Busca por atendimento para tratar colesterol alto no SUS de SP sobe 41%

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Dados divulgados pelo governo de São Paulo mostram que o Estado registrou 827 atendimentos ambulatoriais de pacientes com colesterol alto de janeiro a maio deste ano, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - 41% a mais do que no mesmo período do ano passado. O índice foi divulgado nesta quinta-feira, 8, Dia Nacional de Combate ao Colesterol.

Nos primeiros cinco meses de 2023, foram 586 atendimentos ambulatoriais por hipercolesterolemia, de acordo com a Secretaria da Saúde. Ao todo, 41.465.940 comprimidos foram dispensados para o tratamento da condição.

Para o vice-presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Henrique Tria Bianco, o crescimento pode estar relacionado a uma mudança positiva. "Se o atendimento melhorou, pode significar não um aumento no diagnóstico, mas na postura do paciente em procurar um médico para tratar da doença", diz.

O médico explica que o colesterol em si é uma partícula necessária para diversas funções do nosso corpo, especialmente formação de hormônios como testosterona e estrogênio, além de ácidos biliares, fundamentais na digestão da gordura dos alimentos. Porém, quando em excesso, pode gerar desfechos como infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).

Um levantamento da SBC aponta que o elevado nível de colesterol no sangue responde por 30% de todas as mortes no País. Esse aumento pode ser causado por diversos fatores, como alimentação rica em gorduras saturadas, excesso de peso, diabetes, tabagismo, sedentarismo e estresse.

Além disso, o cardiologista Carlos Eduardo Vilhena Favato, do Hospital Geral de Itapecerica da Serra (HGIS), alerta que o fator hereditário também exerce influência. "A genética pode estar relacionada ao colesterol, mas na grande maioria dos casos, o desenvolvimento da doença está associado à ingestão alimentar errada, ausência de exercícios físicos e obesidade", reforça.

Qual a diferença entre HDL e LDL?

Bianco explica que se trata do mesmo colesterol, porém levado por "carregadores" distintos. "Imagine que são apenas diferentes caminhões: um para levar a partícula, outro para limpar o que sujou", desenha.

Na analogia, o caminhão que "leva" seria o de baixa densidade (LDL), enquanto o da "limpeza" representaria o de alta densidade (HDL). Assim, o LDL seria ruim, pelo risco de causar um "engarrafamento" de transportadores da partícula.

O descontrole desses transmissores tem como consequência o desenvolvimento de placas de aterosclerose - especialmente quando muitos "levam" (alto LDL) e poucos "limpam" (baixo HDL). Ainda assim, o cardiologista alerta que o aumento de qualquer um dos dois deve ser observado e tratado por um médico.

Esse aumento é verificado em exames de sangue e não possui sintomas característicos, o que reforça a necessidade de testes frequentes. Há, porém, alguns sinais considerados um alerta de problemas com colesterol. São eles:

- Dor ou desconforto no peito;

- Falta de ar e fadiga quando é realizado um esforço físico;

- Dores nas pernas ao caminhar que melhoram com o repouso;

- Pele fria e palidez nos dedos.

Mudança de hábito

Mozar Suzigan, cardiologista e membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida, relaciona o crescimento da hipercolesterolemia aos hábitos da sociedade. "São pessoas que ficam no trabalho o dia inteiro, têm pouco tempo para se exercitar, dormem mal, comem alimentos ultraprocessados e têm baixa ingestão de frutas e verduras", exemplifica. Conforme a SBC, cerca de 70% do colesterol é produzido pelo próprio organismo, enquanto 30% é fruto da má alimentação.

Outro ponto destacado pelo médico é que esses mesmos hábitos podem desencadear outras condições. "Quase sempre há outros fatores associados a esse perfil: o consumo elevado de bebida alcoólica, gerando problemas no fígado; ou estar acima do peso e criar uma resistência à insulina, gerando diabetes."

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O velório de Millena Brandão, atriz mirim que morreu aos 11 anos na última sexta-feira, 2, após receber um diagnóstico de tumor cerebral, será neste domingo, 4. As informações foram divulgadas pelos pais nas redes sociais da menina.

Ele ocorre a partir das 14h na capela do Cemitério Campo Grande, na zona sul de São Paulo, e será aberto ao público. O enterro tem previsão de início para 17h.

Millena teve morte encefálica e sofreu diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias. Ela recebeu um diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

A menina foi levada a um hospital no início da semana depois de reclamar de fortes dores de cabeça. Segundo o SBT, ela chegou a ser diagnosticada com dengue em uma unidade, mas, após uma piora no quadro, ela foi transferida para o Hospital Geral do Grajaú, onde médicos realizaram outros exames e identificaram a presença de um tumor no cérebro de cinco centímetros.

Ela estava entubada, sedada e sem respostas neurológicas. Millena seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu as paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A família começou uma vaquinha na internet para ajudar no tratamento da menina. No início de sexta, no entanto, postou nos stories da conta de Millena do Instagram a frase "nossa menina se foi".

Millena fez parte do elenco da novela A Infância de Romeu e Julieta, do SBT, e trabalhou como figurante na série Sintonia, da Netflix. Além de trabalhar como atriz, ela também era influenciadora digital e modelo.

O retorno simultâneo de mais de 2,1 milhões de pessoas após o show da cantora Lady Gaga superlotou a entrada para a Estação Siqueira Campos, em Copacabana, Rio de Janeiro, na madrugada deste domingo, 04.

Nas redes sociais, o público criticou o esquema de evacuação preparado pela Prefeitura do Rio, com apenas uma entrada disponível para acesso à área de embarque do metrô e sem o fechamento das ruas próximas. O Estadão questionou o Município sobre o tema e aguarda retorno.

O nome da estação foi parar nos assuntos mais comentados do País no X (antigo Twitter) com descrições de caos na volta para casa: pânico com pessoas desmaiando devido à aglomeração, turistas perdidos, uso de spray de pimenta pela Guarda Municipal e até casos de pessoas que afirmam quase terem sido pisoteadas.

Os fãs precisaram esperar mais de duas horas para conseguir entrar na estação, apesar da rápida saída de metrôs. Do lado de fora, eles brigavam por espaço com táxis, viaturas da GCM, carros do Corpo de Bombeiros e até caminhões.

Lady Gaga fez um show histórico para 2,1 milhões de pessoas - segundo dados da Prefeitura, Polícia Militar e produção do evento - na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, na noite de sábado, 3. Apesar de ser o maior público de uma apresentação da cantora e ter superado a estimativa inicial de 1,6 milhões de pessoas, não quebrou o recorde de maior plateia no local.

Segundo informações do Guinness, o Livro dos Recordes, o maior público de um show gratuito se deu em Copacabana, na apresentação de Rod Stewart em 1994: cerca de 3,5 milhões de pessoas. No ano anterior, Jorge Ben Jor havia se apresentado ao lado de Tim Maia para cerca de 3 milhões de fãs.

Cabe um destaque, porém: nos dois casos, as apresentações foram feitas durante a festa de réveillon, o que pode ter ajudado a atrair um público maior.

Até o ano passado, o recorde de um show em Copacabana fora da data era dos Rolling Stones, que cantaram para 1,5 milhão em 2006. O posto foi tomado por Madonna, com 1,6 milhão - valor que norteou a estimativa para Lady Gaga - que agora ocupa a 3.ª posição no geral.

Vale destacar que não há uma ferramenta de medição exata da quantidade de pessoas que foram aos espetáculos, uma vez que não houve cobrança de ingressos.

Os maiores shows de Copacabana, incluindo o de Lady Gaga

3,5 milhões - Rod Stewart (1994)

3,0 milhões - Jorge Ben Jor e Tim Maia (1993)

2,1 milhões - Lady Gaga (2025)

1,6 milhão - Madonna (2024)

1,5 milhão - Rolling Stones (2006)

1 milhão - Alok (2023)

500 mil - Stevie Wonder (2012)

450 mil - Lenny Kravitz (2006)

*Informações do site Visit Rio, vinculado à Prefeitura do Rio de Janeiro.