Papa Francisco reconhece milagre atribuído ao 'padroeiro da internet'

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O papa Francisco reconheceu um milagre atribuído à intercessão do beato Carlo Acutis, conhecido como "padroeiro da internet", pois usava as redes sociais para evangelizar e tinha conhecimentos de ciências da computação. O reconhecimento abre a possibilidade para a sua canonização, ainda em data a ser definida. O milagre, no entanto, não foi detalhado pelo Vaticano.

Na manhã desta quinta-feira, 23, o pontífice recebeu em audiência o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro.

No encontro, o papa decidiu convocar um consistório, que tratará da canonização dos beatos José Allamano, Marie-Léonie Paradis e Elena Guerra, além de Acutis. A data da canonização do jovem - bem como de outros beatos e mártires - será conhecida no consistório convocado pelo Santo Padre, em dia também a ser definido.

Na ocasião, Francisco também aprovou os votos favoráveis da sessão ordinária dos padres cardeais e bispos para a canonização dos beatos Emanuele Ruiz e 7 companheiros, da Ordem dos Frades Menores, e de Francisco, Abdel Mooti e Raffaele Massabki, fiéis leigos, assassinados por ódio à Fé em Damasco, na Síria, entre 9 e 10 de julho de 1860.

Quem foi Acutis?

Fiel leigo, Acutis nasceu em 3 de maio de 1991 em Londres, na Inglaterra. Ele mudou-se com os pais para a Itália durante a infância, quando se aproximou do catolicismo. Morreu em 12 de outubro de 2006, aos 15 anos, em Monza, na Itália. Seu corpo foi preservado com roupas informais. Por isso, é chamado como o "primeiro beato de tênis e calça jeans".

"Carlo será proclamado Santo", afirma, em nota, dom Domenico Sorrentino, bispo de Assis, na Itália. "Passando assim do culto local, por sua condição de beato, ao culto universal que caracteriza os santos canonizados. A Igreja de Assis está em festa. Louvado seja o Senhor, que faz grandes coisas para impulsionar o nosso entusiasmo na coerência cristã e no anúncio do Evangelho", disse ele, também agradecendo ao papa Francisco por favorecer a obra de Deus.

O jovem poderá ser chamado de Santo e venerado com o culto litúrgico devido aos Santos somente após a canonização. "Liturgicamente, portanto, tudo permanece como antes. Mas expressamos com exultância a nossa alegria em união com a família, especialmente com o pai Andrea e a mãe Antonia, e com todos os devotos de Carlo espalhados pelo mundo", afirmou o bispo de Assis.

Ainda de acordo com o Vatican News, a festa de Acutis é celebrada no mesmo dia de Nossa Senhora Aparecida. Diversos fatos na vida ligam o jovem ao Brasil, a começar pelo milagre com o qual foi beatificado em 2020, verificado em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Na ocasião, a Igreja Católica atribui a ele milagre que teria ocorrido no Estado brasileiro em 2010, apesar de nunca ter vindo ao Brasil. Uma criança com uma doença congênita teria se curado depois que o avô tocou as roupas do jovem expostas em uma paróquia de Campo Grande.

Diagnosticado com leucemia fulminante

Em setembro de 2006, surgiram os primeiros sinais de doença e, após o diagnóstico, uma leucemia fulminante. Com total confiança, entregou a Deus o pouco tempo de vida que lhe restava. Faleceu no dia 12 de outubro de 2006 e foi beatificado no dia 10 de outubro de 2020.

"Carlo Acutis não se acomodou numa imobilidade confortável, mas colheu as necessidades do seu tempo, porque viu o rosto de Cristo nos mais frágeis. O seu testemunho mostra aos jovens de hoje que a verdadeira felicidade se encontra pondo Deus em primeiro lugar e servindo-O nos irmãos, especialmente nos últimos. Um aplauso ao novo jovem beato da geração atual", disse Francisco ao recordar este evento, um dia depois, no Angelus dominical.

O beato foi um dos patronos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa e os seus restos mortais repousam na cidade italiana de Assis, segundo o Vatican News.

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O Último Azul, filme de Gabriel Mascaro (Divino Amor) que disputou o Urso de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Berlim de 2025, teve sua data de estreia divulgada em um teaser lançado nesta terça-feira, 6. Estrelado por Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, o longa estreia nos cinemas brasileiros em 28 de agosto.

De acordo com a sinopse oficial, o filme se passa em um Brasil quase distópico em que cidadãos idosos são transferidos compulsoriamente para uma colônia habitacional para que "desfrutem" de seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio forçado, Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos, embarca em uma viagem pelos rios e afluentes da Amazônia em busca de realizar seu último desejo.

Embora não tenha vencido o Urso de Ouro em Berlim, O Último Azul conquistou o Grande Prêmio do Júri no festival, também conhecido como "Urso de Prata". O Festival aconteceu em fevereiro deste ano, com o norueguês Dreams (Sex Love) vencendo o principal prêmio do evento.

Além de dirigir, Mascaro também assina o roteiro ao lado de Tibério Azul (Som Brasil). Murilo Hauser e Heitor Lorega, ambos de Ainda Estou Aqui, serviram como consultores do script.

O elenco de O Último Azul conta ainda com Adanilo (Oeste Outra Vez) e Miriam Socarrás (Violeta).

Confira o trailer aqui

Daniel Erthal usou suas redes sociais na segunda-feira, 5, para revelar que o seu carrinho de bebidas foi roubado no Rio de Janeiro.

Atualmente, o ex-galã de Malhação trabalha como empreendedor e é dono de um bar em Botafogo, na zona sul da capital. O veículo estava estacionado na calçada do local quando foi levado.

"Estamos vivendo tempos sombrios no que diz respeito à segurança no Rio. Ninguém aqui pode ter nada. Cheguei para trabalhar e não encontrei meu carrinho de bebidas. É a extensão do meu bar, faz parte do meu plano de negócio", lamentou.

Ele ainda disse que se sustenta com o carrinho há cerca de um ano e meio. "O meu único bem. Como eu estava sem garagem, ele ficou exposto por duas semanas, e agora não está mais."

No ano passado, Daniel Erthal havia viralizado com imagens em que aparece com o seu carrinho em frente à queima de fogos do reveillón em Copacabana, no Rio de Janeiro. Desde então, ele conseguiu abrir um bar em Botafogo, mas voltou a circular com o veículo durante o carnaval.

Conhecido do público por ter feito parte do elenco do folhetim teen em 2005, Erthal também gravou Belíssima, de 2006, e a versão brasileira de Rebelde, em 2011. Ele tem um perfil no Instagram apenas para divulgar seu trabalho como vendedor, e voltou a aparecer com o carrinho durante os blocos de rua, transitando para vender as bebidas entre os foliões.

Nos últimos anos, em meio à pressão estética da sociedade, Paolla Oliveira se tornou uma representante do chamado "corpo real" - embora não goste do termo, por acreditar que todos os corpos são reais. Em entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira, 5, a atriz falou com franqueza sobre o tema e relembrou o período em que acreditava que as críticas ao seu corpo eram justificadas.

"As críticas ao meu corpo, para mim, eram completamente corretas. Passei muito tempo achando que eu que estava errada", declarou a atriz, ao pontuar como os comentários nas redes sociais influenciaram sua autopercepção. Segundo ela, o processo de entender e desconstruir essas imposições foi gradual.

A artista afirmou que, mesmo sem se identificar com o rótulo, acabou sendo vista como uma representante do tal "corpo real". O incômodo com perguntas recorrentes sobre emagrecimento para papéis específicos também a fez repensar sua posição. "Percebi que estavam me empurrando para um lugar que não me cabia", disse. "Mas eu achava ainda que a errada era eu."

Ao ganhar consciência dessa situação, Paolla conseguiu se libertar da cobrança e passou a enxergar a questão de outra forma. "Entendi que não era sobre mim. Era sobre um lugar para o qual a maioria das mulheres é empurrada, pra caber e servir", afirmou.

Por fim, a atriz destacou seu processo de amor-próprio e como isso influenciou sua percepção sobre outras mulheres: "Aprendi a me gostar e que a minha beleza é possível. Também aprendi a reparar em outras mulheres com outras belezas possíveis. O que eu luto hoje é basicamente pra existir e querer que as pessoas existam à minha volta."