os deputados Zucco (PL-RS), Junio Amaral (PL-MG) e Marcelo Moraes (PL-RS) e o empresário Renato de Araújo Corrêa, de Angra dos Reis (RJ).

No ofício em que pediu autorização para visitar Bolsonaro nesta quinta-feira, Tarcísio disse ser "correligionário e amigo" do capitão reformado e que considera que há razões "político-institucionais" e "humanitárias" que justificariam a autorização por Moraes.

Tarcísio está em Brasília e participou da cerimônia de promoção dos generais da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). O governador não discursou e manteve postura discreta durante o evento.

Além dele, estiveram na cerimônia o presidente do PSD e seu secretário de governo em SP, Gilberto Kassab, o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Amaro Santos, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e os deputados federais Zucco e Celso Russomano (Republicanos-SP)

Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro na última segunda-feira, 4, por descumprimento de medidas cautelares. Na mesma decisão, o ministro também o proibiu de receber visitas e de usar celular. Nesta quarta-feira, 6, o ministro proferiu novo despacho autorizando o ex-presidente a receber visitas de filhos, noras e netos.