FBI tem uma equipe que investiga avistamentos de óvnis - e que teme demissão em massa

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Agentes do FBI que fazem parte de um grupo secreto que investiga o aumento de "fenômenos anômalos não identificados" (UAPs, na sigla em inglês), termo que se refere a óvnis, estão preocupados que possam perder seus empregos em uma possível demissão em massa no FBI, segundo reportagem do jornal americano Politico. A existência desse grupo de trabalho informal do FBI sobre o tema nunca havia sido divulgada publicamente antes, diz o jornal.

As demissões seriam direcionadas a funcionários que trabalharam em casos relacionados ao ataque de 6 de janeiro, segundo fontes consultadas pelo Politico. Todos os agentes da agência foram instruídos a preencher um questionário sobre seu trabalho no ataque ao Capitólio. No grupo, há preocupações de que essa medida possa levar a uma demissão em massa ordenada por Trump.

"Estou preocupado que o grupo de trabalho possa ser afetado por mudanças na transição e que esses líderes não percebam o trabalho incrível que esses agentes estão fazendo e como sua investigação poderia ser fortalecida como parte de um esforço intergovernamental formalizado", disse Ryan Graves, diretor executivo da Americans for Safe Aerospace e ex-piloto da Marinha.

Graves e outras três pessoas familiarizadas com o grupo afirmaram que ele é composto por um gerente de programa nacional e mais de uma dúzia de funcionários em todo o país, que dedicam grande parte do seu tempo de trabalho ao rastreamento desses fenômenos não identificados, segundo a reportagem.

Ryan Graves disse que, há mais de um ano, sua equipe tem trabalhado com o grupo do FBI para encaminhar testemunhas, pistas e informações de código aberto para ajudar a agência proteger o país e a indústria da aviação contra fenômenos não identificados.

"Embora não possamos comentar sobre questões de pessoal do FBI, o FBI investiga Fenômenos Anômalos Não Identificados quando há possibilidade de violação da lei federal - particularmente atos ilegais que possam afetar negativamente nossos interesses nacionais - e para coletar, compartilhar e analisar inteligência para combater ameaças à segurança dos EUA", disse o FBI em um comunicado.

O aparecimento frequente desses fenômenos e a revelação de que militares estavam reunindo registros de incidentes misteriosos impulsionou o Congresso a exigir que o governo investigasse o assunto com mais rigor.

"Objetos avançados, demonstrando tecnologia avançada, estão rotineiramente sobrevoando nosso espaço aéreo restrito ou sensível, representando um risco tanto para a segurança dos voos quanto para a segurança nacional", disse o senador Marco Rubio, que agora é Secretário de Estado, no Twitter em 2023.

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Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 2, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem agora vantagem de seis pontos porcentuais sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está atualmente inelegível, no cenário eleitoral para a disputa presidencial de 2026.

Lula lidera com 39% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 33% no primeiro turno. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Com o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), Lula marca 39% e o deputado, 20%. Com o filho mais velho de Bolsonaro, Flávio, o petista registra 40%, enquanto o senador tem 18%.

No cenário de disputa com Michelle Bolsonaro, por sua vez, a ex-primeira-dama tem 24% de intenções de voto na primeira etapa do pleito. Já Lula tem 39%.

Em eventual disputa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente lidera com 38% a 21%. O cenário muda um pouco quando o petista é desconsiderado na corrida pela reeleição.

Contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Tarcísio empata - ambos marcam 23% de intenção de voto. Já com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio fica na igualdade técnica, com 24% do ex-governador paulista contra 22%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de julho, com 2.004 eleitores em 130 municípios.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua no pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao governo da Itália a ação penal em que a parlamentar é ré por perseguição armada nas eleições de 2022.

Condenada a dez anos de prisão por participação no ataque hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2022, Zambelli deve ser condenada em mais um processo. O caso estava suspenso desde março por pedido de vista do ministro Nunes Marques, mas o Supremo já formou maioria pela condenação. Na sexta-feira, 1, Nunes Marques liberou a retomada do julgamento.

A ação ainda em curso foi aberta após a deputada ser filmada sacando uma arma e apontado para um homem no meio da rua em São Paulo. Inicialmente, ela alegou que o homem a teria agredido, o que foi desmentido pelos investigadores.

Após a condenação no caso CNJ, Zambelli decidiu fugir do País. Seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol e autoridades brasileiras passaram a trabalhar por sua prisão. Após quase dois meses foragida, ela foi presa na Itália na última terça-feira, 29.

A deputada terá seu caso analisado pela justiça italiana. A parlamentar passou por audiência de custódia na sexta-feira, 1º, e continuará presa enquanto aguarda a decisão sobre o pedido de extradição. Durante a audiência, ela disse ser inocente, alegou ser alvo de perseguição política e afirmou que não pretende retornar ao Brasil.

A defesa de Zambelli manifestou o desejo de ter o caso do CNJ julgado novamente na Itália, país do qual ela tem cidadania, pedindo a rejeição da extradição. A previsão é de que o processo seja finalizado dentro de pelo menos um ano.

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue com reprovação de 40% e aprovação de 29%, segundo pesquisa Datafolha divulgada há pouco. O levantamento foi feito com 2.004 eleitores de 130 cidades do País, entre os dias 29 e 30 de julho, durante a escalada das tensões na guerra comercial com o presidente americano Donald Trump.

Havia expectativa sobre os ganhos de imagem para o petista, mas houve manutenção da avaliação de "ruim/péssimo", enquanto a de "ótimo/bom" oscilou de 28% para 29% na rodada anterior da pesquisa. A avaliação do governo como "regular" teve variação de 31% para 29% e 1% dos entrevistados não deu opinião.

A pesquisa mostra que Lula segue com maior desaprovação com o eleitorado de classe média baixa (62%), mais rico (57%), evangélico (55%), sulista (51%), mais instruído (49%) e com idade entre 35 e 44 anos (48%).

De acordo com o Datafolha, a esta altura do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentava taxas piores. Após dois anos e oito meses de governo, Bolsonaro tinha 24% de aprovação e 51% de reprovação.

A pesquisa divulgada hoje também mostra que 50% dos eleitores desaprovam o trabalho de Lula no Executivo Federal e 46% aprovam, em estabilidade estatística em relação ao levantamento de junho, segundo o Datafolha.