Vice primeiro-ministro da Itália: Acordo de cessar-fogo de Israel e Hezbollah está próximo

Internacional
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O vice primeiro-ministro da Itália, Antonio Tajani, disse que não se pode colocar o grupo terrorista Hamas e Israel "no mesmo nível" de discussões e que é preciso respeitar os civis, em coletiva de imprensa da reunião do G7, nesta terça-feira, 26.

Na ocasião, ele informou que um acordo de cessar-fogo com o Hezbollah está perto de ser alcançado e que a Itália deve participar das negociações, ao lado dos Estados Unidos e da França.

Na ocasião, ele disse que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não iria para um país onde ele pode ser preso, após o Tribunal Penal Internacional emitir um mandado de prisão pelo líder.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira, 28, os interrogatórios dos réus do núcleo 3 da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre os interrogados, estão os acusados de planejarem o sequestro e o assassinato de autoridades, como o ministro da Corte Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin.

Os "kids pretos", como são chamados os militares das Forças Especiais do Exército, formam a maioria dos réus do núcleo. O STF ouvirá os depoimentos de:

. Bernardo Romão Correa Netto, coronel do Exército;

. Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;

. Márcio Nunes de Resende Jr., coronel do Exército;

. Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;

. Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;

. Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;

. Ronald Ferreira de Araújo Júnior, tenente-coronel do Exército;

. Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército;

. Estevam Theophilo, general das Forças Especiais;

. Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal.

Sérgio Cavaliere, Ronald Ferreira de Araújo Jr. e Bernardo Romão Corrêa Neto são acusados de incitar outros militares a aderirem a um golpe de Estado. Segundo as investigações, o grupo realizava ataques pessoais contra comandantes que se opunham às investidas contra o Estado de Direito.

Segundo a investigação da PF, Fabrício Bastos é um dos autores da carta aberta que buscava angariar apoio para o golpe entre oficiais das Forças Armadas, além de ter sido responsável pelo agenciamento de "kids pretos" dispostos ao plano de golpe. Na época dos fatos investigados, ele atuava no Centro de Inteligência do Exército.

O "kid preto" Márcio Nunes Júnior integrou um grupo de WhatsApp em que houve conversas de teor golpista. Os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo são acusados de participarem do planejamento do "Punhal Verde e Amarelo", que previa a execução de Moraes, Lula e Alckmin.

Os três "kids pretos" também estão envolvidos no que foi chamada de "Operação Copa 2022", que previa o sequestro e prisão de Moraes. Segundo mensagens interceptadas pela PF, a operação chegou a entrar em curso, mas foi abortada.

O general Estevam Theophilo comandava os "kids pretos" e é acusado de ter colocado as tropas das Forças Especiais à disposição da tentativa de golpe. Segundo a delação do tenente-coronel Mauro Cid, o comandante afirmou que cumpriria as ordens de um decreto que rompesse com a ordem institucional.

Agente da PF, Wladimir Matos Soares é acusado de ser um "infiltrado" da organização criminosa e de ter repassado informações estratégicas ao grupo, como dados sobre a posse do presidente eleito.

O deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, foi internado neste domingo, 27, em São Paulo, para a realização de uma cirurgia no coração às 10h desta segunda-feira, 28. Segundo nota publicada no X (antigo Twitter), o procedimento será conduzido no Hospital Sírio-Libanês pela equipe dos médicos Roberto Kalil e Fábio Jatene, em quem o deputado diz "confiar plenamente".

"Agradeço desde já o carinho, as orações e a compreensão de todas e todos. Assim que possível, volto com boas notícias", escreveu. Segundo o deputado, a cirurgia estava prevista há mais de um mês e ocorre na última semana do recesso parlamentar, que se encerra em 4 de agosto. Também na rede social, José Guimarães publicou uma foto em uma capela, antes de ser internado, com a legenda: "Nossa Senhora está me guardando com fé e confiança".

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter a prisão preventiva do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, por suspeitas de tentativa de interferência no acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

Gonet se manifestou contra um recurso da defesa de Câmara solicitando sua liberdade. O ex-assessor foi preso no mês passado depois que o seu próprio advogado, Eduardo Kuntz, apresentou ao STF uma petição na qual relatou ter mantido conversas com Mauro Cid para tentar obter informações da delação premiada.

Procurado na manhã deste domingo (27), Kuntz não respondeu aos contatos. O espaço está aberto para manifestação.

Nos diálogos apresentados por Kuntz, mantidos com um perfil de Instagram que o advogado atribuiu a Mauro Cid, ele pediu ao tenente-coronel que deixasse Marcelo Câmara de fora dos seus depoimentos e também sugeriu a ele que trocasse de advogado e lhe contratasse.

"As capturas de tela anexadas por Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz incluem mensagens enviadas pelo procurador ao suposto perfil de Mauro César Barbosa Cid, como: 'Poxa...pede para ele falar sobre o Câmara…vc sabe que ele não fez nada de errado' e 'Aquela história da Professora… o Câmara falou que se você disser que Professora é a Madre Tereza, ele passou a informação errada (…)'", escreveu Gonet.

Para o procurador-geral, "os trechos insinuam que Marcelo Costa Câmara não apenas conhecia a conversa conduzida por seu advogado, mas dela se beneficiou ao utilizá-la como argumento defensivo".

Gonet argumenta que esses elementos de prova indicam a existência de riscos concretos ao andamento do processo e à aplicação da lei penal, o que justifica a manutenção da prisão de Marcelo Câmara. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar esses fatos.

"A pretensão do agravante de adquirir dados afetos a acordo de colaboração premiada então protegidos por sigilo evidenciam o concreto risco à conveniência da instrução criminal e à aplicação da lei penal", afirmou o procurador-geral da República.

O coronel já havia ficado preso entre janeiro e maio do ano passado depois que a Polícia Federal detectou que ele realizou ações de monitoramento dos passos do ministro Alexandre de Moraes. Câmara foi solto com a imposição de medidas cautelares, mas o ministro decretou a nova prisão após os fatos revelados por sua própria defesa.