Nápoles, na Itália, é atingida por terremoto de magnitude 4.4

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A cidade de Nápoles, na Itália, foi atingida por um terremoto de magnitude 4.4 na quinta-feira, 13. O sismo provocou pequenos estragos e feriu 11 pessoas, sendo uma delas uma mulher que foi atingida por parte do teto de um imóvel desabar. Todos foram encaminhados ao hospital.

 

Este foi um dos terremotos mais fortes registrado na história dos Campos Flegreus, uma vasta área de vulcões que abrange uma grande parte da área metropolitana de Nápoles. Ele se igualou em magnitude a um tremor similar na mesma região em maio do ano passado, que já havia colocado a população em alerta.

 

Oficiais relataram que o caso mais sério foi de contusões após parte de um teto desabar. Moradores foram acordados pelo terremoto durante a madrugada e buscaram segurança nas ruas, repetindo ações tomadas no ano passado.

 

O epicentro do tremor, que causou a queda de pedras e cimento de algumas fachadas, foi identificado na costa de Pozzuoli, um subúrbio litorâneo adjacente a Nápoles.

 

O prefeito Gaetano Manfredi informou a repórteres que, devido aos danos, uma igreja, um prédio residencial de sete andares e outro edifício foram interditados, e algumas escolas foram fechadas como medida de precaução.

 

Manfredi acrescentou ainda que inspetores estavam avaliando os edifícios para identificar mais danos. "Estamos seguindo com a maior atenção todas as nossas estruturas e monitorando todos os eventos em tempo real", afirmou o prefeito.

 

Atividade sísmica

 

Sismologistas já vinham notando um aumento na atividade sísmica ao redor dos Campos Flegreus nas últimas semanas. As autoridades realizaram simulações no verão passado para se prepararem para uma grande emergência, dada a crescente frequência dos tremores.

 

A região, ativa tanto sismicamente quanto vulcanicamente, viu sua superfície ser elevada em 1,3 metro desde 2006, um aumento maior do que o observado antes do último grande evento em 1984. Apesar disso, sismologistas destacam a impossibilidade de prever quando uma erupção ou um terremoto mais forte poderia ocorrer.

 

Pelo menos 500.000 pessoas vivem na zona de maior risco de uma possível erupção vulcânica. O instituto nacional da Itália para geofísica e vulcanologia solicitou um plano governamental para assegurar que as estruturas possam resistir a um terremoto de pelo menos magnitude 5,0.

 

Durante o evento sísmico de 1984, 40.000 moradores foram obrigados a sair de suas casas como precaução contra uma erupção temida que, no final, não ocorreu.

 

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

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