ONU: aumento do nível do mar pode fazer países desaparecerem e levar a êxodo

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que o nível do mar aumentará significativamente, mesmo que o aquecimento global seja "milagrosamente" limitado a 1,5 grau Celsius (2,7 graus na escala Fahrenheit). A Terra, disse, provavelmente está caminhando para um aquecimento que supõe "uma sentença de morte" para os países mais vulneráveis a este aumento.

Ele alertou para o risco de um êxodo de proporções bíblicas devido à subida do nível do mar provocada pelo aquecimento global, e apelou ao "preenchimento das lacunas" do direito internacional, especialmente para os refugiados.

"As comunidades baixas e países inteiros poderiam desaparecer, o mundo testemunharia um êxodo em massa de populações inteiras em escala bíblica e a competição por água doce, terra e outros recursos se tornaria cada vez mais acirrada", afirmou ele.

O perigo é particularmente grave para quase 900 milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras baixas - uma em cada 10 habitantes da Terra. "Cada fração de grau conta, pois o aumento do nível do mar pode dobrar se as temperaturas subirem 2°C (3,6°F) e aumentar exponencialmente com novos aumentos de temperatura", disse ainda.

O secretário-geral fez o alerta na terça-feira, 14, na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o aumento do nível do mar e disse que o órgão tem papel fundamental na angariação de apoio para medidas contra a mudança climática.

"Em qualquer cenário, países como Bangladesh, China, Índia e Holanda estão em perigo, e haverá impactos severos nas principais cidades de todos os continentes, como Cairo, Lagos, Maputo, Bangkok, Daca, Jacarta, Mumbai, Xangai, Copenhague, Londres, Los Angeles, Nova York, Buenos Aires e Santiago", disse.

Ainda de acordo com o secretário-geral da ONU, alguns Estados insulares pequenos e pouco povoados correm o risco de desaparecer completamente. Mas o impacto da elevação do nível do mar, causada pelo derretimento das geleiras, a expansão dos oceanos devido às temperaturas mais altas e agora principalmente pelo derretimento das calotas polares, vai muito além.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) publicou na esta terça-feira números, citados por Guterres, segundo os quais o nível médio global do mar subirá entre 2 e 3 metros (entre 6,5 e 9,8 pés) nos próximos 2 mil anos, se o aquecimento for limitado a 1,5°C.

Com um aumento de 2°C, os mares podem subir até 6 metros (19,7 pés), e com um aumento de 5°C, podem ter elevação de até 22 metros (72 pés), de acordo com a OMM.

"Nosso mundo está ultrapassando rapidamente o limite de 1,5 grau de aquecimento necessário para um futuro habitável e, com as políticas atuais, caminha para 2,8 graus, uma sentença de morte para os humanos de países mais vulneráveis. As consequências serão impensáveis", disse Guterres.

Países mais ricos

O secretário-geral da ONU tentou chamar a atenção do mundo para o perigo representado pelas mudanças climáticas, para encorajar uma tomada de ação. Em outubro, ele alertou que o mundo está em "uma luta de vida ou morte" pela sobrevivência, enquanto "o caos climático galopa" - e acusou os 20 países mais ricos do mundo por não fazerem o suficiente para evitar o superaquecimento global.

Em novembro, ele afirmou ainda que o planeta estava caminhando para um "caos climático" irreversível e instou os governantes mundiais a colocarem o mundo de volta nos trilhos para reduzir as emissões, cumprir as promessas de financiamento climático e ajudar países em desenvolvimento para acelerar sua transição para energia renovável.

O histórico acordo de Paris para combater as mudanças climáticas exige que as temperaturas globais aumentem no máximo 2°C até o fim do século em comparação com os tempos pré-industriais e cheguem o mais próximo possível de 1,5°C.

Por exemplo, em 2021 a Rússia havia vetado uma resolução que estabelecia um vínculo genérico entre aquecimento global e segurança no mundo, resolução apoiada pela maioria dos membros daquele conselho.

Guterres disse que o mundo deve abordar a crise climática como a causa raiz do aumento do nível do mar e que o Conselho de Segurança tem um papel fundamental na criação da vontade política necessária. (Com agências internacionais).

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O principal representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, viajará para Genebra, na Suíça, ainda esta semana, onde terá encontro com seu homólogo da China para discutir questões comerciais, informou o escritório de Representação do Comércio americano (USTR, na sigla em inglês) nesta terça-feira. O comunicado não citou o nome da autoridade chinesa que participará da reunião.

Greer também se reunirá com a missão da Representação Comercial dos EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC). A viagem prevê ainda encontro com a presidente da Suíça, Karin Ketter-Sutter, para discutir negociações sobre comércio recíproco.

"Sob a orientação do Presidente Trump, estou negociando com os países para reequilibrar nossas relações comerciais, a fim de alcançar reciprocidade, abrir novos mercados e proteger a segurança econômica e nacional dos Estados Unidos", disse Greer no comunicado.

"Espero ter reuniões produtivas com alguns dos meus colegas", pontuou.

High in the Clouds, livro infantil de Paul McCartney publicado em 2005, será adaptado em animação com elenco de voz composto por nomes famosos. Os personagens principais serão dublados por Celine Dion, Himesh Patel (protagonista do longa Yesterday) e Hannah Waddingham. A informação é da revista Variety, que também cravou participação do ex-Beatle Ringo Starr no filme.

Idris Elba, Lionel Richie, Jimmy Fallon, Clémence Poésy, Pom Klementieff e Alain Chabat também estão entre os que emprestarão suas vozes à trama de McCartney. O livro foi escrito pelo astro junto do britânico Philip Ardagh, e ilustrado por Geoff Dunbar.

A animação será dirigida por Toby Genkel, de Epa! Cadê o Noé? e O Fabuloso Maurício. O roteiro é de Jon Crocker, de Paddington 2, e o design de produção é de Patrick Hanenberger, de A Origem dos Guardiões.

Ainda segundo a Variety, o filme contará com composições originais de McCartney e trilha sonora de Michael Giacchino, ganhador do Oscar por Up: Altas Aventuras.

A Warner oficializou nesta terça-feira, 6, a sequência de Da Magia à Sedução, clássico cult de 1998 estrelado por Sandra Bullock e Nicole Kidman. O estúdio confirmou o retorno de ambas as atrizes. Akiva Goldsman, um dos roteiristas do filme original, escreve a sequência, que terá direção de Susanne Bier (O Casal Perfeito).

Inspirado no livro de Alice Hoffman, Da Magia à Sedução acompanha Sally e Gillian Owens, duas irmãs bruxas criadas em uma pequena cidade de Massachusetts que tentam quebrar uma maldição ancestral que as impede de encontrar um amor. Além de Bullock e Kidman, o elenco contava ainda com Dianne Wiest, Stockard Channing e Evan Rachel Wood.

Em seu lançamento original em 1998, Da Magia à Sedução não teve sucesso, arrecadando apenas US$ 68,3 milhões nas bilheterias mundiais, valor bem abaixo de seu orçamento, estimado em US$ 75 milhões. Além disso, o filme foi mal recebido pela crítica especializada da época. A produção, no entanto, ganhou status cult após seu lançamento em home video e, mas recentemente, sua chegada ao streaming.

O novo filme adaptará O Livro da Magia, capítulo final da saga de fantasia de Hoffman lançado em 2021. A história mostrará a família Owens voltando para a Europa, onde sua ancestral conjurou a maldição que as afeta há séculos, descobrindo segredos e testando os limites de seus poderes.

A sequência de Da Magia à Sedução estreia em 18 de setembro de 2026 nos Estados Unidos. O filme original está disponível para streaming na Max.