Fleury mira mercado de R$ 2 bi com inauguração de espaço focado em endometriose

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O Grupo Fleury, com um faturamento de R$ 8 bilhões nos últimos doze meses e operando mais de 500 unidades de atendimento, inaugurou nesta quinta-feira, 3, o Fleury Endometriose, centro dedicado ao diagnóstico avançado e terapias para a endometriose, informou ao Estadão/Broadcast. O valor do investimento não foi divulgado, mas o grupo acredita que o mercado de investigação, tratamentos e cirurgias da endometriose pode gerar até R$ 2 bilhões anuais no Brasil.

A criação tem como base não só a prevalência de Endometriose em mulheres na idade reprodutiva, que vai de 5% a 10%, com cerca de 7 milhões de mulheres acometidas pela doença no Brasil, mas também a própria demanda interna vista no grupo em relação à doença. O grupo estima que há quase 30 mil mulheres com acesso a marca Fleury com esta condição clínica.

Segundo a marca, nos últimos cinco anos, houve um aumento de 15% na procura por ultrassom com preparo vaginal na rede Fleury. Deste grupo, 40% das adolescentes que realizaram o exame de pelve foram diagnosticadas com a doença.

"A inauguração busca apoiar o médico ginecologista no manejo da paciente, oferecendo terapias auxiliares como tratamento para dor crônica, constipação, fisioterapia, e suporte nutricional e psicológico por uma equipe especializada", explica Patrícia Maeda, presidente de Unidade de Negócios B2C do Grupo Fleury ao Estadão/Broadcast.

A Dra. Angela H. Motoyama Caiado, head de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Grupo Fleury, aponta ainda que o serviço surgiu também da necessidade de realizar um diagnóstico precoce, considerando que metade das mulheres com suspeita de endometriose, que iniciaram sua investigação diagnóstica nos últimos cinco anos, tem entre 35 e 45 anos, muitas delas com sintomas há anos. "Isso destaca a necessidade de serviços customizados para um diagnóstico precoce, o que pode melhorar significativamente o bem-estar físico e emocional das mulheres afetadas, além de impactar na fertilidade", avalia Caiado.

Dentre os diferenciais do centro, estão um tratamento auxiliar completo por nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, e médicos especialistas em dor crônica e tratamento da constipação crônica. O atendimento é humanizado, focado no conforto e acolhimento, e há assessoria médica especializada para médicos e pacientes, facilitando a comunicação e suporte durante o diagnóstico. Todos os exames e serviços são integrados em um único local.

Maeda aponta que o Fleury trabalha com novos centros desde o início do ano, buscando por novas tendências, confirmando que o grupo pretende lançar outros "conceitos" similares a estes espaços nos próximos anos. Caiado é da mesma opinião, destacando que neste sentido, a "jornada dos pacientes" em áreas como diabetes, linhas de cuidado e câncer de mama são potenciais áreas de interesse para trabalhar a prevenção.

Em outra categoria

Por Laysa Zanetti

Caco Ciocler vai entrar para o elenco de Vale Tudo, interpretando um personagem inédito na trama. O ator será Esteban, um interesse amoroso de Celina (Malu Galli). A informação foi publicada pela coluna Play, do jornal O Globo, e confirmada por Caco em seu perfil no Instagram.

Na versão de 1988 da novela, a irmã de Odete não teve sua vida afetiva explorada e, portanto, o personagem Esteban não existiu. Ainda não se sabe qual será a sua história ou como vai conhecer Celina.

Na trama original, Celina era interpretada por Nathalia Timberg, e dedicava a maior parte do tempo aos sobrinhos e aos cuidados da mansão. Desta vez, a autora Manuela Dias pretende adicionar mais camadas à sua história e dar a ela mais autonomia.

"Celina é uma cinquentona que não se casou, criou os filhos da irmã e não trabalha", resumiu Galli ao jornal O Globo, explicando os novos traços da personagem. "A gente trouxe o interesse dela pelas artes plásticas, ela é uma incentivadora dos artistas. É mais ativa nesse sentido."

Longe das novelas desde a refilmagem de Pantanal, Caco vai começar a gravar suas cenas no folhetim neste sábado, 3. Recentemente, participou da minissérie Os Quatro da Candelária e do filme Meu Sangue Ferve por Você, cinebiografia de Sidney Magal.

Miguel Falabella foi afastado das apresentações desta semana do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em São Paulo. O comunicado foi feito nas redes sociais da peça nesta quinta-feira, 1º, que explica que o ator passa por um problema de saúde.

Em seu perfil, Falabella detalhou a situação, e revelou que precisou se afastar porque está com uma hérnia de disco. "Estou com muita dor, não estou conseguindo andar direito e, por isso, infelizmente não estou fazendo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum. Como dizia minha mãe, doença é aluguel que a gente paga para usar o corpo", declarou.

A peça é uma adaptação brasileira do musical com letra e música de Stephen Sondheim, ambientado na Roma Antiga e inspirado nas comédias farsescas de Plauto. A história acompanha Pseudolus, personagem de Falabella que é um escravo determinado a conquistar sua liberdade. Para isso, ele promete ajudar seu jovem amo a conquistar a amada. Ivan Parente, Giovanna Zotti, Carlos Capeletti, Mauricio Xavier e Lucas Colombo também integram o elenco da peça.

Diante da ausência de Falabella, o protagonista será interpretado por Edgar Bustamante nas próximas sessões, desta quinta a domingo, 4.

Nos comentários das publicações, fãs e amigos desejam melhoras a Miguel. "Cuidaremos do nosso lourão mais que amado e ele já já estará de volta pro palco", comentou Danielle Winits. "Boa recuperação, chuvisquinho. Já já você está 100% e de volta aos palcos pra receber todo carinho e amor que você merece", desejou o também ator Daniel Rangel.

A peça Uma Coisa Aconteceu a Caminho do Fórum está em cartaz de quinta a domingo no Teatro Claro Mais SP, com apresentações às 20h (quinta e sexta), 16h e 20h (sábado) e 15h e 20h (domingo).

A série argentina O Eternauta acaba de chegar à Netflix e já tem conquistado os espectadores. Baseada na HQ homônima considerada uma das maiores obras da literatura argentina, ela tem uma história trágica por trás: seu criador, Héctor Oesterheld, foi morto pela ditadura na Argentina na década de 1970.

Nascido em Buenos Aires em 1919, Oesterheld é um dos principais nomes dos quadrinhos e da ficção cientifica na Argentina. Escreveu alguns romances e outras HQs, além de ter publicado em revistas de grande importância, mas O Eternauta é considerada a sua obra-prima.

A trama acompanha um grupo de sobreviventes de uma nevasca mortal que precisa lutar contra uma ameaça alienígena. Com Juan Salvo como protagonista, o quadrinho foi publicado entre 1957 e 1959 com ilustrações de Francisco Solano López, com uma versão mais politizada sendo lançada na década de 1970.

Oesterheld frequentemente dizia que o herói de O Eternauta era um "herói coletivo". No final dos anos 1960, ele também escreveu biografias em quadrinhos de Che Guevara e Evita Perón, importantes líderes de esquerda, em parceria com o cartunista Alberto Breccia.

Naquele período, o autor já era envolvido com os Montoneros, organização político-militar argentina de esquerda que tinha objetivo de resistir e derrubar a ditadura no país. As quatro filhas de Oesterheld, Estela, Diana, Beatriz e Marina, também estavam envolvidas com o grupo.

As Forças Armadas da Argentina, já vigiando a atividade de Oesterheld, começaram a fechar o cerco em sua família. A primeira desaparecida foi Beatriz, que tinha apenas 19 anos, em 1976. Meses depois, foi a vez de Diana, seguida de Marina, ambas grávidas na época. A última foi Estela, já no final de 1977.

Oesterheld desapareceu em abril daquele ano. Acredita-se que tenha sido fortemente torturado física e psicologicamente, sendo obrigado a ver fotos das filhas executadas, e que foi morto apenas em 1978. O seu corpo nunca foi encontrado. Das filhas, apenas Beatriz pôde ser velada.

A morte do autor e de seus familiares só foi reconhecida em 1985, com um julgamento histórico que resgatou a memória dos desaparecidos e revelou os horrores da ditadura na Argentina.